As
Bolas de Dentro Percutem
CORTE DA TERRA
São seis esferas: o
núcleo da Terra é muito quente (20 mil graus célsius), mas superduro, é sólido,
porque submetido a enormes pressões. Tem o núcleo interior, sólido, depois o
núcleo exterior, o manto interno, o manto externo, a crosta e a atmosfera. Esta
é volátil, tremendamente fácil de mover (nós mesmos fazendo isso só mexendo a mão).
A crosta tem dois km no fundo do mar e 60 km nos continentes. Das outras quatro
são dadas as dimensões.
São bolas, quando um
supergigante bate na superfície, repercute no interior todo, a água pula para
cima e para baixo e elas ficam encolhendo e dilatando o tempo todo, até que haja
equilíbrio dinâmico, quer dizer, tudo volte a ser como era antes da batida,
havendo pacificação, não sem ser à custa de desastres de toda espécie com a
Vida (que, como vimos, é tremendamente resistente, atravessou 3,8 bilhões de
anos).
As bolas da Terra
chocalham.
As mais leves (como
atmosfera e crosta) balançam muito mesmo, cataclismo total durante metade do
ciclo, 13 milhões de anos, fica sacudindo um tempão, agitando com força. Não é
bonito de ver, não senhor, é pavoroso e vai ficar pior quando depararmos com as
modelações computacionais dos tecnocientistas-matemáticos. As quatro bolas de
dentro são grandes, são pesadas, são maciças (mesmo o magma líquido do manto) e
ficam batendo umas contra as outras para cima e para baixo, comprimindo de um
lado e dilatando do outro, menos o núcleo interior, que é sólido e nada sofre,
exceto que vai e vem em oscilação contra o núcleo exterior.
O resultado é que,
por milhões de anos (não sei quanto, precisamos das equações modeladas) elas
ficam bamboleando (e com isso também a crosta e a atmosfera – a Vida se
acostuma a isso também).
Booommm, booommm.
Como se sabe, o som não
sai no espaço, mas dentro a coisa fica feia: como diz o povo “fica bonito, não”.
Vitória, domingo, 4
de março de 2018.
GAVA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário