quarta-feira, 9 de agosto de 2017


A Catedral de Wren (E Tudo que Não Sabemos)

 

                            Christopher Wren (1632 a 1723, arquiteto, cientista e matemático inglês, contemporâneo de Newton) foi o construtor da Catedral de São Paulo, terminada segundo a Encarta em 1710 (com Newton – 1642 a 1727 – ainda vivo). Nessa época, deu no canal pago, 14 mil navios aportavam nos portos de Londres por ano, fazendo crescer o império, de tal modo que em 1800 tinha a cidade um milhão de habitantes e em 1850 dois milhões, crescimento não só espetacular naquela época como absolutamente espantoso.

VISTA EXTERIOR DA CATEDRAL (que engrandeceu proporcionalmente os britânicos – investir em arquitetura sempre engrandece)


Essa é a questão: quem ama o povo o enobrece, o engrandece, mesmo se as obras parecem desperdício de dinheiro (desde que não seja, MESMO). Os políticos e os chefes de governo que não pensam nisso, que só pensam em atender os miseráveis, não alteiam nem o povo nem as elites. Como Cristo disse, pobres sempre os tereis consigo (porque é estatístico, tantos porcento do todo), mas a grandeza não, porque passa o momento.

A antiga catedral foi consumida no Grande Fogo de 1666 e dois anos depois Wren foi comissionado para a construção do novo edifício. Tinha então 34 anos. Como terminou em 1710, a construção deve ter demorado 42 anos. Para uma catedral não é muito, mas consome toda a vida de uma pessoa. Segundo o canal, adotou soluções fantásticas e seria interessante conhecer a CATEDRALGRAFIA, isto é, a geo-história dela (e de várias outras, até mais bonitas ou maiores). Em todo caso não estou falando disso e sim dos arquitetos que fizeram grandes obras PARA FORA e para dentro, isto é, que se construíram como belas catedrais. Quantos foram eles e quais as geo-histórias de suas vidas? Alguém deveria contar isso.

INTERIOR DA CATEDRAL (o interior dos britânicos foi redesenhado)


Pois é evidente que os arquitetos e outros profissionais, ao desenharem os exteriores, desenham também os interiores, redimensionam as liberdades de ter, de estar, de fazer, de ser, de compreender, de ousar. E é isso que queremos agoraqui: saber como eram os lugares e os tempos ANTES e DEPOIS das respectivas construções. Que liberdades novas foram tomadas depois? Como a arquitetura interfere no futuro?

Vitória, quarta-feira, 01 de dezembro de 2004.

terça-feira, 8 de agosto de 2017


A Caça e a Conquista das Mulheres

 

                            Como já vimos em A Invenção das Bebidas e em As Mulheres Descobrem as Drogas, no Livro 101, as mulheres foram responsáveis por quase tudo no início e em especial pela invenção dos estimulantes (fora os que ajudavam a suportar o árduo andar da caçada, ou fadiga corporal, e resistência às condições inóspitas de dia e de noite, bem como as drogas que aumentavam a resistência à fadiga mental da espera e a tolerância à dor dos ferimentos durante a caçada).

                            Tendo inventado as bebidas e as drogas as mulheres as usaram para liberar a libido dos homens e conseguir maior número de depósitos (de esperma) e, portanto, maior chance de ter filhos. Enquanto os homens estavam caçando isso determinou a reconformação de suas mentes para o domínio, que é a aceitação da dor alheia, neste caso das feras. Quando as mulheres inventaram a agricultura e a pecuária e já não necessitavam de tanta proteína de caça os homens assentaram, ficaram mais tempo junto delas, aumentaram o número e a freqüência dos depósitos, o que elas acharam a princípio maravilhoso, porque a grande realização da fêmea é o futuro (conseguido através do NÚMERO DE MACHOS, não de pseudomachos nem de fêmeas, e nem de pseudofêmeas, embora estas deplorem não poderem ter descendência). Ficando em casa ou na caverna, os homens agora voltaram sua agressividade construída PARA DENTRO da comunidade feminina (80 a 90 % de todos, como já identificamos). Já não travavam guerra para fora e sim para dentro. Como colocado, passaram a espancar as mulheres, as crianças e todos mesmo.

                            Ora, na medida em que já não havia CAÇA EXTERNA, passou a haver CAÇA INTERNA; só quando começaram as guerras de predação psicológica é que houve algum esvaziamento, alguma purgação do tumor inventado: a violência vazou CONTRA OS OUTROS GRUPOS (e vice-versa, até hoje – bate e rebate). Veja só como uma solução anterior vira um grande problema posterior, que necessita de uma nova solução...

                            As mulheres enviaram os homens para longe, em busca de proteínas, onde eles aprenderam a infringir dor; adicionaram venenos para libertar a libido das travas do superego; com isso combinaram sem o desejar dor e libido, o que levou aos espancamentos e à CAÇA INTERNA. Tudo tem de ser muito bem planejado.

                            Vitória, quarta-feira, 01 de dezembro de 2004.

A Borda de Pesca do Mar Oriental

 

O MAR ORIENTAL DIANTE DA FORQUILHA (vá ler os textos anteriores que apontam para o contato primitivo dos hominídeos e dos sapiens com as margens do Mar Oriental)


AS GLACIAÇÕES

·       Desde os 100 milhões de anos primatas;

·       Desde os 10 milhões de anos hominídeos;

·       Desde os 200 mil anos de EMAY (Eva Mitocondrial e Adão Y) e seus descendentes neandertais, em particular dede o início da Glaciação de Wisconsin há 115 mil anos; e desde os 80 ou 70 mil dos cro-magnons, especialmente desde o fim de W há 10 mil anos.

Pois os rios não mudaram tanto assim, os lagos um pouco, mas o mar mudou demais, subindo e descendo as águas como uma maré de longos períodos, 100 mil anos entre uma subida e uma descida, ou seja, durante 100 mil anos está no mínimo, máximo de descida, durante 100 mil está no máximo, máximo de subida, e assim por diante (ver as marés em fase de 105 anos será muito interessante; uma lua diferente, outro poder organizador).

Onde estarão os instrumentos de pesca dos (primatas?) hominídeos e dos sapiens (neandertais e cro-magnons)?

Vitória, quarta-feira, 01 de dezembro de 2004.

Subindo Naturalmente o Nilo

 

O NILO SOBE DO SUL PARA O NORTE (e é mostrado aqui começando lá no pé da página; por coincidência ele nasce lá no equador no Lago Vitória, central na formação dos sapiens)


De um modo muito natural os sapiens que estavam na Forquilha se juntaram em volta do Vitória; dali pegaram o rio e foram subindo tanto pela Margem Esquerda quanto pela Margem Direita (os nomes foram postos em maiúsculas para indicar civilizações). Em algum ponto não dava mais para atravessar da esquerda para a direita e vice-versa, de modo que a partir dali os dois povos se tornaram distintos e antagônicos, até que, mais que união do Norte com o Sul nos tempos históricos a união do Leste com o Oeste foi primordial para os avanços. É preciso descobrir esse ponto de não-retorno, porque se lá para cima alguém decidisse passar ao outro lado tinha de andar um pedação até o ponto de passagem a vau, quer dizer, com água nas canelas, altura de uma criança pequena, de 10 anos.


Veja de onde ele sai: EXATAMENTE do Vitória, que está no centro da Forquilha. Os moradores do Vitória, estando no centro da Forquilha que os criou a todos, podiam optar por descer de um lado ou do outro: não havia impedimento.


MERAS COINCIDÊNCIAS

1.       Forquilha em terra e não no mar;

2.       Lago Vitória no meio da Forquilha;

3.      Rio Nilo nascendo no lago, de modo que separou em dois povos.

Não houve nada de extraordinário: se não fosse assim teria sido de outro jeito. Sendo desse modo nos fez como somos, se fosse de outra forma teríamos outra conformação.

Em todo caso foi bastante interessante.

Vitória, quarta-feira, 17 de novembro de 2004.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017


W Cria os Mamutes Lanudos

 

                            Dizem os pesquisadores que os nossos antepassados tanto na Eurásia quanto na América do Norte destruíram os mamutes com sua impiedade. Isso não pode ser verdade, porque com certeza havia uma relação de simbiose, pois um grupo dependia do outro.

                            Seguramente em -115 mil, quando começou a Glaciação de Wisconsin, os mamutes não deviam existir ou estavam confinados muito ao norte (isso é preciso determinar, se já existiam ou não). Se o mundo era como é agora não podiam estar confinados ao norte porque lá não era suficientemente gelado para os mamutes lanudos, que têm lã.

                            O CÍRCULO POLAR ÁRTICO


Veja que os gelos permanentes estão confinados à Groenlândia e além, não tomam a água para chegar ao Canadá ou à Eurásia. Mais provavelmente W veio ao sul, ao Paralelo 45º Norte (P45N) para buscar os elefantes, tirando de dentro deles os mamutes peludos. Assim, quando os cro-magnons apareceram depois do início de W em -115, ou seja, em -80 ou -70, encontraram os mamutes prontos para alimentá-los e só tiveram de aprender a lidar com eles, pastoreando-os desde o estremo oeste até o extremo leste da Eurásia. Assim sendo, pastorearam-nos tanto no norte da Eurásia quanto no norte da América do Norte, dentro do Círculo Polar Ártico e aquém, até o Paralelo 45º Norte. Viveram com eles por mais (até -10 mil) (80 – 10) 70 ou (70 – 10) 60 mil anos, o que é muita coisa. Devem ter se tornado profundamente íntimos. Ninguém extinguiria as vacas e os bois ou outros dos nossos amigos e parceiros de vida, que com suas existências e com suas mortes nos dão tanto, a menos que fosse idiota, e isso definitivamente não podemos pensar nem dos neandertais nem muito menos dos cro-magnons.

Eles não podem ter contribuído para sua extinção, pelo contrário, devem ter colaborado por expandi-los quanto puderam, porque os mamutes e suas manadas eram garantia de vida de todas as tribos (junto com os bisões) em vastas áreas, garantia segura de que podiam se mover de um para outro lado em pleno inverno gelado. Quem seria burro de matar a galinha dos ovos de ouro?

Outra coisa deve tê-los eliminado, por exemplo, a extinção do ambiente a partir de -10 mil, de forma súbita e implacável.

Vitória, quinta-feira, 18 de novembro de 2004.

Vendo os Lagos de Satélites, de Aviões e do Chão

 

                            Como vimos desde neste Livro 101 no texto Em Torno do Lago Vitória, é da maior importância pesquisar INTENSA e EXTENSAMENTE os lagos dali, porque com toda certeza foram campos de criação dos neandertais EMAY (Eva Mitocondrial + Adão Y). Ali acharemos muita coisa.

                            A maneira certa os paleontólogos, antropólogos, arqueólogos e geo-historiadores já descobriram faz tempo: a) fotografando de satélites grandes e pequenas áreas; b) fazendo aerofotogrametria desde aviões que passam para frente e para trás; c) procurando no solo com aparelhos que vêem debaixo dele. No caso, debaixo do solo dentro da água, porque o lago atual pode ter (e deve ter) mudado em relação às páleo-margens dos páleo-lagos. Veja neste Livro 101 em Rios e Lagos como Aprendizado do Mar quais são.

                            OS LAGOS                    

LAGO
ÁREA (em km2)
DIMENSÕES (em km)
Edward
2.150
76 x (27 a 39)
Albert
5.350
160 x 35
Turcana
7.100
250 x (16 a 47)
Malavi/Niassa
22.490
580 x 40
Tanganica
32.900
680 x (16 a 72)
Vitória
69.490
337 x 240

Mesmo os menores são importantes, porque não se sabe o que se encontrará por lá; pois não falou Deus na Bíblia sobre Belém? E os melhores perfumes vem nos menores frascos.

Diferentemente dos países árabes, por exemplo, da Arábia Saudita, os países africanos não dispõe de recursos. Assim, a ONU deve encampar, com a participação deles, criando um consórcio de todos para lhes dar os benefícios turísticos vindouros. Museus devem ser construídos, escolas, universidades, reservas paleontológicas, antropológicas, arqueológicas e geo-históricas associadas, porque naquela região nossos ancestrais aprenderam a migrar de um lado para outro, tornando-se nômades (devemos ao nomadismo tudo que somos, porque sem ele as pessoas não se aventurariam além, tenderiam a ficar onde nasceram).

Vitória, terça-feira, 16 de novembro de 2004.

 

O CONJUNTO DOS LAGOS MAIORES LAGO TANGANICA


                            LAGO VITÓRIA


LAGO TURKANA


                            LAGO MALAWI/NIASSA


                            LAGO ALBERTO


LAGO KIVU    


Teóricos e Experimentais

 

                            Diz Feynman (Richard P.) em seu livro Física em Seis Lições, 6ª edição, Rio de Janeiro, Ediouro, 2001, p. 37: “Esse processo de imaginação é tão difícil que há uma divisão de trabalho na física: existem físicos teóricos que imaginam, deduzem e descobrem as novas leis, mas não experimentam; e físicos experimentais que experimentam, imaginam, deduzem e descobrem”, itálico no original.

                            Três para os teóricos e quatro para os experimentais, o que está errado. Teóricos teorizam, experimentais experimentam – essa é a separação fundamental.

                            O QUADRO DE FEYNMAN

FÍSICOS
TAREFAS
Teóricos
Imaginam
Deduzem
Descobrem
Experimentais
Experimentam
Imaginam
Deduzem
Descobrem

Está assimétrico, é claro.

O modelo é mais preciso.

Devemos ver que dedução é do todo para a parte, indução é da parte para o todo. Dedução é do mais completo para o menos completo, indução é do incompleto para o todo (que será completado). O que os experimentais fazem é cotejar o virtual ou ideal, o imaginado, com o real, procurando na Natureza RESPOSTAS reais às perguntas virtuais. O virtual é espelho ADEQUADO do real? Assim, imaginação amplia, portanto os experimentais não podem imaginar (ou pelo menos a imaginação é muito menos importante, quase insignificante; por necessidade da tarefa os experimentais devem ser pessoas sem muita imaginação; pelo contrário, os teóricos devem dar saltos).  Ora, indução ou imaginação é o contrário de dedução, porisso os teóricos não podem deduzir nada – essa tarefa é dos particularistas, que são EXPERIMENTADORES DO VIRTUAL, experimentam com as equações ou equilíbrios criados. Agora, descobrir é tarefa de ambos, tanto dos teóricos quanto dos experimentadores, porque uns DESCOBREM NO VIRTUAL, fazendo as ligações hipotéticas ou indutivas, enquanto outros DESCOBREM NO REAL os reflexos esperados. Ou não, negando a teoria (como fizeram Michelson e Morley com a teoria do éter, negando-a).

Quando Einstein freqüentava o restaurante ele não era a superpotência que fazia física; era um ser humano qualquer, porque não se entregava com afinco a pensar sobre alimentos e, portanto, não desenvolveu uma teoria completa dos alimentos, o que fica a cargo dos nutricionistas. Ora, o mesmo acontece com Feynman e todos os outros, cada um em sua tarefa. Não é demérito dele, nem de longe. Ele foi grande.

Acontece que precisamos de um quadro assim, porisso os lógicos do método tecnocientífico devem se dedicar mais e melhor a construí-la. Vai abaixo um quadro parcial.

A TABELA DO MODELO

TAREFAS
TEÓRICOS
EXPERIMENTAIS
Categoria da prova positiva
Especulativa
Terminal no contraexemplo, anunciativa no exemplo
Descoberta
Do virtual
Do real
Experimentação
Mental
Laboratorial
Fração do círculo ou guia (qualidades)
Indução, do menor para o maior (imaginação, emoção, paixão, intuição, instinto, impulso)
Dedução, do maior para o menor (razão, ponderação, reflexão, meditação)
Instrumentos usados
Caneta e papel, às vezes máquinas computadoras
Variadíssimos
Mapas
Virtuais ou ideais
Reais
Modelo
Rede de relações psicológicas ou humanas (teoremas e leis)
Rede natural

Vitória, quinta-feira, 18 de novembro de 2004.