Críticos e
Hipercríticos
Tendo terminado o Livro 150 penso mais
e mais na crítica.
CURVA
DA CRÍTICA (50 %
aceitam e 2,5 % acreditam ser aquilo o que sempre buscaram; 50 % rejeitam e 2,5
% tomarão como ofensa pessoal – isso em 220 milhões de lusófonos que podem ler
diretamente do português são 5,5 milhões de opositores)
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50 % criticarão e 2,5 %
hipercriticarão de uma forma TÃO ACERBA e corrosiva que será como se eu os
tivesse atacado pessoalmente (o que, dirão, aconteceu mesmo, pois suas crenças
serão afetadas).
Como agüentar isso?
Tudo depende do orgulho e eu não tenho
nenhum. Se a pessoa é orgulhosa ela tenta de todos os modos defender seus
pontos de vista como se fossem A Verdade mesma; mas sei, desde longo, que A
Verdade é inalcançável desde a razão, pois só o Um não-finito pode fechar toda
a construção. Não tenho esperança nenhuma de ter produzido um estudo totalmente
orgânico; sempre existirão erros, que só o coletivo poderá aparar a contento no
decorrer nos anos.
Em todo caso, as críticas covardes se
dirigem à pessoa, críticas ao homem, aos seus defeitos, e não aos defeitos de
raciocínio. Logo ofendem a pessoa, esquecendo-se que não passam de idéias e que
não é possível estar certo em tudo, de que o que não for aproveitável pode e
deve ser descartado. Se uma prostituta defende um ponto de vista em física,
perguntarão: “como pode UMA PUTA saber qualquer coisa de física?”. Como pode
alguém que foi criança saber qualquer coisa de física? Isso não ficou no
passado? O saber não é aquilo que se apresenta a teste no pontinstante?
Vitória, sábado, 12 de agosto de 2006.
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