Quem Está no Centro?
Com a divisão do
mundo em cinco, de primeiro a quinto, há cinco grupos: A para ricos, B para
médios-altos, C para médios, D para pobres (médios-baixos) e E para miseráveis,
conforme a Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas.
Há dois modos de ver
o centro: 1) modo quantitativo, em que estão no centro os médios acima; 2) modo
qualitativo, em que estão no centro os que produzem mais e melhor. O
Brasil, por exemplo, é de terceiro mundo, tanto quantitativo quanto qualitativo.
Obviamente os EUA e
Canadá (que é virtualmente um estado americano), a Europa e o Japão estão no
centro qualitativo, porque quase tudo no mundo depende do que pesquisam &
desenvolvem teórica & praticamente. Digamos o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião,
Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática): para onde você se virará se
precisar de algo novo ou de algo de grande qualidade e profundidade? Só
eventualmente será produzido no terceiro, no quarto e no quinto mundos algo de
interessante ou surpreendente. Qual a chance de no Brasil surgir algo que não
tenha sido feito primeiro e melhor noutro desses lugares? Eu mesmo tenho feito
muita coisa que não está em nenhum lugar e certamente existem vários que estão
na mesma condição, mas isso é efetivamente raro.
Ao passo que a
Coréia do Sul (99,2 mil km2, 2,2 vezes a área do ES; 47,1 milhões de
habitantes em 2002, 14,7 vezes a nossa população; PIB de 407 bilhões de dólares
em 1999) fez surgir a Samsung e a Hyundai, que são agora potências mundiais.
Ora, por quê o Brasil não consegue colocar uma fábrica competente na montagem
de carros, como a Hyundai, ou um conglomerado que se expanda em tantas áreas e
produza essa telefonia da frente de ondas, que compete de igual para igual com
as dos países de primeiro mundo, se não está adiante?
A Coréia do Sul certamente está no
centro, ninguém pode a essas alturas negar. Já o Brasil, não, definitivamente
não, porque não há nada aqui que desponte, que se projete à vista de todo o
mundo, exceto o futebol e as mulatas, especialmente as mulatas prostitutas.
Quem está no centro
vai à frente, enquanto os outros vão atrás, tentando copiar e com isso pagando
altos preços em direitos de cópia, direitos de macaquear, de imitar, de dizer
com relativa satisfação que vão atrás, mas não TÃO ATRÁS quanto os demais, que
vão mais atrás ainda, pobres coitados.
Quem está no centro
entre os AMBIENTES (nações, estados ou províncias, municípios/cidades) e entre
as PESSOAS (empresas, grupos, famílias e indivíduos)? Quem faz e quem copia? Os
que fazem estão no centro e os que copiam na periferia. Os que estão no centro,
por razões óbvias, só dão atenção aos outros que também estão no centro. Só
eventualmente, quando o tempo está sobrando, esburrando, saindo pelo ladrão,
quando nada mais há a fazer e o remorso bate com força é que eles dedicam
pingos de atenção aos periféricos (que não integram a unidade central de
processamento), aos suburbanos nacionais, aos pouco refinados, aos cafonas, aos
bregas, aos bocós, aos jacus. Quem faz não tem tempo para os que copiam, que
ficam pedindo um tiquinho, uma nesga de atenção, e nada recebem senão desprezo.
Ora, precisamos de
um livro com esse título: QUEM ESTÁ NO CENTRO? Ele deve investigar
profusamente, profundamente, os que fazem, em que setores, com que eficácia, e
às elites que de fora buscam maneiras de copiar para continuar assombrando e
explorando seus povos, como as elites brasileiras fazem com nosso povo, os
ridículos “primeiros das províncias” que esgrimem aqui o que já está caducando
lá.
Precisamos
objetivamente ver quem está no centro em cada setor da produçãorganização
humana. Essa objetividade é que nos dará clareza de visão com relação às nossas
próprias metas de P/O.
Vitória, sábado, 08
de novembro de 2003.
Nenhum comentário:
Postar um comentário