sábado, 1 de julho de 2017


Quando a Alma Alta Fala

 

                            A alma, classicamente, se expressa de dois modos.

DUAS MODAS DA ALMA (duram desde o princípio, alternando-se em potências e demonstrações, ciclo muito interessante)

·        Modelo emocional (por gestos ou imagens) – a alma baixa, imediata, que não precisa pensar para ser;

·        Modelo racional (por palavras) – a alma alta, mediata, que só é pensando;

·        No conjunto em PAL/I (palavrimagens) a re-união.

O divórcio entre um e outra não foi bom, desde o aparecimento da escrita há 5,5 mil anos a emoção podendo menos, à medida que as letras vão acumulando.

Ora, a alma alta fala de dois modos.

TENHA MODOS

1.       O modo do som (palavra falada);

2.      O modo do traço (palavra escrita).

Ambos os modos comportam elegância e deselegância. A elegância é o apuro no falar, de que a Clarice Lispector dizia, quando aconselhava a isso, pois de outro modo não saberíamos se sentávamos à mesa como gente civilizada ou na mesa como os boçais, chamados “brutos”, os bobos.

Quando a alma-alta fala do modo alto é bonito de se ouvir, quando não é afetado, quer dizer, diminuição dos outros.

Esse apuro elegante é do maior amor, pois é indicação de respeito e profundo respeito pelo próximo e todos que são julgados então próximos, almas-encostadas, quase coladas. Se os povelites não investem nessa elegância e apuro é porque se desprezam, encontram-se alienados, distantes de si, ad-mirando os outros “eus” nacionais ou culturas.

Vitória, quinta-feira, 01 de julho de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário