Os Acertos Americanos
Quando Bush acaba de
passar uma autorização para cercar ainda mais os americanos de medo dando aos
pilotos comerciais autorização para porte de armas, quando a coletividade
americana mergulha no terror instituído, sancionado institucionalmente, é
preciso firmar o que eles fizeram de acertado, todas as coisas boas: A BOA
AMÉRICA - seja este um título de livro, dos vários que devem abordar a questão.
Há aquelas adoráveis
casas de subúrbio, sem cercas, com calçadas ondeantes, com grama em volta, com
mangueiras molhando, com toda aquela liberdade relativamente inaproveitada
(perante o que significaria como riqueza do SER, noutros lugares ausente); há
aqueles supermercados abarrotados de coisas, todo aquele exagero que se de um
lado significa abuso e exagero do outro representa a vitória da humanidade
sobre a fome e a necessidade, pelo menos para uns tantos; há a liberdade de
ser, de pronunciar-se com garantia constitucional e advocatícia, que o mundo
nunca tinha visto antes e em outro lugar; há os avanços na saúde e uma lista
imensa de conquistas.
Por tudo que os
Estados Unidos, os EEUU (E’s, U’s, o que eu não entendia – o plural de Estados
Unidos, EU), os EUA ou USA, United States of América, a América enfim
representou de domínio e intrusão, o lado da pequenez e perfídia, nós a
detestamos, mas também amamos o outro lado, o lado da grandeza.
Sempre foi mostrado
o lado ruim, inclusive tendo saído faz pouco tempo O Livro Negro dos Estados Unidos, sei lá. E eu, que sempre malhei,
quero ver agora o lado bom, nesta fase de angústia e de distúrbios internos nos
EUA. É dessa podridão que está se instalando que eles deverão se livrar no
futuro; e quando o fizerem produzirão um estado-nação formidável. Se o presente
estado foi até agora brilhante em termos quantitativos, o futuro estado, tendo
sofrido desilusão interna, será grande em termos qualitativos, muito mais finos
e apreciáveis.
Vitória,
quarta-feira, 12 de novembro de 2003.
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