A
Escravização da Humanidade
OS VÁRIOS TIPOS DE ESCRAVIZAÇÃO
ERAS OU ÉPOCAS
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FAIXAS
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TIPOS DE PRODUTOS
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Antiguidade
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Até 476
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Idade Média
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476 a 1453
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Idade Moderna
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1453 a 1789
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Idade Contemporânea
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1789 a 1991
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Idade
Pós-Contemporânea
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Depois de 1991
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Pai e mãe copulavam,
eventualmente produziam filhos e filhas. Copulam os humanos porque há
necessidade fisiológica, há o mandado corporal da procriação estabelecido pela
Natureza desde a invenção do sexo, uma pressão inacreditável que leva à
aproximação de macho e fêmea – vindo os filhos, o “instinto” de proteção dos
filhotes foi também implantado.
Ninguém estudou isso
como CONTRÁRIO, pois todo mundo vê como bom; mas se nos obriga a trabalho, se
nos escraviza, como pode ser bom? Uma vez que somos escravos, homens e
mulheres, os filhos e as filhas são queridos e queridas. Trabalhar desde os 20
até os 50 ou 60 anos ou mais tarde pode ter o quê de bom? Em si mesmo, enquanto
obrigação, nada; o que há de bom vem da ideia de compromisso. Pelo lado da
imposição, nada; pelo lado da doação espontânea, tudo.
Quando não tínhamos
como impedir os filhos, quando não havia pílulas e outros contraceptivos, eram
obrigatórios, simplesmente porque se queria aplacar a necessidade sexual.
Agora, temos todo tipo de possibilidade contrária e continuamos a ter filhos e
filhas.
Antigamente,
trabalhava-se para viver, e pouco mais, especialmente os pobres e miseráveis,
particularmente os sem-vontade-própria, os escravos. Mesmo os ricos e
médio-altos, os patrícios, de poucos produtos dispunham; mas estes eram
inventados e a ambição de sua posse, bem como de conforto, levava os “de cima”
a sufocar os “de baixo”.
Dado o tremendo salto
de 1500 anos desde o fim da Antiguidade, a oferta de produtos foi
exponencializando; vendo de outro modo, apenas 15 séculos levou-nos a todo tipo
de objeto, alimento, produto, todo gênero de ofertas, excessivas até, uma
profusão inacreditável delas, absolutamente impossível de ser listada. A
quantidade de coisas que você pode acessar hoje é completamente não-listável:
nem uma vida inteira permitiria a qualquer um contar as ofertas de nossos dias.
Seguindo contra o
conselhos de Buda, as pessoas estão abarrotadas de desejos, completamente
prisioneiras da satisfação e supersatisfação mental.
OS CARRASCOS (as 22 tecnartes
proporcionam as atrações)
TECNARTES
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SUPEROFERTA DAS ESPÉCIES
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DA AUDIÇÃO
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2
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Músicas, discursos
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DA VISÃO
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7
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Prosa, poesia,
moda, desenho, pintura, fotografia, dança
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DO OLFATO
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1
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Perfumaria
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DO PALADAR
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4
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Comidas, pastas,
temperos, bebidas
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DO TATO
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8
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Arquiengenharia,
cinema, teatro, esculturação, paisagismo/jardinagem, tapeçaria, urbanismo,
decoração
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TOTAL
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22
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Agora as pessoas são
recompensadas de milhões de modos; ou podem sê-lo. Encontram muito mais
racionalizações para justificar a opressão alheia. Antigamente um governador de
província tinha a satisfação de si, dos filhos, da esposa, dos amigos, dos
parentes, e o que mais fosse, restrita a um leque pequeno de invenções, sobre
as quais apoiava a exploração alheia: “preciso disto e daquilo e se isso significa
escravizar 600 ou 800, é apenas a necessidade para chegar lá”.
Em nosso tempo há
centenas de milhares de ofertas extraindo trabalho do intermediário da tirania:
um CEO ou engenheiro qualificado de empresa grande têm diante de si incontáveis
dádivas consumistas. De maravilhosas casas da arquiengenharia a piscinas de
borda infinita, de pratos sublimes a perfumes caríssimos para a esposa, de
objetos de ouro e diamante a jatinhos último tipo da EMBRAER.
Essas atrações
mentais puxam-no para a “necessidade” corriqueira de oprimir os operários em
nome de seus imperativos superiores.
Por todo este vasto
mundo aquele 1 % de ricos (ou o que for), os demais 12 % de médio-altos (ou o
que for), somando 13 %, tiram dos demais; estes arrancam mutuamente uns dos
outros – todos tiram de todos, todos se justificam.
Encontram justificativas
para produzir o mundo ruim apenas deixando a mente ser estimulada e
superestimulada, estimulando-a e superestimulando-a.
É terrível.
Serra, segunda-feira,
21 de maio de 2012.