Universidade Mundial
da Mulher
O Congresso Mundial da Mulher pressupõe
de cara que as mulheres partilharão o governo do mundo, de todo o planeta em
processo de globalização. Acontece que o mundo é complexo e o próprio fato de
estarmos dispostos a lutar pela participação 50/50 de homens e mulheres quer
dizer que ela não é assim, está longe de ser, o que admite e requer um processo
de amadurecimento de ambas as partes.
Ora, as mulheres já
freqüentam universidades faz algum tempo, mas sempre adotando a ótica ou ponto
de vista masculino na condução de tudo e todos, de modo que ao participar das
estruturas masculinas de poder as mulheres de masculinizam. Eu não quero mulher
de bigode, nem de gravata, nem de roupas com talhe masculino porque perde a
graça. Pai é sem vagina, mãe é sem bigode, essa é a tradição – inverter é gasto
inútil, além de perverso.
Assim, precisamos de
uma UMM porque devemos CRIAR, gerar o espírito feminino enquanto tal, sem
copiar nada dos homens nem dos sapatões – algo que seja opção delas mesmas,
como iremos descobrir. Como devem ser as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos
e empresas) e os AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo)? É
preciso redesenhar tudo e cada coisa. De tudo que há no Dicionário e de todos
que estão presentes na Enciclopédia as mulheres devem falar COM SUAS VOZES e
não com as nossas. Para isso precisam estudar afincadamente, com perseverança,
profundamente, em seu próprio espaçotempo inviolável, onde possam, com a ajuda
de homens também, claro, saber o que de fato querem e como deveria ser o mundo
na opinião e na razão delas. Há homens que as tratam mal, que abusam delas, mas
há os que as amam. Ora, estes podem ajudar bastante, não há porque se
ausentarem, nem porque as classes não possam ser mistas – só que desejamos que
estudem o mundo SOB ÓTICA FEMININA.
Eis aí o que deve
existir naquela Cidade Feminina em
Oslo, Noruega, par ajudar a dar os passos definitivos. Uma UMM para pesquisar
& desenvolver teórica & praticamente a visão feminina de mundo. Só
depois disso o mundo mudará definitivamente.
Vitória, sábado, 29
de novembro de 2003.
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