A Proliferação dos
Vermelhos
Dizem os
tecnocientistas que os índios entraram nas Américas através da ponte de terra e
gelo durante a Glaciação de Wisconsin, mais precisamente em duas levas, há 15 e
12 mil anos atrás, antes que W findasse há 10 mil anos, a água subisse e as
pontes desaparecessem. Dizem que a L-12 (leva de menos-12) matou todos os da
L-15 (leva de menos-15), de modo que devemos contar destes últimos.
ESTIMATIVAS (são as minhas, os pesquisadores
deverão apurar, para maior segurança dos índices) – até a chegada dos europeus
em torno de 1500
REGIÃO
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HABITANTES
(em milhões)
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Brasil
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3
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Estados Unidos e Canadá
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5
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México e América Central
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30
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Peru e América Espanhola
|
30
|
Demais
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2
|
TOTAL
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70
|
Saindo do zero em apenas 12 mil anos
(contando até 1500; porque 500 anos a mais ou a menos não fazem diferença, dado
que a contagem científica vai de 11,5 a 12,5 mil anos) chegaram a 70 milhões. A
fórmula de exponencial é y = xn, obtendo-se de para n = 12.000, contando
de um par (porque a diferença seria muito pequena supondo um grupo) até y =
70.106, (multiplicou por 35 milhões, então a taxa de crescimento
demográfico será de 0,145 % por ano; se tomarmos cada mil anos teremos 12
períodos, a taxa de crescimento por milênio sendo de 4,25 %). Parece
pouquíssimo, diante da taxa (baixa) atual do Brasil, de 1,9 % ao ano, mas na
realidade é muito alta, porque o Brasil cresce assim ao cabo de 10 mil anos de
tecnociência, ao passo que eles cresceram do zero, transportando plantas,
animais, criando sua cultura desde o zero mesmo, porque nada ou quase nada
havia antes em parte alguma. Eles tiveram de criar tudo do zero, não foi como
no Velho Mundo (África, Ásia, Europa) onde nossos antepassados estavam há
muitas dezenas de milhares de anos.
Então, podemos dar como certo que foi
proliferação extraordinariamente rápida, espantosa mesmo.
Nunca foi analisada sob essa ótica.
Nos livros de geo-histórica, é certo,
os índios são desvalorizados. Mas, que tenham podido formar tantas variedades,
tantas línguas, tantos modos de vida em apenas doze milênios, saindo do zero, é
de tudo fantástico. Pois ainda que, como estimamos, os neandertais EMAY tenham
passado entre 115 (data de Wisconsin) e 80 ou 70 mil anos (data do aparecimento
dos cro-magnons, que fecharam a passagem dos gelos em Bering) ou ainda um pouco
mais tarde, ou seja, mesmo que as levas anteriores tivessem aplainado um pouco
o terreno não pode ter sido tanto assim; além do quê foram todos sucessivamente
dizimados.
Desse modo, devemos contar mesmo 12
mil anos, doze milênios de intenso trabalho de modificação das Américas. Foi
sucesso formidável mesmo, de bater palmas. E pouco estudado, é manifesto. Ninguém
os olhou para valorizá-los e a essa sua tarefa conjunta hercúlea.
Vitória, terça-feira, 16 de novembro
de 2004.
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