Toda Facilidade o
Torna Mais Fraco
Dizem os
tecnocientistas que há 70 ou 75 mil anos, na explosão do supervulcão Toba,
restaram apenas 2,0 mil seres humanos, quer dizer, 500 casais – aqueles foram
os seres humanos mais fortes de todos os tempos [mais que os primeiros Homo sapiens,
sapiens que, embora CROM (cro-magnons) cercados de NEMAY (neandertais de Eva
Mitocondrial e Adão Y), por não se distinguirem tanto deles não eram
inicialmente atacados].
AQUI DIZ DIFERENTE
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Teoria da catástrofe
de Toba
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
De acordo com a teoria da catástrofe de Toba, 70 mil a 80 mil
anos atrás um evento supervulcânico no Lago Toba, em Sumatra, reduziu a população humana mundial a
10 mil ou talvez a meros mil casais, criando um efeito de gargalo
na evolução humana.
A teoria foi proposta em 1998 por Stanley
H. Ambrose da University
of Illinois at Urbana-Champaign.[1][2][3]
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De lá para cá - mais precisamente desde 12
mil anos com a primeira cidade, Jericó, e o fim da glaciação -, os humanos
prosperaram muito e agora temos todo gênero de suporte, o que nos torna cada
vez mais fracos e socialmente mimados.
UM MUNDO DE AMPAROS
TECNARTÍSTICOS, A PONTO DE NOS SUFOCAR
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TÉCNICA-ARTE
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FRAÇÕES
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TOTAL
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Artes da AUDIÇÃO (2)
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Músicas, discursos,
etc.
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2
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Artes da VISÃO (9)
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Poesia, prosa, pintura
(a dos corpos femininos fica aqui, como também tatuagens, mas não piercings),
desenho (inclusive caligrafia), fotografia, dança, moda, PAINÉIS (mosaicos,
vitrais), LABIRINTOS (jogos), etc.
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11
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Artes do OLFATO (1)
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Perfumaria, etc.
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12
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Artes do PALADAR (4)
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Comidas, bebidas,
pastas, temperos, etc.
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16
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Artes do TATO (10),
sentido central.
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Arquiengenharia,
cinema, teatro, esculturação (inclusive ourivesaria; os piercings entram aqui
– não há porque não apelar aos outros sentidos, além da visão), decoração
(inclusive do corpo feminino, todo tipo de roupa, chapéu, sapatos, etc.),
paisagismo/jardinagem (TOPIARIA), urbanismo, tapeçaria (inclusive macramé),
PROPAGANDA (veja que eles não usam a totalidade dos sentidos, mas poderiam
fazê-lo, com grande proveito), TESSITURA (não há porque não apelar aos outros
sentidos, inclusive olfato com perfumes) etc.
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26
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De toda parte a mídia (Rádio, Revista, TV,
Livro-Editoria, Cinema, Jornal, Internet) nos traz notícias, inclusive essa
incrível superestrada do info-controle, a Web, por vezes biruta, a Webiruta.
Tenho mais livros do que conseguirei ler, tendo tempo. Já falei das 500 TV
oferecidas para quem saiba ouvir em outras línguas, ainda há pouco falei da
Rede geral de vícios em Direção-Sentido
do Ego de Sensações ou A Rede de Prazeres. Milhares de filmes são
oferecidos em nossas casas. Se você não quiser pagar para ter, pode ir ler os
livros em bibliotecas ou através dos e-livros.
Não será por falta de ofertas que você não
terá ocupados todos os minutos de vigília de sua vida.
As PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos,
empresas) estão ficando cada vez mais mimadas, supexigentes no sentido de
quererem tudo a todo instante e sem fazer esforço: o resultado é a civilização
superenfraquecida que poucos veem. Quando o conflito geral chegar (previ em
1997 para 2019, começo na China) será arrasador.
Vitória, quinta-feira, 15 de dezembro de 2016.
GAVA.
SUPERMIMOS
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Ligia Deslandes
Uma
geração de crianças da elite super mimadas cresceu… E agora?
Uma
geração de crianças da elite super mimadas cresceu… E agora?
8 de julho de 2016
A experiência contada pelo Rafael
Mansur no site Radar Escola mostra por que estamos tendo uma geração de robôs
idiotizados nas redes sociais e nas instituições.
Não é a
toa que temos procuradores e juízes no Judiciário Brasileiro que colocam
vingança e partidarização acima das leis e da justiça.
Não é por
acaso que temos políticos tão infantis que só pensam em si e não no país.
Os mimados
da Elite Brasileira e todos que eles influenciaram.
Uma
geração de mimados está Ministério Público, no Judiciário e das instituições
brasileiras. Você acha que não tem nada a ver? Como tem…
Concordo
com o texto do Rafael, mas, discordo de uma coisa, que essa seja a primeira
geração de mimados. Muitas gerações aconteceram para que essa se
desenvolvesse. Gerações e gerações de uma cultura onde a elite sempre cultuou
seus monstros: a exclusão, a desigualdade, a injustiça, o oportunismo, o
apadrinhamento, a exploração.
Os adultos
dessa elite foram treinados a ver as coisas sob o ângulo do dinheiro e do que
ele favorece. São egoístas, arrogantes e rancorosos. Deixaram de lado a
humanidade e a dignidade. É triste, mas, é verdade! Estamos vendo isso,
infelizmente.
Antes de tudo, olá,
me chamo Rafael Mansur.
Sou editor
e criador do Radar Escola, escrevo para o site todas as segundas-feiras.
Escreverei sobre tudo e sobre todos (desde que tenha educação no meio). Optei
escrever, em minha estreia, sobre um fato que eu tenho observado e cada vez
me choca mais: adulto mimado.
Trabalho
em uma escola particular com famílias classe A e B, idade entre 26 e 37 anos.
Vejo de tudo lá, tudo mesmo… e a coisa que mais tenho visto ultimamente é criança
mandando em pai e mãe e pai e mãe tentando mandar na escola.
Tudo
começa quando essa geração adulta de hoje, quando criança, foi um pouco
mimada. Pouco não, super mimada. Eles cresceram junto à ascensão financeira
de boa parte das famílias brasileiras, eles cresceram
vendo vídeo game se popularizar, TV a Cabo se tornar real,
carrinho de controle remoto aos montes. Essa geração cresceu vendo Xou da
Xuxa e desejando tudo que lá aparecia. Essa geração teve a adolescência
marcada com a popularização do Windows 95, popularização do celular e
aparecimento dos primeiros e-commerces. A grande questão é que essa geração
não só viu isso, ela desejou isso, e ganhou muito disso.
Eles foram
os primeiros super mimados. Cresceram com a ideia de que tudo a eles poderia
pertencer. Qualquer coisa basta bater o pé no chão, cruzar os braços e
pronto… ganhou.
Certa vez
na escola em que trabalho criamos um álbum de figurinhas no qual os
alunos e alunas eram as figurinhas. Deu o maior trabalho fotografar todo
mundo, conferir e mandar para a gráfica. Faltando 1 semana para lançar o
álbum entrou um aluno novo. A mãe (dessas mimadas que estou falando)
pediu para inserir o rapaz no álbum. Já tínhamos impresso mais de
14.000 figurinhas, 300 álbuns, empacotado tudo etc. Eu respondi: Não.
A cena a
seguir foi assustadora. A mãe falou: mas vai ter todo mundo menos
ele? Se for assim eu não quero esse álbum.
Para
visualizar melhor, eu descrevo como estava a postura corporal da pobrezinha:
braços cruzados, cara fechada, um bico enorme e batendo o pé firme no
chão (Parecia que eu me via com 9 anos quando minha mãe não me dava as
coisas). Assustado ainda, recuperei o fôlego e disse, realmente não
vou poder ajudar. Já está tudo impresso, é impossível eu refazer este álbum.
Se você
que está lendo o texto achou que a cena da pirraça era ridícula, veja o que
aconteceu:
- Eu
pago! Eu pago todos os álbuns, as figurinhas novas, pago tudo! Mas quero
meu filho no álbum!
Eu disse
novamente que era impossível, a mãe pegou as coisas dela para ir embora,
pegou a mochila da criança e com os olhos cheios de lágrima (é sério) me
disse que faria o próprio álbum para o filho dela não sentir.
Você deve
está achando que a criança tinha 7 ou 8 anos. Não! Ela tinha 2. Nem sabia
direito o que era figurinha. A dor toda era da mamãe mimada.
O que me
preocupa de fato é saber que este não é um caso isolado. Não sei se a
mãe fez o tal álbum (provavelmente fez), mas ela é uma adulta que não
sabe aceitar as dores que a vida nos oferece, prefere burlar. Quer ter tudo e
acha que tudo a pertence. O problema maior é que uma criança está sendo
criada com esse pensamento, está crescendo com a visão de mundo mimada.
Melhor (ou
pior) … crianças estão sendo criadas com este pensamento.
Vivem
dentro da cultura do descarte, do consumo, vivem em um mundo camuflado de
presentes de compensação de faltas.
A primeira geração
de crianças super mimadas cresceu e se reproduziu. As crianças fruto dessa
reprodução estão sendo mimadas ao triplo. Nos resta agora esperar o dia
em que veremos um adulto rolar no chão na fila do restaurante porque não
liberaram ainda sua mesa.
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