domingo, 4 de março de 2018


Virtuosidade

 

Pensei isso a partir do filme Tara Road, Vidas Trocadas. Nele o filho do casal, Dale, morre num acidente de moto justo no aniversário do rapaz e tudo gira em torno da mulher precisar seguir com a vida.

Num futuro qualquer a mãe é acompanhada constantemente pelo filho, que é ator real, “tão real” que as pessoas vão pensar em efeitos especiais perfeitíssimos. Os móveis, os edifícios, os carros, o brilho, o branco denotam o futuro. O menino só é visto com ela.
Ela passeia por aqui e por ali – numa trama perfeitamente boa também, independente do outro caminho do filme – e aos poucos os espectadores vão notando que a comida fica no prato e assim por diante. As pessoas vão envelhecendo, mas o garoto não, fica sempre do mesmo tamanho e com o mesmo jeito. As pessoas em volta vão ficando preocupadas, pois se trata de uma doença da mãe como outra qualquer, uma psicanálise futurista que desandou, a batalha sendo então fazer a mãe desapegar-se da figura virtual do filho.

Vitória, segunda-feira, 07 de agosto de 2006.

 

O FILME

Estréia esta quinta-feira: «Tara Road - Vidas Trocadas»
O drama «Tara Road – Vidas Trocadas» é interpretado por Andie McDowell. A película estréia esta quinta-feira nas salas de cinema do País
Uma mulher tenta resolver o desaparecimento do seu filho. Noutra ponta do globo, um noivo abandona a futura esposa em plena cerimônia com o pretexto de se juntar à amante. Um telefone inesperado une as histórias…

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