A Sobrevivência do
Mais Inapto
No Brasil, vem ao logo dos séculos prosperando
todo tipo de doação do que é dos outros. Sou e sempre serei revolucionário, mas
não confundo, a lei deve ser obedecida. E a lei DEVE ser mudada, a começar pela
necessidade inequívoca de suprimir 99 % delas, pois de 1988 a esta parte
somaram 4,2 milhões.
A
INAPTIDÃO QUE O BRASIL VEM CONSTRUINDO
TIPO
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INAPTIDÃO
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A DETALHAR
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FRAÇÃO A APURAR
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MST, Movimento dos Sem-Terra
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Dá terra, em vez de os pretendentes juntarem
dinheiro para comprar. Pessoas podem ter vendido as suas, migrado voluntariamente
para as cidades, agora voltando para ocupar as alheias.
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Há gente boa que realmente ama o solo e o
trabalho, mas há os picaretas, os que pegam e logo depois vendem, voltando ao
movimento para pegar mais.
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Cotas
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Tira aos negros, aos mestiços, aos pobres,
aos deficientes, aos freqüentadores de escolas públicas sua chance de
mais-significar perante a coletividade através da luta.
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Naturalmente os bem-intencionados e os que
realmente aproveitam a chance estão em toda parte; esses devem ser
reforçados.
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Benefícios fiscais
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Enfraquece as empresas brasileiras frente à
alta competitividade mundial dando-lhes muletas tributárias (passando às
elites impostos recolhidos ao povo).
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Algumas empresas aproveitam a deixa e
saltam por cima das outras, internas e externas, tornando-se altamente
competitivas.
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Isenções
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Enfraquecem quem paga (o povo) e enfraquecem
quem recebe (a elite donatária), dando-lhe falsa segurança não-competitiva.
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Preços mais baixos, por exemplo, de
hortifrutigranjeiros, são bons para o povo.
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Programa “minha casa, minha dívida”
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O governo dá desconto de “até 17 mil” (de 1
real a 17 mil), os bancos ficando com todas as facilidades das garantias
popular-governamentais. Há também gente que verdadeiramente está recebendo
casas “de graça” (quer dizer, à custa dos outros).
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Barateia para alguns (contra prestações
longuíssimas).
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Passagens gratuitas nos ônibus
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As empresas recebem pelas passagens não
pagas em bônus de vários tipos, inclusive isenção de IPVA.
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Quem recebe não sabe quem está pagando, os
que trabalham, além de reduzir até 17 de 44 cadeiras para sentar,
sacrificando os trabalhadores.
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E por aí afora vai, indefinidamente. Acho que
os economistas-sociólogos poderão fazer muito mais, muito melhor que eu, que
por sinal estou cuidando de várias outras coisas.
Serra, sexta-feira, 21 de setembro de 2012.
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