terça-feira, 1 de agosto de 2017


Quando a Lua Caiu na Terra

 

                            No livro A Mais Bela História da Terra (As Origens de Nosso Planeta e os Destinos do Homem), Rio de Janeiro, Difel, 2002 (sobre original francês de 2001), um dos vários autores diz:

1)       p. 47: Conclusão: ela não pode ter se formado muito longe da Terra. A Lua surgiu numa zona que se situa, no máximo, a meio caminho entre a Terra e Vênus, por um lado, e a meio caminho entre a Terra e Marte, por outro. Digamos: numa região de cerca de 50 milhões de quilômetros de largura, cujo centro é a Terra”;

2)      p. 48: “É certo que a Lua nasceu no Sistema Solar, relativamente perto da Terra, mas não é uma irmã menor, pois não tem a mesma composição. Ela deveria ter núcleo; ora, na Lua praticamente não há ferro. Sua composição se parece com a do manto terrestre. Assim, lançaram a idéia de que um terceiro corpo, do tamanho de Marte, teria se chocado com a Terra, arrancando um pedaço superficial. O que explicaria a ausência de ferro”.

Vejamos o que temos.

OS DADOS ACUMULADOS

a)                  O equilíbrio gravitacional entre a Terra e o sol se dá AQUÉM da órbita da Lua, quer dizer, gravitacionalmente ela pertence ao Sol (mas inercialmente pertence à Terra), porisso se afasta ano após ano;

b)                 Quando os planetas estão alinhados, como se as órbitas fossem círculos, a metade da distância a Marte é de (228 – 150 = 78) /2 = 39 e até Vênus é de (150 – 108 = 42) /2 = 21. Não pode ter sido 50 milhões de quilômetros para cada lado, embora Marte, sendo menor, tenha atração gravitacional menor (1/10 da massa da Terra, atração gravitacional na superfície de 38 % da terrestre, por comparação com a da Lua, que é de 17 %; a distância do equilíbrio gravitacional Terra/Marte estaria mais próxima de Marte);

c)                  Se estivesse para o lado de Vênus a atração deste se somaria à de Mercúrio; as duas são pequenas, mas se somariam ainda à do Sol, que é grande, arrastando fatalmente a Lua, fazendo-a caminhar para e cair no Sol, desaparecendo, ou se tornando um satélite dele e não da Terra – podemos concluir que A LUA ESTAVA PELO LADO DE ‘FORA’, quer dizer, externa à órbita da Terra;

d)                 Há milhões de anos a translação da Lua em volta da Terra se dava em 10 dias (como os cadenciômetros de maré provaram) e não, como agora, em pouco mais de 28 dias;

CONCLUSÕES

·       A Lua não poderia estar entre a Terra e Vênus, PORTANTO estava entre a Terra e Marte;

·       Cumpria uma órbita autônoma, era satélite do Sol e não da Terra; o puxão gravitacional do Sol trouxe-a para bem perto da Terra e ela mergulhou na órbita do nosso planeta logo nas origens;

·       A Terra e a Lua eram corpos diferentes, não foram formadas juntas (a Lua não se desgarrou da Terra), porque a composição não é a mesma, nem ela tem núcleo quente, como está na Internet; o interior da Lua é mais frio, pois o diâmetro da Lua é de 3.480 km. A Lua esfriou logo no começo:

                 

·       Já o diâmetro de Marte é de 6.790 km, porisso ele possui núcleo quente:

       

·       Então, definitivamente, a Lua cumpria órbita entre a Terra e Marte, foi atraída pelo Sol, mergulhou na órbita da Terra em razão do empate gravinercial entre gravidade e inércia e, caminhando à frente ou atrás ou do lado da Terra, começou a orbitar a esta, realmente quase caindo aqui;

·       A Lua está se afastando e algum dia, quando a soma gravinercial tiver gravidade do Sol maior que a inércia da órbita da Lua, ela deixará de ser satélite da Terra, o que poderá ser calculado.

Em resumo, A LUA É UM PLANETA e o sistema solar já tinha, mesmo antes de Sedna (o planeta recentemente descoberto além de Plutão), 11 planetas (até agora). A Lua é o quarto planeta, não Marte, e a seqüência foi, desde 4,5 bilhões de anos atrás: Mercúrio, Vênus, Terra, Lua, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno, Plutão e Sedna.

A Lua não irá cair na Terra, ela já caiu logo no começo; só não caiu exatamente em cima, não chocou, passou ao largo e foi incorporada; desde então está se afastando continuamente, sendo a cada dia mais um pouco atraída pelo Sol; provavelmente em muitos milhões do Sol será separada de nós e se tornará satélite do Sol entre Terra e Vênus. Talvez aconteça de novo dela se incorporar à órbita de Vênus, tornando-se satélite desse planeta e fazendo por ele o mesmo que fez pela Terra. Marte também deve estar se aproximando dia após dia e milhões de anos depois da Lua ter partido entrará na órbita da Terra. Talvez Mercúrio já tenha sido satélite de Vênus e tenha sido capturado pelo Sol, passando para uma órbita interna à de Vênus.

Vitória, segunda-feira, 11 de outubro de 2004.

 

ANEXO: Sedna deveria ser o décimo (mas o décimo, Plutão) que já é história e ainda não está nos livros
Astrônomos americanos anunciaram em março a descoberta de um objeto espacial que pode vir a ser considerado o décimo planeta do Sistema Solar. Batizado pelos cientistas de Sedna, nome da deusa esquimó dos oceanos, o objeto fica além de Plutão, a uma distância que varia de 13 bilhões a 135 bilhões de quilômetros do Sol, e sua temperatura média é de -240º C, a mais fria já registrada em todo o Sistema Solar.

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