Era
Uma Vez...
Digo “era” porque não
é mais, morreu.
E o que é morrer?
Há a máquina, que é o
corpo, inclusive cérebro, e existe o programa que é a mente; o programáquina é
o corpomente, funciona tudo junto. Quando a pessoa morre há paralisação do
programa e o corpo começa a deteriorar, todas as funções principiam a síncope
mortal, a degeneração, o rompimento das ligações. O corpo, que é natural,
continua funcional um infinitésimo depois, mas já não há programa, ele sumiu.
Será que esse programa é captado por Deus, o outro elemento do par polar
oposto-complementar i Deus-Natureza? Seria isso a alma? Esse intangível
programa impresso é que é desligado? Que sei eu?
Também, isso tudo é
digressão.
O fato é que os pais
dela gostavam da atriz Uma Thurman e aproveitaram o UMA, juntando-o ao nome de
família, VEZ, e ficou assim, Uma Vez. Conforme crescia as pessoas zombavam dela,
as amigas principalmente e os amigos, antes destes ficarem adultos e isso ser
esquecido em nome do sexo.
Uma Vez sofria.
Quando iam começar os contos de fadas não podiam dizer “era uma vez...” na
presença dela porque parecia zombaria.
Por quê pais e mães
teimam em colocar esses nomes esdrúxulos? Será que não pensam nas consequências
para os filhos? Os governos proibiram aqueles demasiados ruins do passado e aí
passaram a fundir os nomes, como Valter e Regina (donde veio Valgina), Carlos e
Cleide (Cabide), Mikejekson (Michael Jackson) e uma multidão dessas. Num
momento de loucura, quando a criança não pode se defender, colocam um nome que
vai acompanhá-la por 50, 60, 70, 80 anos. É duro.
E ninguém fez um
livro a respeito.
É difícil o juiz
autorizar mudar de nome, pois ele já foi cravado na memória social indelével.
Como apagá-lo de todos os registros? O juizado tem razão, pois as pessoas
poderiam fazer um monte de asneiras e depois meramente mudar de nome, apagando
todos os apontamentos. Seria saída fácil demais.
Tudo depende de pais
e mães e da liberdade que eles têm (deveriam renunciar a tomar a liberdade da
criança) para firmar um destino. Deveriam fazer documentário mostrando tudo
isso, investigando os danos causados a tantos no Brasil e no mundo. Penso que
seria interessante. Quantos sofrem em razão disso? Pais e mães deveriam ter
mais consideração.
Serra, segunda-feira,
16 de abril de 2012.
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