domingo, 2 de abril de 2017


O Terror da Noite

 

                            Quando a gente deita na cama vêm os chamados “terrores noturnos”, mais presentes conforme vamos envelhecendo: ideais de matar parentes e amigos, de se matar, de ser morto.

                            Naturalmente essa coisa vem do passado, de nossa inflexão sapiens e antes humanóide e antes animal, medo de ser caçado na noite (= MORTE, na Rede Cognata – veja Livro 2, Rede e Grade Signalíticas). Na escuridão os olhos não servem para nada, toda luz desapareceu, fora a da Lua, que deve ter sido saudada como uma especial amiga, em particular a Lua Cheia (= TERRA SOL, brilhante). O fogo deve ter sido saudado com muitíssimo fervor, quando pôde ser dominado e trabalhado de modo a permanecer e se expandir sob controle. Não é àtoa que se tornou objeto de veneração nos cultos do fogo.

                            Tanto as mulheres coletoras nas cavernas quando os homens caçadores (eles mais que elas, devido à desproteção durante os períodos de caça) fora delas devem ter sido atingidos pelo terror da noite, gerando hormônios controladores tanto de medo quanto de destemor. Ora, podemos saber se isso é verdadeiro PORQUE a Terra inclina-se 23,5º graus, razão pela qual o movimento aparente do Sol faz surgir as estações, isto é, o girar anual da Terra propõe quatro frações estacionais a diferentes alturas dos paralelos, quando se vai mais para cima ou mais para baixo no globo, no sentido dos pólos. Assim sendo, quando se passou a habitar mais alto, digamos de 45º para cima ou para baixo, OS AMBIENTES SELECIONARAM as pessoas que neles sobre-viveriam, quer dizer, selecionaram as respostas químicas às perguntas ambientais.

                            Falando doutro modo, quanto mais para cima, digamos lá pela Noruega, mais os hormônios devem produzir RESPOSTAS NOTURNAS de terror e medo pânico durante a noite, o que pode ser rastreado. Se for assim, não só haverá mais instintos humanos de matar os outros nas latitudes mais elevadas como também de se suicidar, pois as noites são mais compridas, durando exatamente no pólo Norte seis meses por ano. Por outro lado, os que viveram sempre nos trópicos ou no equador serão menos sujeitos.

                            Os psicólogos deveriam estar entrevistando as pessoas para saber o que pensam e sentem de noite, até porque saber que não se é único, que não é do indivíduo e sim da espécie, ajudará alguns que não raciocinam a viver. Mostrar em livro toda a PSICOLOGIA DA NOITE ajudará a muitos.

                            Vitória, segunda-feira, 10 de novembro de 2003.

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