Arrabal e o Interior
Arrabal continua sendo encenado porque
fala do ser humano, de todos os seres humanos, de nossa angústia impotente
diante do opressor e sua fúria. Nós gritamos de dor por não querermos e não podermos
ser como os rudes, os violentos e os cruéis em resposta a eles.
Contudo, em relação às angústias
atuais de cada povo e cada nação é preciso fazer localmente o esforço de
trans-literação, de passar às letras os sentimentos, de expressá-los, porque só
assim esses sentimentos trarão de dentro de cada qual as respostas particulares.
É preciso que cada um esprema SEU PUS, que esvazie seu tumor. O interior
especial de cada PESSOA (indivíduo, família, grupo, empresa) e AMBIENTE
(cidade-município, estado, nação, mundo) não pode ser expresso desde fora senão
parcialmente pelo apelo à racionalidade e à sentimentalidade de fundo comum,
humano.
Porisso é preciso que cada estado
construa o seu Arrabal, seja capaz de levar do cotidiano às telas ou ao palco a
dor e o sofrimento SEU.
Vitória, sexta-feira, 25 de agosto de
2006.
ARRABAL
ESTÁ COM 74 ANOS
(dele encenamos lá por 1976 Guernica;
vão trazê-lo ao Espírito Santo)
Arrabal, Fernando (1932-
), escritor e dramaturgo espanhol de expressão hispano-francesa, fundador do
chamado “teatro pânico”. Nascido em Melilha, estudou Direito em Madri. Microsoft ® Encarta ® Encyclopedia
2002. © 1993-2001
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GUERNICA
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Guernika, de Fernando Arrabal. O
legendário quadro Guernica, de Pablo Picasso, inspira esta montagem dirigida
por Manuel Guerreiro.
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José da
Silva Dias (Rio de Janeiro RJ 1948). Cenógrafo. Cria importantes cenografias
para diretores representativos da década de 80, principalmente Moacyr Góes e Aderbal Freire Filho (Aderbal Junior).
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