Rascantes
PARQUE
NACIONAL DO CAPARAÓ (divisa MG/ES)
Veja que este quase não tocou a Terra,
enterrou-se por pouco.
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Pode mesmo acontecer de um passar raspando e
seguir adiante, não sem antes carregar algo consigo: ar, água, lama, terra,
energia (se penetrar no magma). Se levasse água, ela estaria a uns 20 graus
célsius, quanto no vazio espacial fica perto do zero absoluto, zero kelvin, a
água congelando imediatamente e se tornando por vezes lentes imensas. O Sol, batendo
de um lado derreteria o lado exposto, para recongelar logo em seguida, quando
rotacionasse. Se fosse ar, a mesma coisa, com o detalhe de que se dispersaria toda
vez que o Sol tocasse nele, mesmo que por segundos, um tiquinho de cada vez (e
há o movimento de dispersão natural, browniano). O solo satelizaria a Terra. O
magma endureceria instantaneamente num bloco muito diferente, porque
aglomerado, sem ataque por micrometeoritos – é preciso perguntar tudo e
responder tudo. A tarefa é dos tecnocientistas. Pode ser que muitos desses
NEAR, objetos próximos da Terra, tenha essa origem.
O caso da água seria o mais interessante
PORQUE ela formaria lentes que, conforme o tamanho, quando vista pelos
telescópios distorceria a visão das estrelas, constelações e galáxias. Depende
também de quanto tempo ficou lá, há todas as forças de atração do Sol, da Lula,
da Terra, do conjunto do sistema solar – etc. Uma caçada pelos telescópios
amadores dotados de câmeras resistradoras, dia após dia, noite após noite,
acabaria por mapear todo o céu, notando as anomalias num mapa próximo do
planeta.
Pode ser que nas massas congeladas estejam
baleias, golfinhos, tubarões e peixes grandes, além de cardumes imensos: não seria
interessante ir visitar um aquário celestial?
Vitória, terça-feira, 6 de março de 2018.
GAVA.
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