sábado, 1 de julho de 2017


A Curvatura da Nave Pequena e a Dimensão da Grande Nave

 

                            Desde quando eu era garoto, por muitos anos, talvez umas duas décadas sonhei com o céu coalhado de naves espaciais, todo colorido mesmo de linhas, uma imensidão delas – era muito belo e ao mesmo tempo ameaçador, assustador; depois, mais recentemente, mais perto dos 50 anos voltei a sonhar. Agora, com ASC (Adão Sai de Casa) sinto que é chegado o momento de deparar com a realidade do sonho.

                            A maneira de calcular o volume da Grande Nave a partir da pequena é tradicional: sabendo-se a flecha e a corda (que pode ser medida diametralmente do círculo que define a curvatura da pequena nave), pode-se calcular o raio da Grande nave, com ela a superfície e o volume. Então, a grande jogada agora é achar uma nave pequena, porque ela nos dirá o resto. Pois colocando-se uma linha métrica na circunferência teremos seu diâmetro (através de π); do diâmetro e da flecha, tudo da Grande Nave, pois como vimos em A Pequena Nave e em A Forma da Nave Pequena, ambos textos do Livro 83, a pequena se encaixa na Grande, do lado que fica para fora acompanhando a curvatura desta e do outro sendo uma hemisfera cujo círculo máximo é dado pela circunferência da pequena. Como vimos, esperamos que haja posição na GN para muitas naves pequenas, até muitos milhares, que seria um prêmio adicional, dado por Deus a quem conseguir decifrar a charada. Um presente de nascimento, digamos assim, ou de aniversário, sabe-se lá.

                            De fato, uma única delas já pode transitar em qualquer parte do sistema solar. Todas juntas constituem uma frota inigualável, embora não no limite de potência; é tecnociência mais atrasada, digamos assim, ainda que vários séculos à frente das melhores capacidades e desenvolvimentos humanos. Se puderem ser replicadas farão saltar qualquer coletividade e a partir daí já não haveria mais oponentes na Terra (nem em muitos mundos).

                            Assim, achar um exemplar da nave pequena é o prêmio dos prêmios, inicialmente. Será que há uma em K-E? Estará na Coréia ou em outros lugares? Em todo caso, agora é uma questão urgentíssima achar essa peça inigualável. Começou a caçada.

                            Vitória, sábado, 03 de julho de 2004.

A Criação e a Programação do Vórtice e a Injeção nos Racionais

 

                            Veja no Livro 85 o texto A Catedral de Florêncio para compreender que há de fato uma, mas ela não se assemelha às construídas pela humanidade; realmente, é uma esfera com infinitas pastilhas em camadas, os matemáticos mais profundos colocando as pastilhas mais difíceis, mais de dentro, até que tudo esteja PERFEITAMENTE harmonizado EM CENTRO ou absoluto.

                            Um colega auxiliar de fiscalização, D, disse que eu não conseguiria montar o quarto vértice-par do quadrado de base da pirâmide do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) PORQUE a Matemática (mesmo sem ele compreender exatamente o que está dizendo – mas tem notícias) é complexa demais e eu não teria tempo.

                            De fato, são publicados POR ANO 100 mil teoremas. Com toda razão ele diz que ninguém poderia perceber tanto assim. Contudo, eu não quero percorrer esses elementos todos, não há vida que baste. Como lhe disse, vou até a Matemática (com ou sem universidade e curso de matemática), dali à Ciência, pelo lado da Física/Química, donde, através do transiente, espero poder dar o salto até p.3 e então Informática/p.4, como já expliquei.

                            NÃO É PRECISO colocar todas as pastilhas, até porque tantas já foram colocadas; só preciso criar um atrator. Uma vez ele existente começará a fazer seu serviço de atrair, pondo-se a oscilar em torno de um eixo. Crio um vórtice, um ralo para a convergência: os outros começarão a trabalhar por meio do programáquina, principiando a oscilação até a convergência e a assíntota nalgum futuro relativamente próximo. Não depende de mim. Não depende de eu fazer o serviço todo – apenas injeto nos racionais a atração (fatal) e ela começa a atrair todos os interesses interessantes; estes, por sua vez, atraem ainda mais, criando-se a avalanche convergente. Um atrator atraindo atratores que atrairão ainda outros, começando a composição ou criação geral.

                            Esse é o programa: criar o vórtice e o programáquina que administra o vórtice-atrator.

                            Vitória, sexta-feira, 09 de julho de 2004.

A Ciberprancheta e os Lugares Aonde Ela Irá

 

                            Como vimos no Livro 85, no artigo A Ciberprancheta e a Felicidade dos Engenheiros, num futuro não muito distante formar-se em engenharia será o equivalente a ter aprendido a usar a CP – e nisso os aprendizes passarão seus cinco anos característicos de Escola de Engenharia.

                            Ela será necessariamente grande, não sujeita nisso a miniaturização (e sim às melhorias internas cada vez maiores), do tamanho de uma prancheta mesmo, podendo ser dobrada em duas ou em quatro; mas não como um notebook, uma agenda, de modo nenhum, nem muito menos como um palmhand (palma da mão), nada minúsculo assim, pois o objetivo é poder dispor de vários quadros grandes com os subquadros das demais disciplinas coligadas (para civil, elétrica, hidráulica, ambiental, etc.). Custará caro, creio, porque será um instrumento ímpar, para acompanhar a pessoa durante toda a sua vida, cada qual tendo com ela uma identidade como os samurais com as suas espadas. E crescendo com ela, incorporando módulos, tendo em si todo o poder do conhecimento humano das engenharias, todas e cada uma. Como aqueles livrinhos de tabelas que antigamente se levava na pasta, uma bíblia do fazer. Imagino que a Impressora T será levada junto, também.

                            De posse da CP o engenheiro poderá FAZER TUDO, em qualquer parte, definindo e resolvendo qualquer gênero resolvível de problema, para toda espécie de aplicação. Esse é o sonho, de algo que se possa levar junto para todo e qualquer lugar e contenha todo o conhecimento humano até aquela data; e que incorpore as modificações que forem surgindo, podendo a um apertar de botão fornecer todos os livros que se queira consultar, franqueados permanentemente junto com ela ou pagando-se uma taxa de consulta de atualização mensal ou anual. É isso que queremos e é isso que qualquer grande empresa deve se propor a fazer.

                            Acho que desde o começo da geo-história mesmo sem saber exatamente com o quê sonhar os engenheiros todos esperam por esse instrumento definitivo. Agora que podemos prepará-lo desejar menos que essa dimensão seria tolice.

                            Vitória, terça-feira, 06 de julho de 2004.

A Caça como Multiplicador Mental

 

                            Se as mulheres controlavam 80 a 90 % dos indivíduos da caverna, como já mostrei várias vezes, se inventaram quase tudo primeiramente, se com a invenção inicial da agropecuária produziram excessos que tornaram a caverna independente das expedições de caça dos homens quanto a proteínas, como é que os homens preponderaram?

                            Evidentemente o grande espaço e o grande volume constante dentro dos quais ficavam transitando pressupunha uma língua (veja no Livro 85, A Língua que as Mulheres Inventaram) delas, a que os homens só tinham acesso enquanto eram meninos, até, digamos, os 13 anos. Depois tinham de migrar para a língua dos homens, a língua-de-caça, que era muito mais pobre, porque menos exigente inicialmente. Já que é a língua que constrói todo crescimento psicológico, como é que os homens se tornaram mais espertos, a ponto de tomar o poder (que interessava às mulheres passar adiante, também, como forma de crescer mais rápido)?

                            Isso só pode ter acontecido em virtude de a caça induzir aptidão, quer dizer, atilar as mentes masculinas, exigindo perspectivação ou preparação do futuro ou projeção de linhas de conduta. Um universo repetitivo, como o das mulheres, não demandava muita argúcia ou agudeza mental; quanta inteligência se necessita para colher as mesmas frutas das mesmas árvores toda uma vida? É cíclico, não leva a novidades, enquanto a pressão contínua da caça preparou o cérebro dos homens PARA PROJEÇÃO (veja que não estou dizendo que um é melhor do que outro – as tarefas são distintas). Era-lhes necessário pré-ver, ver antes de acontecer, projetar o futuro. Prever, calcular, antecipar, conjeturar, avaliar – tudo isso preparou um cérebro inquisitivo (qu passou via sexo para as mulheres; e vice-versa, o cérebro-memória muito melhor delas passou para os homens).

                            Assim, com esse cérebro antecipativo melhor, quando os homens não precisaram mais caçar tanto eles não tinham mais ocupação, EXCETO TOMAR O PODER DAS MULHERES. Foi o que aconteceu. Progressivamente, esses que ficaram se apoderaram dos conhecimentos que elas tinham acumulado por milênios a fio, muito lentamente. E assim fizeram prosperar essas atividades rapidamente, pensando alternativas muito mais avançadas e com isso dominando e tomando o futuro das cavernas onde os homens ainda estavam indo à caça. Não estou recomendando que as pessoas voltem a caçar, esse tempo já passou, as caçadas agora são outras, lógicas e dialéticas, dialógicas, e não mais físicas e biológicas. Mas foi assim que aconteceu: a própria invenção das mulheres, combinada com o cérebro prospectivo melhor, proporcionado pela aptidão nova dos caçadores, levou à “ruína” do poder feminino primitivo, que passou aos homens; contudo, isso mesmo levou à prosperidade da tribo, que cresceu tomando futuro das outras, destas raptando os melhores genes para seu estoque tribal; esses  genes-estrangeiros, por sua vez, puderam passar ao futuro, pois de outro modo teriam morrido na parte mais fraca.

                            Foi uma feliz combinação de fatores.

1.       Homens vão à caça e desenvolvem um cérebro prospectivo mais apto;

2.      Mulheres criam a agropecuária inicial;

3.      Homens se assentam, pois não dependem mais tanto de longas caçadas;

4.     Mulheres perdem o poder;

5.      Conjunto de homens + mulheres dessa tribo amplia seu funil de penetração no futuro;

6.     Apoderam-se dos estoques genéticos de outras tribos, etc.

Tudo isso precisa ser apurado.

Vitória, segunda-feira, 05 de julho de 2004.

Tão Grande Pocinha

 

O PANTANAL MATO-GROSSENSE NA BARSA DIGITAL 1999 (compactado)

Maior planície inundável do mundo, o pantanal mato-grossense é o habitat de uma fauna de extraordinária riqueza. A exuberância natural atrai milhares de visitantes, e o turismo ecológico tornou-se importante atividade econômica da região. Pantanal mato-grossense é uma área de cerca de 200.000km2 que se estende em sua maior parte (cerca de oitenta por cento) pelos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, mas atinge também o Paraguai, onde é conhecido como chaco, e a Bolívia. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

                            Como vimos discutindo, no oeste do Planalto Brasileiro, leste dos Andes, antes que as terras tivessem começado a levantar existiram uns caudais imensos, que tinham em cima mais de 1,35 mil e embaixo mais de mil quilômetros de entrada/saída. Formaram-se ali lagos inacreditáveis, perto dos quais os Grandes Lagos americanos/canadenses nada teriam significado. Eram mesmo maiores que os mares interiores atuais, igualando-se inicialmente ao Mediterrâneo de hoje, só o do lado de cima.

                            Depois foram diminuindo, secando, até o ponto em que temos isso que consideramos grande em nossos dias, pouco mais de 4,38 vezes a área do Espírito Santo. Aquilo sim, era lago, e a vida ali era em tal profusão que nem podemos imaginar direito; depois, quando o imenso pantanal-duplo, um na Amazônia e outro nos Pampas, se formou, ficou mais maravilhoso ainda, com animais em quantidade tal que teriam deixado embasbacados mesmo os que viram a fartura amazônica lá por 1500, quando chegaram os europeus e se estarreceram. Noutros lugares do planeta houve tanto, ou mais, mas ali também devia ser algo de muito lindo observar. Só quando chegarmos a um planeta virgem, nas mesmas condições, é que poderemos fotografar isso que já se passou aqui na Terra, especialmente na América do Sul. Que encantamento! Que alegria será retratar isso, mesmo que em computação gráfica, com base nos dados científicos que irão despontar! Perto daqueles lagos e pantanais o Pantanal Mato-grossense não passava de uma poça.

                            Mal posso esperar para ver.

                            Vitória, terça-feira, 29 de junho de 2004.

Quando a Alma Alta Fala

 

                            A alma, classicamente, se expressa de dois modos.

DUAS MODAS DA ALMA (duram desde o princípio, alternando-se em potências e demonstrações, ciclo muito interessante)

·        Modelo emocional (por gestos ou imagens) – a alma baixa, imediata, que não precisa pensar para ser;

·        Modelo racional (por palavras) – a alma alta, mediata, que só é pensando;

·        No conjunto em PAL/I (palavrimagens) a re-união.

O divórcio entre um e outra não foi bom, desde o aparecimento da escrita há 5,5 mil anos a emoção podendo menos, à medida que as letras vão acumulando.

Ora, a alma alta fala de dois modos.

TENHA MODOS

1.       O modo do som (palavra falada);

2.      O modo do traço (palavra escrita).

Ambos os modos comportam elegância e deselegância. A elegância é o apuro no falar, de que a Clarice Lispector dizia, quando aconselhava a isso, pois de outro modo não saberíamos se sentávamos à mesa como gente civilizada ou na mesa como os boçais, chamados “brutos”, os bobos.

Quando a alma-alta fala do modo alto é bonito de se ouvir, quando não é afetado, quer dizer, diminuição dos outros.

Esse apuro elegante é do maior amor, pois é indicação de respeito e profundo respeito pelo próximo e todos que são julgados então próximos, almas-encostadas, quase coladas. Se os povelites não investem nessa elegância e apuro é porque se desprezam, encontram-se alienados, distantes de si, ad-mirando os outros “eus” nacionais ou culturas.

Vitória, quinta-feira, 01 de julho de 2004.

Parentesco Ontológico do 1,5 Bilhão de Cavernas e a Primeira Caverna Construída

 

                            Hoje temos na Terra cerca de 6,3 bilhões de indivíduos, que segundo a família típica de quatro pessoas morariam em pouco mais de 1,5 bilhão de residências: evidentemente nem todos têm, outras famílias têm mais de uma, mas é ordem de grandeza.

                            Todas essas residências têm parentesco ontológico (no Aurélio Século XXI digital: S. f. Filos. 1. Parte da filosofia que trata do ser enquanto ser, i. e., do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres; itálico e negrito meus) com as cavernas, especialmente com a primeira caverna construída. Qual terá sido ela? Nunca pensamos nisso. Qual foi a primeira das casas? Não é interessante ver que jamais pensamos na transição entre as cavernas e as casas? Como é que surgiram as primeiras cidades? Elas vieram da primeira casa, que era, com toda certeza, muito semelhante às cavernas prototípicas, assim como os primeiros vasos de barros ainda tinham por fora as marcas dos cestos queimados dentro dos quais eram moldados, quer dizer, fazia-se um cesto, como sempre se fizeram, colocando por dentro barro e depois queimando, de forma que subseqüentemente ficava só o barro de dentro (com as marcas de cipó, que tinha desaparecido, pois carbonizado).

                            Entre as cavernas e Mohenjo Daro e Jericó deve haver uma quantidade intermediária de cavernas-construídas, que estão desaparecidas. Esperaríamos encontrar uma caverna-construída ancestral, a primeira de todas, o elo-desaparecido do qual descenderiam todas as demais, pelo menos idealmente. E depois por imitação elas se tornariam como que uma colméia em volta, de forma que contaríamos que houvesse no início uma aglomeração fantástica, todas se juntando à primeira, como ainda é o caso de casas do interior, que mesmo contando com muito espaço rural à volta ainda de amontoam. As primeiras cidades verdadeiras devem ser equivalentes a esses aglomerados. Se aquelas tidas como primeiras não forem assim outras devem ser buscadas; a primeira será exatamente deste jeito: um grupo modesto de casas emboladas, imitando uma caverna – essa será primeira cidade de todas, muito pequena, suja, horrível, mas um avanço extraordinário em relação a depender da Natureza. Foi justamente ai que a humanidade surgiu, separando-se da linha geral.

                            Vitória, sábado, 03 de julho de 2004.