As
Bolas do Planeta Balançam
O
INTERIOR DA TERRA
Quando uma pedra-flecha cai e bate, estremece
tudo, de cima abaixo e de volta, pois é uma bola solta no espaço, não há para onde
ir: fica percutindo, balançando terrivelmente, chacoalhando, vibrando incansavelmente
até parar. Nesse ínterim, as porções internas, as bolas de dentro estremecem umas
contra as outras. Como disse, tudo depende das supergigantes até as muito pequenas.
Depende da massa, do volume, da inclinação de queda, se no mar, na terra, na interface
ou se explode no ar, da composição dela, do formato (batata, charuto, disforme),
enfim, de muitos fatores.
Quando a flecha bate em qualquer ponto, as
ondas percutem para baixo, para a primeira bola, que é a crosta, depois o manto
superior, a seguir o interior, o núcleo externo e o interno, que são esferas
cada vez mais duras, a central metálica que não cede um centímetro, devolve
tudo para cima, ao tempo que passa para baixo também. Só os tecnocientistas-matemáticos
terão condições de modelar os programáquinas. Enfim, elas batem e rebatem como
bolas de futebol ou de baseball jogadas numa parede e filmadas em câmera lenta,
efeitos extremamente complexos. E daninhos, que faz o planeta estremecer
doidamente em todas as direções e sentidos em efeitos completamente malucos –
vai ser difícil modelar, mesmo com os superprogramáquinas: trabalheira cansativa
em realidade virtual quadrimensional. Sem dúvida, bonito de ver, só que eu não
gostaria de estar dentro ou por fora.
Arrepiante!
Entrementes, os TC-matemáticos têm agora
instrumentos poderosíssimos capazes de devassar em virtual o passado, rodando
milhões de programas simultaneamente.
Tudo dissolve.
As bolas oscilam, coisa de doido.
Acho que sem os programáquinas só os melhores
TCM serão capazes de vez a geometria demente de tal coisa; os, pequenos não,
nem vão saber por conde começar.
Doentio.
Vitória, quinta-feira, 1 de março de 2018
GAVA.
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