Quantidade e
Qualidade do Poder
Vendo as PESSOAS
(indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os AMBIENTES (municípios/cidades,
estados, nações e mundo), vemos que o poder é quantitativo-mínimo em P1,
indivíduos, e qualitativo-máximo em A4, mundo.
Indivíduos são
muitos, agora estimados 6,3 bilhões na Terra, enquanto o mundo é um só,
dando-se uma contração extraordinária de um extremo a outro, do indivíduo-em-si
ao indivíduo-representativo do mundo. Claro, ainda não tempos um mundo
globalizado, porisso não temos verdadeiramente um representante mundial, muito
menos podemos considerá-lo o fantoche da ONU, secretário geral da entidade.
Mas, o presidente dos EUA e os poderes em união da Europa são bastante
significativos, mesmo a nível mundial. E a reunião do NAFTA (México, EUA e
Canadá) com a Europa dos 15 e o Japão daria um PIB conjunto de (30 + 25 + 15 =)
70 %, ficando os outros cerca de 200 países com os 30 % restantes, média de
(30/200 =) 0,15 %, enquanto a de cada um dos outros seria de (70/20 =) 3,5 %,
mais de 23 vezes tanto quanto. Ora, quem represente esses menos de 20 países
fala grosso neste mundo e os outros todos devem escutar com atenção.
Quem esteja no
extremo 200 “fala fraquinho”, como diz o povo, ao passo que no outro extremo,
20, a voz é uma tempestade ensurdecedora. A massa de países significa bem
pouco, enquanto as elites deles constituem a margem qualitativa do poder.
Observe de passagem que esses países são brancos-europeus em dominância. Há uma
promessa da China de chegar ao primeiro posto em 40 anos, mas de agora a 2040 o
mundo é um reduto cheio de consideração por essa fala qualitativa
branca-européia.
É isso que
precisamos ver, ao olhar; como pergunta o povo, “quem está mandando aqui? ”
Ilusões são boas para assistirmos filmes e passarmos as horas, mas na realidade
devemos estar bem atentos a esse resumo que é a contração do poder.
Certa vez, quando
liguei para Albuíno Azeredo, ex-governador do ES, perguntaram que entidade eu
representava (eu disse que nenhuma e não lhe dei minhas idéias, o que talvez
tenha feito alguma falta; isso nos lembra que algum outro tipo de seleção nós
devemos fazer, pois às vezes a quantidade também traz em seu bojo promessas,
pois nem todo mundo se enquadra).
Vitória, terça-feira,
11 de novembro de 2003.
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