A Catedral de Wren (E
Tudo que Não Sabemos)
Christopher Wren
(1632 a 1723, arquiteto, cientista e matemático inglês, contemporâneo de
Newton) foi o construtor da Catedral de São Paulo, terminada segundo a Encarta em 1710 (com Newton – 1642 a
1727 – ainda vivo). Nessa época, deu no canal pago, 14 mil navios aportavam nos
portos de Londres por ano, fazendo crescer o império, de tal modo que em 1800
tinha a cidade um milhão de habitantes e em 1850 dois milhões, crescimento não
só espetacular naquela época como absolutamente espantoso.
VISTA
EXTERIOR DA CATEDRAL
(que engrandeceu proporcionalmente os britânicos – investir em arquitetura
sempre engrandece)
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Essa é a questão: quem ama o povo o
enobrece, o engrandece, mesmo se as obras parecem desperdício de dinheiro
(desde que não seja, MESMO). Os políticos e os chefes de governo que não pensam
nisso, que só pensam em atender os miseráveis, não alteiam nem o povo nem as
elites. Como Cristo disse, pobres sempre os tereis consigo (porque é
estatístico, tantos porcento do todo), mas a grandeza não, porque passa o
momento.
A antiga catedral foi consumida no
Grande Fogo de 1666 e dois anos depois Wren foi comissionado para a construção
do novo edifício. Tinha então 34 anos. Como terminou em 1710, a construção deve
ter demorado 42 anos. Para uma catedral não é muito, mas consome toda a vida de
uma pessoa. Segundo o canal, adotou soluções fantásticas e seria interessante
conhecer a CATEDRALGRAFIA, isto é, a geo-história dela (e de várias outras, até
mais bonitas ou maiores). Em todo caso não estou falando disso e sim dos
arquitetos que fizeram grandes obras PARA FORA e para dentro, isto é, que se
construíram como belas catedrais. Quantos foram eles e quais as geo-histórias
de suas vidas? Alguém deveria contar isso.
INTERIOR
DA CATEDRAL (o
interior dos britânicos foi redesenhado)
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Pois é evidente que os arquitetos e
outros profissionais, ao desenharem os exteriores, desenham também os
interiores, redimensionam as liberdades de ter, de estar, de fazer, de ser, de
compreender, de ousar. E é isso que queremos agoraqui: saber como eram os
lugares e os tempos ANTES e DEPOIS das respectivas construções. Que liberdades
novas foram tomadas depois? Como a arquitetura interfere no futuro?
Vitória, quarta-feira, 01 de dezembro
de 2004.
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