Socioeconomia em
Cheque
A TV Gazeta/Globo anunciou
de manhã em 21.11.2003, salvo eu não lembrar os detalhes, que em outubro/2003
foram passados no Espírito Santo 225 mil cheques (para uma população de 3,2
milhões, metade de crianças, um cheque para cada sete adultos, sei lá) sem
fundos no valor de 115 mil reais (média de pouco mais de 50 reais), nos 12
meses passados acumulando 1,2 milhão, dos quais só metade será recuperada.
Tanto qualitativa
quanto qualitativamente interessa saber o montante dessa mentira que é o Cheque
geral, enquanto instituição, isto é, tudo que não é pagamento a vista. Pois o
cartão de crédito também é um cheque, assim como a promissória, a duplicata,
tudo isso. Deve-se fazer uma abordagem geral, completa mesmo das promessas de
pagamento: a quanto monta a mentira em Vitória (município/cidade), no Espírito
Santo (estado), no Brasil (nação) e na Terra (mundo)?
Eu mesmo já passei
vários, sempre sem querer, é lógico – a gente pretende mais do que pode ou
espera a entrada de certo dinheiro que não vem; uma quantidade de verdades de
um lado e uma quantidade de mentiras do outro, pois o modelo diz que é 50/50 ou
soma zero. Tanto há mentirosos quanto pessoas honestas que se enganam. Havendo
ou não propósito fica patente que uma parte grande da economia se escora em
expedientes e os pesquisadores devem poder estipular isso, inclusive contando
os casos engraçados, os tortuosos, os planejamentos de golpes, todo tipo de
coisa interessante em torno da instituição.
A psicologia
(figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias,
organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias de um e outro lado,
tanto do que dá quanto do que recebe) do Cheque é um estudo poderoso, que não
foi feito ainda (eu não sei bem com o quê os psicólogos se ocupam, deixando
passar tantas coisas fundamentais!).
Vitória, sábado, 22
de novembro de 2003.
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