sexta-feira, 8 de setembro de 2017


Arruaça e Mais um Pouco de Bagunça

 

                            Está despontando – para além daquelas coisas já vistas na discussão da Teoria das Flechas – que na realidade elas vinham em família, derivada de um bloco, caindo vários membros de uma vez e de tudo decorrendo ainda mais confusão, como está no texto A Família Principal e as Quedas Subseqüentes Dela Derivadas, neste Livro 112.

UMA NOTÍCIA DEVASTADORA NA LUA (isso, para mim, parece uma queda só: “famílias que caem unidas permanecem unidas na queda”, poderíamos dizer)


Acho que as coisas não são como estão nos dizendo, isto é, que tenham acontecido 30 mil quedas independentes na Lua (ou, sendo a superfície da Terra 13 vezes tanto quanto, 400 mil aqui, 2/3 nos oceanos, 130 mil na Terra – podem mais ter sido 1/10 ou 1/100, quer dizer 13.000 a 1.300, fora as grandes, que pelos meus cálculos foram 140). Em resumo, a bagunça foi grande, mas não foi tanto assim – as notícias foram exageradas, muito exageradas, como um síndico que vendo o filho de um condômino fazendo festa, exagera, mas se fosse filho seu teria tendência de contemporanizar, dando bastante desconto.

Em resumo dois, é preciso que os tecnocientistas façam as pesquisas de campo para obter uma equação confiável que dê todos os fenômenos – não podemos continuar a raciocinar com base em “eu acho”, pois se esse é um ponto de partida filosófico - válido como discurso inicial - não permite prosperar se ficarmos somente nisso.
Vitória, domingo, 27 de março de 2005.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017


Aquele Idiota

 

                            O ex-governador JIF veio ao comando do eES – estado do Espírito Santo – como se fosse dono de uma pocilga: desde cedo fez saber que era o governante INCONTESTÁVEL, como se a casa fosse sua. Cometeu um monte de perversidades, inclusive reter 20 % dos salários dos servidores que quando entrou em 1999 já estavam há cinco anos sem reajustes (fui até o Ministério Público protocolar uma denúncia da retenção; um tempo depois, por coincidência, começaram as denúncias contra ele que levaram ao seu fim melancólico).

                            Quem é ele?

                            O ES é um estado pequeno, agora depois de muito prosperar ainda o oitavo ou décimo no Brasil em riqueza produzida, situando-se depois da 15ª posição ou além em poder “de mando”, como dizem os idiotas (porque poder certamente pode em relação a alguma coisa e como pode em relação a seres humanos é sempre de mando, de mandar, mesmo quando é pedido, porque mesmo a obediência “cega” depende de livre arbítrio); detém no máximo 1/1.600, talvez 1/2.000 do que é produzido anualmente no mundo. O governante do Executivo do eES não pode quase nada em relação ao planeta. Mas dentro do estado ele é muito notado, daí o poderzinho às vezes subir à cabeça dos tontos por natureza.

                            Por si só, então, nem valeria à pena falar dele, é um nada.

                            Contudo, é preciso marcar as pessoas como exemplo do que pode acontecer aos tolos.

UM RETRADO DE JIF (e de vários bobocas como ele) – deve-se fazer um livro, vasculhando exemplos similares na Terra

 

                            O povo precisa saber, conhecer a punição dos vis. E as elites precisam sabem que vão ser atingidas em caso de deslizes.
                            Vitória, quarta-feira, 30 de março de 2005.

Advogados

 

                            ALGUMAS PIADAS

Dizem que Deus e diabo estavam comendo caranguejos e bebendo no Bar do Davi em Jucutuquara, Vitória, quando começou um bate-boca tremendo, não se sabe por qual motivo.
DEUS- eu vou te processar!
DIABO – como? Todos os advogados estão em meu poder!
O que são 12 advogados no fundo do mar? Um bom começo.
Enterrado em dívidas, aquele advogado resolve se suicidar. Vai ao meio
da rua, joga um litro de gasolina sobre o corpo e quando vai atear fogo, uma mulher o segura pelo braço.
- Não faca isso não seu moço! - diz ela, comovida com a dramática
situação. - Se o problema é dinheiro, a gente vai dar um jeito! Ela pega uma sacolinha e começa a abordar os carros pedindo auxílio.
Vinte minutos depois ela volta com a sacolinha quase cheia.
- Quanto você conseguiu? - pergunta o advogado, ansioso. E ela: - Não muita coisa! Uns quinze isqueiros e 6 caixas de fósforos! (Tirei esta da Internet, existem muitos sítios de piadas de advogados, JAG).

Muitas pessoas odeiam e não sei de ninguém que ame os advogados, mas deve existir pelo menos uma, o mundo é muito grande.

À parte as brincadeiras, deveriam fazer um livro dividido em duas partes, a primeira a favor, a segunda para zerar a soma zero.

A SOMA ZERO DOS ADVOGADOS

Lado positivo primeiro
Lado negativo depois

Firmas de advocacia, OAB (Organização dos Advogados do Brasil, geral e seccionais), carreira, formação, juizes e desembargadores, advogados na política, promotores, telefones, faxes, endereços virtuais de e-mail (e-correios), quanto custa abrir processos, quanto cobram tipicamente, os vários tipos de atividades, no Brasil e no exterior, bibliografia que fala deles e assim por diante.

Não se pode negar que eles façam parte dos cenários locais, nacionais e mundial, inclusive na política, ocupando nela tantos cargos. Estão presentes em toda parte, alastraram-se por todo o mundo, sendo onipresentes nos Estados Unidos enquanto no Brasil acho que são formados mais advogados que quaisquer outros profissionais.

Vitória, quinta-feira, 24 de março de 2005.

A Tortura das Inférteis

 

                            Os homens nunca foram torturados por conta desse particular antes do assentamento nas cidades e do casamento monogâmico porque não era possível saber desse estado (exceto às mulheres, que procuravam evitá-los), dado que os homens transavam com todas as mulheres e tendo ou não filhos faziam-nas gozar, o que também era importante, embora MUITO MAIS significativo fosse ter crianças SEMPRE e mais ainda ter FILHOS, não meninas, que eram detestadas e perseguidas antes de nossa era abençoada.

                            Para as inférteis a questão era completamente diferente.

                            Ou as mulheres têm ou não têm barriga proeminente, fecunda; ou tiveram ou não tiveram filhos que são visíveis; se não têm nem nunca tiveram num mundo que procriava continuamente sem dar a mínima para quem morria ou não de gravidez isso era considerado um desastre total. Mostrei que as inférteis (inclusive porque na Rede Cognata infértil = PUTA; as férteis também, depois que não podiam mais ter filhos – todas elas serviam à educação sexual dos garotos; nunca os homens se prestaram a esse favor às meninas, das quais não podiam se aproximar, sempre vigiados; provavelmente tal serviço muito cuidadoso era deixado aos pseudomachos) preparavam os meninos.

                            Num mundo voltado obsessivamente para a gravidez, a prenhez racional permanente, não ter filhos é colocar a tribo em perigo de desaparecimento – é uma condenação. Assim, as inférteis procuravam prestar serviços (= INFÉRTEIS), fosse à matriarca ou mãe dominante e seu grupinho ditador, fosse servindo às mães em geral e até às mulheres que não tinham provado seu valor (que metiam, mas não tinham ainda provado sua infertilidade, rebaixamento de status; pois certamente as mulheres logo descobriram métodos anticoncepcionais, que rarissimamente usavam quando chegavam ao estágio de mães). Em resumo, as inférteis eram escravizadas, porisso deve ter subsistido no fundo das mentes delas o terror da infertilidade. Ser fértil era produzir futuro, ser infértil era viver no inferno.

                            Não era um mundo bom para elas.

                            Para as férteis tudo, para as inférteis nada.

                            Elas eram condenadas a preparar os jovens machos para a reprodução, o que também deve ter desenvolvido toda uma cultura primitiva bem distinta (nos dois sentidos, de separada e de crucial).

                            Vitória, terça-feira, 29 de março de 2005.

A Reunião da Fogueira com a Caverna

 

                            O Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens permitiu muitos pensamentos novos sobre os homens (machos e pseudofêmeas) caçadores e as mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletoras.

                            De fato, vi que o bar é a fogueira contemporânea e pós-contemporânea, é onde os machos vão conversar ao final da tarde sobre as presas abatidas e as caçadas realizadas, aonde vão se jactar perante os outros machos e onde vão apresentar as feridas de guerra, anúncio de sobrevivência. Está longe de ser essa figura banal tal como é pensada. Todo ele deve ser repensado demoradamente, com muito vagar, com muita atenção. De tanto conversarmos Gabriel e eu ele passou a dizer que vai durante as sextas à noite “para a fogueira”, quer dizer, para os bares conversar com outros jovens machos em busca das fêmeas.

                            Gabriel adendou que as fogueiras estão se reunindo com as cavernas e isso disparou novos entendimentos.

                            Na geração imediatamente anterior à minha (são de 30 anos; como a minha - contando dos 18 anos - começou em 1972 isso quer dizer de 1942 a 1972; a minha em tese teria se encerrado em 2002), dos meus tios, foi horrível, as mulheres nunca iam a bares sozinhas ou acompanhadas, ao passo que na minha juventude iam, sim, as universitárias, que tinham coragem de vencer as barreiras, o que constituiu já uma época feliz. Agora vão quase todas, de todas as idades, e está tudo muito melhor. Então, as mulheres estão saindo das cavernas-casa para ir aos bares-fogueira e desse jeito as cavernas femininas e as fogueiras masculinas finalmente estão se casando, fazendo desta época uma era feliz e prazerosa, mais que qualquer outra antes.

                            Pela primeira vez na geo-história, depois de dezenas de milhares de anos desde os primeiros assentamentos, estamos presenciando a reunião feliz das duas partes do mesmo corpomente homulher num só. A fogueira de caça está conversando novamente com a caverna coletora. Não é uma grata surpresa tal coisa? E, mais ainda, que a estejamos vendo nitidamente?

                            Vitória, quinta-feira, 24 de março de 2005.

             

A FOGUEIRA DOS HOMENS (isso significa que a casa não é mesmo dos homens, é das mulheres e dos filhos; não é àtoa que os homens no divórcio em geral largam a casa para trás)


A CASA DAS MULHERES (não é àtoa também que nós homens nos sentimos incomodados em ficar trancados, isso vem de muitos milhões de anos de formação) – tudo isso é da Mulher geral; o número de casas aumentou exponencialmente, enquanto a área de caça diminuiu proporcionalmente


A Pirâmide da Forma

 

                            É desde cedo evidente que há pares polares opostos/complementares, digamos as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundos) da forma e o do conteúdo, quer dizer, gente que zela só pela apresentação superficial e gente que cava em busca de compreensão. Esses habitantes do mundo-pirâmide formestrutural servem uns aos outros.

                            A PIRÂMIDE DA FORMA (esta da Internet explicita)


ESTA OUTRA TAMBÉM (o modelo apregoa que devem existir cinco camadas, quatro abaixo e um centro de onde tudo sai – é este centro que é verdadeiramente elegante e serve a ser copiado)


AS CINCO CAMADAS

·       Ricos (em forma; nem sempre coincidem com a riqueza financeira e monetária; a riqueza financeira participa das finanças, é ativa; a monetária só usufrui, é passiva, goza a vida e as pessoas da vida);

·       Médios-altos;

Médios (estão ensanduichados; querem ao mesmo tempo a liberdade e a responsabilidade, porisso vivem em estresse-de-conflito, penalizados pela dupla-existência, essência-existência; são esquizofrênicos por natureza)

·       Médios-baixos ou pobres;

·       Miseráveis (os completamente desleixados, não obedecem a ninguém – futuramente, cumprido o ciclo dialético, os de cima os copiarão, imitarão essa liberdade total).

Os mais ricos em forma são bonitos, é claro, só vivem para isso. É a gente do mimetismo, mimetiza a inteligência e a razão, pirateando a existência; vive flanando como bobo-letra, vive aérea ou, como dizia a Clarice, “doidinha”. É só casca, sem conteúdo nenhum. Não obstante, é bonito de ver (e essa é sua contribuição para que tudo prossiga e vá dar nalgum lugar alhures). Se o mundo fosse só conteúdo seria feio pra chuchu.

Vitória, sábado, 26 de março de 2005.

A Opção das Mulheres pela Inteligência-Memória

 

                            Do Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens despontou que os homens saíam para caçar e as mulheres ficavam; em vista disso, para projetar as caçadas altamente complexas, a posição de caça um na chamada LANÇA DE CAÇA (seria mais uma torquês, mas quero conservar a idéia de projétil), o aparato a levar e usar em cada caso, toda a logística ofensiva, os ataques, quando e como, o futuro onde a caça seria achada, as estações em que seria útil sair e mais um milhar de assuntos os homens desenvolveram poderosamente a intuição (= PROJEÇÃO, na Rede Cognata), a capacidade de projetar o futuro (= PASSADO = PRESENTE). Então, só para começar, a intuição não fica do lado das mulheres, está do lado dos homens. Não são elas que tem a intuição como um sexto sentido, são os homens, os caçadores, porque para coletar não é preciso projetar nada, não é necessário programar coisa alguma. Mulher = RAZÃO, de maneira que elas desenvolveram a racionalidade, a capacidade de acumular infinitas informações, todas estocadas em escaninhos ou boxes bem delimitados, podendo ser recuperadas a qualquer instante.

                            Então, a Natureza se especializou, enviando uns para a intruição/projeção e a inteligência preditiva e outras para a razão e a memória, que ficaram com as mulheres. Não é nada parecido com essa estória de que elas não são inteligentes, houve uma opção por um instrumento muito poderoso, a memória, que nós homens sequer temos idéia de como funciona. Elas operam com uma CARGA DE MEMÓRIA que é incompatível com nossas cabeças, ao passo que nós projetamos o futuro.

                            Lodo de início elas tinham de lidar com 80 a 90% do pessoal todo, alocar espaços, saber quando seria hora de colher isso e aquilo dos milhares de árvores, quanto cabia a cada uma, onde estavam as coisas (até hoje é assim nas casas), quem era filho de quem (pois transavam com muito mais machos que hoje) e mais uma tonelada de dados que deviam ser transformados em informações. Os homens, não, estes estavam livres para somente pensar, para projetar; foram desincumbidos de guardar as memórias preciosas. Que elas tivessem feito essa opção e que tivessem dominado a humanidade por pelo menos cinco milhões de anos é surpreendente. Como isso se deu?

                            Vitória, sexta-feira, 25 de março de 2005.