O Terror da Noite
Quando a gente deita
na cama vêm os chamados “terrores noturnos”, mais presentes conforme vamos
envelhecendo: ideais de matar parentes e amigos, de se matar, de ser morto.
Naturalmente essa
coisa vem do passado, de nossa inflexão sapiens e antes humanóide e antes
animal, medo de ser caçado na noite (= MORTE, na Rede Cognata – veja Livro 2, Rede e Grade Signalíticas). Na
escuridão os olhos não servem para nada, toda luz desapareceu, fora a da Lua,
que deve ter sido saudada como uma especial amiga, em particular a Lua Cheia (=
TERRA SOL, brilhante). O fogo deve ter sido saudado com muitíssimo fervor,
quando pôde ser dominado e trabalhado de modo a permanecer e se expandir sob
controle. Não é àtoa que se tornou objeto de veneração nos cultos do fogo.
Tanto as mulheres
coletoras nas cavernas quando os homens caçadores (eles mais que elas, devido à
desproteção durante os períodos de caça) fora delas devem ter sido atingidos
pelo terror da noite, gerando hormônios controladores tanto de medo quanto de
destemor. Ora, podemos saber se isso é verdadeiro PORQUE a Terra inclina-se
23,5º graus, razão pela qual o movimento aparente do Sol faz surgir as
estações, isto é, o girar anual da Terra propõe quatro frações estacionais a
diferentes alturas dos paralelos, quando se vai mais para cima ou mais para
baixo no globo, no sentido dos pólos. Assim sendo, quando se passou a habitar
mais alto, digamos de 45º para cima ou para baixo, OS AMBIENTES SELECIONARAM as
pessoas que neles sobre-viveriam, quer dizer, selecionaram as respostas
químicas às perguntas ambientais.
Falando doutro modo,
quanto mais para cima, digamos lá pela Noruega, mais os hormônios devem
produzir RESPOSTAS NOTURNAS de terror e medo pânico durante a noite, o que pode
ser rastreado. Se for assim, não só haverá mais instintos humanos de matar os
outros nas latitudes mais elevadas como também de se suicidar, pois as noites
são mais compridas, durando exatamente no pólo Norte seis meses por ano. Por
outro lado, os que viveram sempre nos trópicos ou no equador serão menos
sujeitos.
Os psicólogos
deveriam estar entrevistando as pessoas para saber o que pensam e sentem de
noite, até porque saber que não se é único, que não é do indivíduo e sim da
espécie, ajudará alguns que não raciocinam a viver. Mostrar em livro toda a
PSICOLOGIA DA NOITE ajudará a muitos.
Vitória,
segunda-feira, 10 de novembro de 2003.
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