domingo, 2 de abril de 2017


Quantidade e Qualidade do Poder

 

                            Vendo as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo), vemos que o poder é quantitativo-mínimo em P1, indivíduos, e qualitativo-máximo em A4, mundo.

                            Indivíduos são muitos, agora estimados 6,3 bilhões na Terra, enquanto o mundo é um só, dando-se uma contração extraordinária de um extremo a outro, do indivíduo-em-si ao indivíduo-representativo do mundo. Claro, ainda não tempos um mundo globalizado, porisso não temos verdadeiramente um representante mundial, muito menos podemos considerá-lo o fantoche da ONU, secretário geral da entidade. Mas, o presidente dos EUA e os poderes em união da Europa são bastante significativos, mesmo a nível mundial. E a reunião do NAFTA (México, EUA e Canadá) com a Europa dos 15 e o Japão daria um PIB conjunto de (30 + 25 + 15 =) 70 %, ficando os outros cerca de 200 países com os 30 % restantes, média de (30/200 =) 0,15 %, enquanto a de cada um dos outros seria de (70/20 =) 3,5 %, mais de 23 vezes tanto quanto. Ora, quem represente esses menos de 20 países fala grosso neste mundo e os outros todos devem escutar com atenção.

                            Quem esteja no extremo 200 “fala fraquinho”, como diz o povo, ao passo que no outro extremo, 20, a voz é uma tempestade ensurdecedora. A massa de países significa bem pouco, enquanto as elites deles constituem a margem qualitativa do poder. Observe de passagem que esses países são brancos-europeus em dominância. Há uma promessa da China de chegar ao primeiro posto em 40 anos, mas de agora a 2040 o mundo é um reduto cheio de consideração por essa fala qualitativa branca-européia.

                            É isso que precisamos ver, ao olhar; como pergunta o povo, “quem está mandando aqui? ” Ilusões são boas para assistirmos filmes e passarmos as horas, mas na realidade devemos estar bem atentos a esse resumo que é a contração do poder.

                            Certa vez, quando liguei para Albuíno Azeredo, ex-governador do ES, perguntaram que entidade eu representava (eu disse que nenhuma e não lhe dei minhas idéias, o que talvez tenha feito alguma falta; isso nos lembra que algum outro tipo de seleção nós devemos fazer, pois às vezes a quantidade também traz em seu bojo promessas, pois nem todo mundo se enquadra).

                            Vitória, terça-feira, 11 de novembro de 2003.

Nenhum comentário:

Postar um comentário