Zésus
Com essa história de intimidade com Jesus,
com isso de aproximar Jesus das pessoas e dos jovens, de fazê-lo usar calça
jeans, de Jesus Superstar e essa porcariada toda, estão comprometendo a imagem
de Deus. Alguém coloca Gandhi ou Buda ou Maomé ou Moisés ou qualquer dos
iluminados de terno?
VULGARIZAÇÃO
DE JESUS
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Suposta
reconstrução.
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Deus é Deus, caramba, ele deve ser mostrado
tal como se apresentou historicamente. Mostrar Vardamana como um porto-riquenho
em Nova Iorque seria estranho.
Então, esses idiotas criaram o Zésus, o
Jesus-José, cujo apelido no Brasil é Zé (de José), nome muito popular em razão
de São José, exceto que agora estão dando nomes compostos super-esquisitos.
É falta do que fazer!
Essa banalização não faz nada pela religião.
Aquilo que parecia certo, deixar todo mundo
acessar a Bíblia, particularmente o Novo Testamento, mostrou-se
eminentemente errado. A ideia era boa, a da liberdade numa questão central, a
da Fé, mas levou a inúmeras interpretações erradas. Questões religiosas são
muito mais difíceis que os manuais de medicina, embora neste caso apareçam excelentes
exemplos de popularização muito útil, por exemplo, o Manual Merck, mas ninguém
diz para não consultar os médicos que consultam os bioquímicos e os fármaco-químicos.
MERCKALL
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Ninguém diz para você pegar um livro de
engenharia civil e sair por aí construindo prédios! São necessários cinco anos
na escola de Engenharia para poder usar os conhecimentos e vários anos de
treinamento de campo. Você PODE ler o livro, mas isso não o torna engenheiro.
Nem médico. Nem dentista. Nem psicólogo ou psicanalista. A psicanálise tem 100 anos
de existência, a religião tem milhares.
Os pastores-Walita que recebem treinamento de
uma semana acham que já podem falar de temas controversos cujos debates duram
há séculos ou milênios. Põem-se a discorrer sobre tudo. E há os patetas
colocando em livros e filmes a proposta de que as profundas questões religiosas
podem ser discutidas e comentadas por todos e qualquer um com igual proveito. É
lógico que deve ser assim mesmo, acesso livre potencial, contudo se o acesso
aos livros de alta matemática é possível (eles estão nas livrarias e nas
bibliotecas), de fato são bem poucos os que ousam debruçar-se sobre eles, pois
os temas são espinhosos.
Zésus, o ápice da vulgarização.
Falam “Paulo” como se fosse qualquer. Não
“São Paulo”, Paulo. Com Jesus não é preciso o São ou Santo, pois ele não foi
consagrado por ninguém, é porque é.
Serra, segunda-feira, 06 de agosto de 2012.
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