Atroz Cidade
Do mesmo modo que os indivíduos se pensam um
a um, como se não tivéssemos avançado de PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos,
empresas) a AMBIENTES (cidades-municípios, estados, nações, mundo), a gente também
tende a ver a cidade como orgânica, como se representasse os mesmos interesses.
AS
CINCO CIDADES
CLASSE DO TER
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O PODER DIVERGENTE
A RETRATAR
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Cidade A, rica.
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Cidade B, médio-alta.
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Cidade C, média.
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Cidade D, médio-baixa, pobre.
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Cidade E, miserável.
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A Cidade geral está em guerrapaz ou
pazguerra, não está em paz nem em guerra separadamente, é uma constante de
confrontos e entendimentos-desentendimentos. Há, nesse particular, duas cidades
numa só; há MUITAS cidades, mas a burguesia capitalista não faz questão de que
se analise para sintetizar e mostrar, ela quer manter oculto, porque assim a
exploração dos que são explorados se faz mais fácil.
OS MAPAS DIVISIONAIS (não apenas os
economistas, os sociólogos e os psicólogos não fazem esses estudos, como também
os filósofos, tão competentes em outras áreas, não se dignam a investigar) –
olhando os mapas tal como são apresentados não nos emocionamos porque não vemos
conflitos de nenhum gênero.
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Não há analistas-sintetizadores nos governos
investigando a NATUREZA DA MUDANÇA, a matriz de alterações: por quê as cidades
mudam? Mudam diferencialmente (como disse Trotsky de tudo) PORQUE ela tem
dissensões, é rachada internamente, não é monolítica, não é homogênea. A Cidade
geral rebenta o tempo todo. Ninguém fala disso, como dos pecados de família,
como de hemorróidas, como do salário – o que é fundamental e fede e fere é
ocultado.
A Cidade Atroz, a cidade errada não é
mencionada.
Como se pode pretender governar sem
conhecê-la?
Como administrar sem conhecer os potenciais
choques de classe?
Serra, terça-feira, 25 de setembro de 2012.
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