Carro-Livro
Nacional
Como se pode ler nestas condições?
As pessoas quase todas têm certeza de que o
povo brasileiro não gosta de ler, mas quem pegaria serviço difícil para fazer
se nada recebesse em troca?
Quem lê, por que lê?
Quem lê muito, muito lê por que?
A presidência da república tem de responde às
perguntas. É claro, pelas recompensas de saber e apenas já tendo outro modo de
sobreviver; ler por prazer, só quando há ócio, o lazer do rico e médio-alto, ou
sobrecarregando o horário comum de trabalho ou por obrigação.
Leia Os
Fascistas Investem para pegar a base no trabalho.
Como já disse, mesmo os que trabalham as
2.107 horas protocolares constitucionais (quase todos tentam escapar de um
jeito ou de outro no Brasil) têm muitas horas de folga durante o ano (tanto
assim que as empregam diante do TV, nos bares, em festas e tudo isso até a
náusea), ainda que andando de ônibus duas conduções de ida e duas de volta.
O motivo não é a falta de tempo, é a falta de
interesse pela ausência de recompensa, porque os livros jamais prometem melhorar
quem lê, as pessoas presumem isso e os professores, presumindo, afirmam aos
alunos em nome da cultura, da evolução e todas essas patacoadas.
DOIS
TIPOS DE LIVROS
OS DIDÁTICOS.
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OS DEMAIS.
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Prometem a conclusão do curso e ganho mais
fácil do dinheiro de sustentação, inclusive os de atualização dos
profissionais, digamos, os médicos e dentistas.
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Alguns prometem “uma hora de boa diversão”,
“o prazer da leitura” (se ela é difícil, como haveria prazer?) e muitas
asneiras desse tipo – uns poucos são criativos na idiotice.
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São abandonados, ficam nas estantes ou vão
para os sebos.
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Pouquíssimos compram e menos ainda leem.
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AS DIFICULDADES DE
LEITURA
(já estudei isso alhures, mas noutra dimensão)
1. O letramento (não é
apenas aprender as formas-desenhos das letras, mas juntá-las em fonemas da
fala);
2. O sentido das
palavras-vocábulos (“saber significado” equivale a pelo menos poder encaixar
DUAS PALAVRAS formando sentido lógico de vida, quer dizer, que tem utilidade na
vida – ter capacidade de juntar duas palavras da língua chinesa que tivessem
significado na China, mas não no Brasil onde se está, de nada adiantaria, seria
considerado esquisitice; por outro lado, juntá-las no português de 1150 seria
abestado, não serviria ao momento – por conseguinte, língua tem espaço e
tempo);
3. A enorme carga de
palavras a memorizar (o conjunto coligado de letras e os sentidos):
Qual é o idioma com mais vocábulos?
Tudo leva a crer que seja a língua inglesa, com um número total de
palavras estimado entre 500 mil e 1,2 milhão. "Mas não dá para ter
certeza, pois as estatísticas que temos levam em conta apenas uma minoria de
línguas. Além disso, a contagem do léxico é muito difícil de ser feita. Um
exemplo é o alemão, rico em palavras compostas que costumam ser contadas como
um único termo", afirma o linguista Bruno Dallari, da Pontifícia
Universidade Católica (PUC), de São Paulo. Uma das explicações para o inglês
ser o campeão está no número de países que falam a língua (45 nações, somando
322 milhões de habitantes) e na imensa profusão de dialetos. O linguista
Deonisio da Silva, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), concorda
que é impossível saber ao certo quantas palavras tem cada idioma. "Os
dicionários registram palavras fora de uso e deixam de mencionar muitos novos
vocábulos", diz Deonisio.
Segundo
ele, o português - falado na América, na Europa, na Ásia e na África por
cerca de 220 milhões de pessoas - poderia facilmente ser incluído entre as
línguas mais numerosas, com mais de 400 000 vocábulos.
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4. Temos coisa de 6,5
mil profissões, há que pronunciar-se dentro de uma delas;
5. A necessidade de
adequação a Conhecimentos altos (Magia, Teologia, Filosofia, Ciência) e baixos
(Arte, Religião, Ideologia, Ciência) e Matemática; por exemplo, as tecnartes
são 22 e os livros de Filosofia geral podem ser milhares, com relevantes
nuances;
6. Há o APURO (chamado
especialização);
7. E assim por diante
(ninguém estudou o assunto a fundo, nem eu).
Em resumo, LER NÃO É FÁCIL, nunca foi,
porisso os literatos são tão valorizados, por exemplo, escritores, os que sabem
ler a ponto de saber escrever as razões-emoções das pessoambientes.
Cada livro (dos - dizem o Google
Livros e o Projeto Gutenberg - 150 milhões de diferentes que existem)
DEVERIA LISTAR EXPLICITAMENTE AS RECOMPENSAS obteníveis ao final da leitura
atenta. Quando vou comprar uma bicicleta, sei para que ela serve e o vendedor
até pode falar das 27 marchas, do aro 29, da carcaça de alumínio, dos freios a
disco e tudo mais da marca para valorizá-la a ponto de eu pagar 10 vezes 320. Quando
vou comprar um livro, não sei para que serve. A partir dele mesmo eu não teria
a mínima ideia.
PARA
QUE SERVEM ESTES LIVROS? (Supõem que ao comprar eu já saiba – é uma
civilização muito cruel). Não é zombaria, não é ironia.
Posto isso, se conseguirmos colocar
EXPLICITAMENTE nos livros suas utilidades ficará mais fácil a leitura pelo povo.
Além do que, deveríamos fazer em PAL/I (palavra-imagem) as tais edições que
venho pedindo há tanto tempo. Daí para frente seria possível soltar dentro da
nação dezenas de milhares de Kombi-vãs com milhões de exemplares, sabendo que o
povo teria real prazer em estudar.
Vitória, quinta-feira, 23 de junho de 2016.
GAVA.