terça-feira, 6 de março de 2018


Uma na Crosta Recém-Formada

 

Já vimos em Os Piores dos Piores que se uma flecha bater exatamente no fundo oceânico, onde a crosta tem somente dois quilômetros de profundidade (por comparação com os crátons nos planaltos, onde tem 60 km de altura), isso seria extremamente ruinoso, porque o manto superior seria aberto, liberando magma aos borbotões; seria horrível, mas há algo pior ainda – como quando uma das grandes flechas caísse sobre um dos continentes da Era de Formação.

Pior, porque a parte enlaçada oceânica, como o Páleo-Pacífico capturado entre o Arco dos Andes e o Planalto Brasileiro, vindo do fundo com dois quilômetros, tendo sido acrescido e levantado, teria uma camada de vários quilômetros, ejetando na batida toda essa altura e não somente a crosta mínima oceânica.

Isso porque a água estaria entrando constantemente no fosso cavado, produzindo fumaça, água fervente expulsa substituída por outra, fria, e assim por diante. No continente em formação, já levantado, com terra de um lado a outro, não haveria tanta água resfriante, o magma teria contato direto com o espaço ao redor e montanhas de lava jorrariam.

Haverá lugares assim?

Precisamos pesquisar, não podemos ficar no falatório. O discurso filosófico é interessante, mas não tem contraditório, não há campo que o repila, não há fonte exterior que o questione e rejeite: falando de si para si, as pessoas sempre estão certas. Há sempre que tentar as exposições conflitantes de Popper (falseabilidade, refutabilidade), de preferência com matrizes de variáveis-equações que girem contra as expectativas humanas ou tão independentes quanto seja possível, para nos afastar dos paradigmas, os programas recursivos, enlaçados no vício escolástico.

A teoria deve apontar o que já estava lá e não percebíamos ou dizer em que condições encontraremos outros exemplares, onde não esperávamos; deve prever o passado e o futuro, reordenando o presente.

Por conseguinte, se é verdadeiro, devemos encontrar tais massas imensas muito condensadas, como a lava que sai dos vulcões.

Vitória, quarta-feira, 7 de março de 2018.

GAVA.

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