sábado, 8 de abril de 2017


Renascimentos Americanos

 

                            Depois da Quebra de 1929 os americanos empinaram o nariz com o programa do New Deal (Novo Acordo, tipo Novo Compromisso do povo e das elites, um outro contrato social, que mudava as regras de acumulação, criando as bases do welfare-state ou Estado do Bem-Estar Social) de Roosevelt (Franklin Delano, 1882 a 1945, eleito para quatro mandatos, presidente de 1933 para frente, até a morte).

                            A Guerra da Coréia, a partir de 1950, levou ao macartismo, a perseguição de presumidos comunistas, que foi o período de maior medo de colapso interno frente ao estrangeiro. Contudo, bastou o lançamento do Sputinik em 1957 pela URSS para que os EUA se aprumassem novamente, iniciassem um programa de revisão dos estudos e da educação e saltassem à frente a partir de 1969, com o pouso na Lua.

                            O fim da Guerra do Vietnam foi outra “porrada”, como diz o povo, outra depressão, que se juntou às duas crises do petróleo, a de 1973 e a de 1980, mas logo em seguida a entrada de Reagan (Ronald Wilson, 1911 -) levou a uma nova fase de crescimento acelerado, que perdurou desde então, no chamado “crescimento exuberante”.

                            Quando estava terminando veio a destruição das Torres Gêmeas do WTC (World Trade Center, Centro Mundial de Comércio) em Nova Iorque pelos terroristas em 11 de setembro de 2001. Mas nisso (contra a opinião de nosso amigo GHB) vejo conspiração, pelas razões já citadas. É que os americanos REAGEM a pressões vindas de fora ou de dentro, mas só às grandes, às assustadoras, às que mexem com o espírito nacional. Às pequenas eles não reagem. Não se movimentam com os abalos pequenos, estes não têm energia para balançar a grande massa socioeconômica. Entrementes, quando um grande abalo sacode a coletividade os americanos despertam com uma fúria tremenda, num renascimento notável de interesse produtivo.

                            Creio que essa capacidade merece bem ser analisada, investigada a fundo pelos pesquisadores. De que tamanho devem ser tais choques a ponto de provocar tais reações?
                            Vitória, terça-feira, 25 de novembro de 2003.

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