quarta-feira, 28 de setembro de 2016


Zésus

 

Com essa história de intimidade com Jesus, com isso de aproximar Jesus das pessoas e dos jovens, de fazê-lo usar calça jeans, de Jesus Superstar e essa porcariada toda, estão comprometendo a imagem de Deus. Alguém coloca Gandhi ou Buda ou Maomé ou Moisés ou qualquer dos iluminados de terno?

VULGARIZAÇÃO DE JESUS

Descrição: http://img.karaoke-lyrics.net/img/artists/13163/jesus-christ-superstar-131986.jpg
Descrição: http://www.mensagemespirita.com.br/uploads/livros_file_foto/178852_gr.jpg
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Suposta reconstrução.

Deus é Deus, caramba, ele deve ser mostrado tal como se apresentou historicamente. Mostrar Vardamana como um porto-riquenho em Nova Iorque seria estranho.

Então, esses idiotas criaram o Zésus, o Jesus-José, cujo apelido no Brasil é Zé (de José), nome muito popular em razão de São José, exceto que agora estão dando nomes compostos super-esquisitos.

É falta do que fazer!

Essa banalização não faz nada pela religião.

Aquilo que parecia certo, deixar todo mundo acessar a Bíblia, particularmente o Novo Testamento, mostrou-se eminentemente errado. A ideia era boa, a da liberdade numa questão central, a da Fé, mas levou a inúmeras interpretações erradas. Questões religiosas são muito mais difíceis que os manuais de medicina, embora neste caso apareçam excelentes exemplos de popularização muito útil, por exemplo, o Manual Merck, mas ninguém diz para não consultar os médicos que consultam os bioquímicos e os fármaco-químicos.

MERCKALL


Ninguém diz para você pegar um livro de engenharia civil e sair por aí construindo prédios! São necessários cinco anos na escola de Engenharia para poder usar os conhecimentos e vários anos de treinamento de campo. Você PODE ler o livro, mas isso não o torna engenheiro. Nem médico. Nem dentista. Nem psicólogo ou psicanalista. A psicanálise tem 100 anos de existência, a religião tem milhares.

Os pastores-Walita que recebem treinamento de uma semana acham que já podem falar de temas controversos cujos debates duram há séculos ou milênios. Põem-se a discorrer sobre tudo. E há os patetas colocando em livros e filmes a proposta de que as profundas questões religiosas podem ser discutidas e comentadas por todos e qualquer um com igual proveito. É lógico que deve ser assim mesmo, acesso livre potencial, contudo se o acesso aos livros de alta matemática é possível (eles estão nas livrarias e nas bibliotecas), de fato são bem poucos os que ousam debruçar-se sobre eles, pois os temas são espinhosos.

Zésus, o ápice da vulgarização.

Falam “Paulo” como se fosse qualquer. Não “São Paulo”, Paulo. Com Jesus não é preciso o São ou Santo, pois ele não foi consagrado por ninguém, é porque é.

Serra, segunda-feira, 06 de agosto de 2012.

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