terça-feira, 1 de novembro de 2016


Sinceridade, Autoridade

 

Esse cara foi buscar a concessão de um canal de TV.

CONCESSÕES DE CANAIS DE TV E RÁDIO NO BRASIL

Mundo Estranho [muito estranho]
Como se consegue a concessão para operar um canal de TV no Brasil?
Felipe Van Deursen | Edição 65
Nenhuma emissora de TV brasileira é dona do canal em que sua programação é transmitida: todos os canais de sinal aberto pertencem ao Estado e são concedidos (daí a palavra "concessão") temporariamente às emissoras, através de processos de licitação. Para concorrer a uma concessão, a empresa deve ter no mínimo 70% do capital nas mãos de acionistas brasileiros e respeitar o limite de controle de até dez estações em todo o país, sendo no máximo duas por estado e cinco em VHF (não entram na conta as retransmissoras). Aí uma comissão do Ministério das Comunicações analisa sua proposta de programação e sua condição técnica e financeira, dando pontos em diferentes quesitos.
Roling Stones

Donos de TVs e rádios, parlamentares desrespeitam a constituição

Pelo menos 80 parlamentares são donos de concessões públicas de rádio e TV, contrariando a Constituição. Como?

Mídia Aberta

Em defesa da Liberdade de Expressão para todos

Sábado, 10 de maio de 2008

Quem é o dono? Emissoras de rádio e TV são concessões de serviço público, e não bens privados!

O que há em comum entre Globo, Record, SBT, Band, Rede TV!, TV Cultura e outras centenas de emissoras afiliadas e não-afiliadas a essas redes de televisão espalhadas pelo Brasil? Todas elas são concessões públicas, ou seja, pertencem ao conjunto da sociedade brasileira e não a grupos políticos, religiosos ou econômicos como aparenta ser.

Lá veio esse camarada (do TP, partido no governo) vermelho, comunista de chinela, tapete grosso na sala do apartamento de 250 metros quadrados, piscina de cobertura, oburacô, sauna, espaço gourmet, todo tipo de facilidade, mas de chinelo de dedo, “proletário”, “trabalhador”.

Veio de cima, indicação de cima, veio com um bilhetinho graúdo, tive de atender, né, quem tem (cargo), tem medo (de perder).

EU (botando dificuldade) – cadê a apresentação?

OPERÁRICO – que apresentação?

EU – tem de fazer apresentação de motivos, dizer qual o objetivo, qual o alcance social, que programas contará, listados, quem participará, tem de ter pelo menos um jornalista com carteirinha (fui enumerando, a lista era grande).

TRABALHADORICO – pensei que era igual bolo de mãe, era só pegar e ir comendo.

EU (rindo por dentro, “é isso mesmo, seu otário, mas tem de manter as aparências para o povo e os partidos de oposição que querem bicar”) – bem, o aproveitamento é seu, eu fico só com as dores, sou o que faz as coisas aqui, sem nenhuma gratificação além do salário grande para basicamente ficar à toa.

PROLETÁRICO – posso providenciar algo.

EU – quanto?

RICARTÍFICE – escreva um número, escreverei outro, até chegarmos a um acordo.

Fiz isso, escreve cá, escreve lá, ele guardou o papel, menino esperto, tô começando a gostar dele.

EU (mais solícito) – bem, posso preparar a enga/nação para você.

CAMARADA – bom, tudo bem, é difícil?

EU (prestativo) – nada! Leva um tempo, claro, mas é tranquilo, sem problemas, dois dias, só preencher os formulários, já tem lugar para os nomes, os dados, preciso de CPF, carteira de identidade, um punhado de informações, aqui está a lista, banco e referências eu invento, já sei de tudo, vou colocar a piscina e o gazebo para a patroa, gramar o terreno, asfaltar o pedacinho, não muito, deixo um pedaço de terra para ir pouca gente. E quanto aos propósitos (expliquei para o caso dele ser idiota), para quê é?

CAMARADINHA – sabe o que é? Grande número de entrevistas, chegar nas pessoas e perguntar “sinceridade, autoridade, o que é MESMO que está se passando, quequitácontecendo, fala aqui no microfone. ” “Fala aí a verdade, entrega tudo, mostra as maracutaias, seja verdadeiro, mostra para o povo”.

EU (assustado) – o que???!!! Volte amanhã, vou consultar a hierarquia.

Fui.

HIERARQUIA – o que??????!!!!!!!

Voltei, liguei para ele.

EU (perdi a chance de fazer aquelas mudanças, nem contei pra patroa, teria tomado um esporro) – ó, tem uns empecilhos aqui.

Serra, sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016.

GAVA.

Setor de Cobranças

 

Aquela cidade brasileira tomou uma atitude para permanecer no país e ao mesmo tempo avançar um pouco, até que viessem os bons tempos, diz a dialética que virá o contrário, porisso aqui vai ser o Paraíso Terrestre, pode esperar (mas não na sua vida, que é curtinha, tem de esperar UM POUCO!).

AS 100 MELHORES CIDADES DO MUNDO PARA MORAR (o objetivo era entrar como centésima e ir deslocando até chegar mais perto de ser feliz)

Pelo sexto ano seguido, Viena lidera ranking de qualidade de vida

4 março 2015
Está pensando em se mudar para outra cidade do mundo? Viena deveria estar no topo de sua lista.
A capital da Áustria foi eleita pela consultoria de recursos humanos britânica Mercer como a cidade com melhor qualidade de vida pela sexta vez consecutiva.
Quatro cidades brasileiras também foram avaliadas e perderam duas posições cada uma.
GGN
06/02/2013
Do Eco D
Nem Himalaia nem Europa. As cidades mais próximas do que seria a Shangrilá, descrita como um paraíso na Terra pelo inglês James Hilton, estão situadas na Austrália e Canadá, segundo a Unidade de Inteligência da revista americana The Economist.
A organização elaborou um estudo com 140 cidades ao redor do mundo e determinou quais delas são as melhores para se viver. O resultado coloca sete das dez cidades que lideram o ranking nestes dois países. Pelo segundo ano consecutivo, Melbourne (Austrália) foi eleita a melhor cidade do mundo para se viver.
O ranking avaliou as cidades de acordo com 30 fatores divididos em cinco áreas: saúde, violência e estabilidade, educação, infraestrutura e, por fim, meio ambiente e lazer. Segundo estes critérios, a cidade ideal seria média, com baixa densidade populacional, com um bom leque de atividades recreativas, boa infraestrutura e baixos índices de criminalidade.
A Gambiarra: [50 melhores cidades para morar no Brasil, segundo ONU].
50 melhores cidades do brasil idh brasil 1 4
Vitória (ES) – 4º lugar [2ª da beira de praia].

Eles seguiram os judeus: se você não se defender, quem? E se não for começar agora, quando?

Portanto, reuniram as lideranças para checar ponto por ponto o que “estava pegando” e principalmente quem estava pegando: identificaram os dito-cujo dos governos (juízes, executivos, legisladores), empresários, todo tipo de safado. Os bandidinhos, que não conseguem chegar aos bandidões colocados acima, também.

Que fazer?

Pressionaram.

Juntaram dinheiro fazendo rifas, nada se faz sem dinheiro, fizeram um caixa polpudo, combater os bandidos custa caro, tem de pagar a polícia.

Quem é imoral?

Quem perturba as crianças de qualquer modo?

Chegavam ao fulaninho ou à fulaninha, colocavam no canto e pressionavam ou/ou, ou faz isso ou fazemos aquilo, falando no ouvido, olhando no branco dos olhos.

Quem bate em mulher?

Vem cá, camarada, vamos ter um papinho ali na retrete.

Quem maltrata animais?

Quem joga lixo nas ruas?

E assim por diante.

Lá pelas tantas, alguém falou: “vou reclamar com o juiz”.

Vai, foi.

O juiz ficou impressionado e veio morar aqui, chamou mais três, dois promotores, os advogados ficaram sabendo, foi uma corrida aos imóveis, depois vieram vários deputados e vereadores, o troço foi crescendo, o governador, seis prefeitos das redondezas (mas mantinham casas em suas sedes, para usar de dia).

Serra, terça-feira, 02 de fevereiro de 2016.

GAVA.

Se Demorar a Gente Espera

 

Esse cara teve a esperteza de sondar o espírito público, que tem lá seu conhecido desprendimento (nunca cola em alguém, “des-prender” é o mote), com isso colocou empresa para treinar paciência de quem vai solicitar serviços nas repartições.

REPARTIÇÕES LOTADAS (se não tiver paciência só passa raiva)

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhgRXDJ2zEh3mq7wESYgeVHsncAKpEcK4EhSbrVakbi-VLnRELqCwSQjYP6WekcH3lMgPSkIMAT4-r3USPKX1LzkslZ7M8_HbNqajeSdRN3yaUfrSbP1bWBRep6n6rVa-YQvmuqTa1Eeck/s1600/desfile+militar+14+julho+Paris.jpg
Treinamento francês para entrar na fila.
http://www.cartacapital.com.br/revista/873/caro-e-ineficiente-7271.html/filas-lotadas-uma-regra-4506.html/@@images/ac3cf1ab-65b6-40bc-a869-640969b7e323.jpeg
Três entradas, mas uma fica fechada e uma os guardas não deixam entrar (é só para os cheguardas).
http://www.jornalahora.com.br/wp-content/uploads/2010/05/120510100758forumdiscute.jpg
Chá de cadeira das cinco.
http://s02.video.glbimg.com/x720/3864365.jpg
Funcionários públicos nos (outros) dias de folga.

Ele fez inclusive camisas, com esse título mesmo, tinha alongamento, tinha pilates para as dores, tinha hidroginástica para a maleabilidade, tinha relaxamento zen, tinha comida dietética, tinha remedinho para tensão (nada muito pesado para não dormir nas longas esperas, tinha gente que dormia, perdia a chamada, tinha de pegar outro número lá de trás, ficava tensa à toa), tinha aconselhamento psicológico, padrinho para as recaídas (nada é tão ruim quanto, depois de ter atingido alto patamar de tolerância, recair nas brigas e, pior ainda, no incitamento vingativo).

Era mais para motobois e motovacas, os mais sacrificados, que tinham de ir a várias repartições a cada dia, ganhavam por hora, tá na cara, e se demoravam mais eles “davam ninja”, sumiam no trecho, escafediam-se, mas mesmo assim, fora o inferno isso era o máximo que se conseguia na vida.

O pessoal das repartições até gostava do bom-humor, ria, a “se demorar a gente espera” respondia com “se esperar a gente demora”, mas atendiam antes, você sabe, sempre o jeitinho, não pode, mas pode, não tem jeito, daqui a pouquinho sai, guenta aí, essas coisas, sempre a camaradagem, de modo que onde iria demorar uma hora demorava só 58 minutos. Ganhavam até direito a água, às vezes um cafezinho choco, quando estavam apertados podiam a ir ao banheiro sem resmungo, etc., todo tipo de benefício.

No resto, era combinar de dormir e ser chamado pelo funcionário, sempre tinha um troco, uma rosa pras mulheres, uma latinha pros homens, vai acumulando, pensa que não?

Serra, quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016.

GAVA.

Segura a Mente

 

Ele achava que eram dois cavalos, uma parelha, o corpo que também era mente e a mente que também era corpo, e acreditava que ele era uma terceira pessoa, o eu, eu mesmo, o self, o comando central, o comitê central, o dirigente que conduzia os dois para onde queria.

Rá, tadinho.

Ele era cavalo como os outros todos.

PARELHAS

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Corpomente, parecem dois, mas agem como um.
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Ele, com dupla personalidade.
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Dissociado de vez e parece que um usa brinquinho, não falo nada.
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Choque de personalidades em torno de um objetivo, derrota pura!

E agora, com a Internet, piorou tudo um pouco, há mais distrações, mais ofertas, é terrível, ainda mais quando você entra na IS (Internet sexual), você clica e aparece página em branco ou a Ashley Madison ou fica abrindo páginas que você nunca pediu, ih, é o fim. Você pede o Gerenciador de Tarefas e tem de abrir outro GT para cancelar o GT anterior.

Ah, que saudades da máquina de escrever!

Não tinha algumas facilidades, mas você apertava a tecla e só vinha a tecla, não vinham 200 milhões de páginas.

Bem, agora tem um lado bom.

Agora o corpo e a mente vão em milhões de direções-sentidos diferentes, é escandaloso. Antes só tinha um tipo de sorvete-no-palito, picolé, agora são centenas de tipos. Antes, um queijo só, feito na roça, cheio de buracos, quando chegou o queijo trança parecia que tínhamos ido para a França, aquele país com 300 tipos de queijos diferentes. E músicas, então? Que maravilha, 600 sítios que oferecem músicas italianas inesquecíveis, músicas francesas maravilhosas, músicas americanas, toda a fartura brasileira, é de arrepiar! Tem o funk, nada é perfeito.

Por outro lado, o povelite de agora não sabe mais o que é a simplicidade, foi afetado pela barbaridade do excesso, foram CATIVADOS, tornaram-se cativos, estão no cativeiro, estão no curral onde tiram o leitinho das vaquinhas de presépio. Ah, do que estou reclamando, cada um tem o corpo e a mente que merece, deixe ficar como ficou, eles estão gostando, né? Caminhando para o precipício, mas lemingues felizes.

Que utilidade teria, dizermos a eles para segurar a mente? Ou o corpo? Acreditam que sabem tudo, como cada geração que meteu a cara no muro.

Serra, quinta-feira, 21 de janeiro de 2016.
GAVA.

Roxinha

 

Todo dia de manhã o grupo ia passear de bicicleta na orla, nesse dia um deles encontrou a sua com o pneu furado, não daria mesmo para o pessoal ficar esperando consertar, nem ele deixaria de ir, pegou a da mulher, que tinha – naturalmente – o quadro em V, era roxa com cestinha roxa.

 

O pessoal foi normal.

Andou um bocado, na volta parou para descansar.

OUTRO (arfando um pouco) – roxinha.

O REFERIDO (distraído) – o quê?

OUTRO – nada.

O REFERIDO – como, nada? Se fosse nada você não teria motivo para falar, nada teria falado, a gente não gasta palavra à toa.

OUTRO – nada, não.

O REFERIDO – como, nada? Fala logo, desembucha.

OUTRO – né nada não, Manel, falei por falar.

MANEL – alguma crítica você tem, nego Jorge.

NEGO JORGE – que isso, Manel, desencuca, cara.

AINDA OUTRO (que estava mais perto e se comportava como chefe de turma) – que que está pegando, gente?

NEGO JORGE (fazendo pouco caso) – né nada, não, Pater. Papo amistoso.

MANEL (injuriado) – como, papo amistoso? Crítica é nada?

NEGO JORGE – ih, cara, você está levando longe demais.

PATER (autoritário de autoridade que ninguém tinha lhe dado, descendo do selim e ficando com um pé de um lado e outro do lado contrário do quadro) – que foi?

MANEL (apontando a cesta e a bicicleta) – ele falou “roxinha”.

NEGO JORGE – não falei “roxinha”, falei roxinha.

MANEL – é, falou roxinha como “roxinha”, tinha crítica.

MAIS OUTRO – que foi?

PATER – Nego Jorge falou “roxinha” da bicicleta do Manel, ele está puto.

NEGO JORGE – não falei “roxinha”, falei roxinha, sem entonação, sem crítica. Não se mete, não, Rafa, deixa baixo, não põe lenha na fogueira.

RAFA (colocando lenha na fogueira) – eu estava de lado, mas me pareceu “roxinha”.

MANEL (agradecendo o apoio, apontando com a mão aberta para cima) – távendo, é crítica.

NEGO JORGE (com raiva, para Manel) – que é, hem, cara? O que você quer? Acordou com o ovo virado? Trepou mal?

MANEL (descendo da bicicleta, passando a perna por cima e não no meio do quadro, como se fosse mulher) – o que é, vai começar a ofender?

UM QUARTO (troncudo, era o resolvedor das paradas) – que é, as mocinhas vão subir nas tamancas?

NEGO JORGE (magoado) – você também, Miudinho?

MIUDINHO (crescendo) – eu o quê?

NEGO JORGE (sem se deixar intimidar) – não vem, não.

MANEL – Miudinho, deixe que eu resolvo essa parada (encostou a bicicleta no meio-fio e foi para cima de Nego Jorge).

NEGO JORGE (de cima da bicicleta mesmo deu-lhe um soco) – vem, seu boiola, bem que vou rebentar você todinho.

MANEL (com o nariz arrebentado, levantando-se do estatelamento) – você vai ver quem é boiola, seu corno, chifrudo, sua mulher transa com um monte de gente, se você quiser eu faço a lista.

MIUDINHO (aproveitando para dar um tapão na cabeça de Nego Jorge) – vocês vão ficar quietos!

Nisso o povo das redondezas, querendo ajudar, se aproximou.

UM DO POVO – dá nos rins, aí é que dói mais.

OUTRO DO POVO – acerta na orelha para ele ficar surdo.

MAIS UM DO POVO (passando rasteira logo no Miudinho) – acerta na glote, tiro e queda.

MANEL (mirando Nego Jorge, mas acertando um popular) – toma, seu merda.

POPULAR (revidando) – que é que eu tenho com essa pôrra, seus titicas?

Bom, aí chegou a polícia para apartar e “desceu o cacete”, pelo menos umas dez bordoadas eu contei. Filmei tudo, claro, desde o início, eu estava com a câmera do passeio, vou chantagear, lógico, os dois lados, mas vou guardar uma cópia para depois. Vou postar e colocar como se fosse outro, um passante qualquer.

Há, há, há, foi hilário.

Sábado seguinte lá estavam os bostas outra vez, nem tinham sarado ainda os machucados. Fui junto, só um mês depois contei da filmagem.

Pôta que o pariu, pôrra, é de lascar.

Manel foi com a dele, não foi mais com a da mulher.

Serra, sexta-feira, 08 de janeiro de 2016.

GAVA.

Roubalheira

 

Há uma quadrilha aí roubando o tempo das pessoas.

Como tempo é dinheiro, estão roubando dinheiro.

Comecei a pensar assim, não sei se estou certo.

Primeiro, planejaram mal a construção, embora Jesus tenha prevenido há dois mil anos: pegue um lápis, sente-se e faça as contas. Cadê que qualquer um faz?

Segundo, construíram o armazém subdimensionado, depois é que sentiram que era pequeno e não acomodaria tudo.

Terceiro, roubaram um punhado de coisas que estavam destinadas a abastecer os sócios, desviaram verbas, fizeram misérias, inclusive advogados que não deveriam fazer isso, governantes do Executivo, políticos do Legislativo, juízes do Judiciário, empresários, todo tipo de gente. Mamaram.

Quarto, aumentaram as contribuições dos sócios sem pedir licença a eles, isso é enfiar a mão no bolso!

Antes, se a pessoa começava a trabalhar aos 18, contribuía o homem 35 anos e a mulher 30, podiam se aposentar aos 53 e 48, respectivamente, talvez fosse cedo, acho que era, mas mudar as regras do jogo quando já iniciado é o fim da picada. Alguns aposentavam em condições especiais (por exemplo, Lulambão três vezes e FHCB duas vezes, sem falar em parlamentares, é para lamentar mesmo), 25 anos de contribuição, começavam aos 18, aos 43 já iam para a rede à custa de todos, supererrado, deveria reverter em aumento percentual, se fosse.

Vamos dizer que no natural fosse aposentadoria aos 53/48 homens/mulheres, 35/30 anos de contribuição. Os homens com Lulambão passaram a poder se aposentar com 60 ou mais, as mulheres com 55 ou mais, na regra 95/85 somando idade mais contribuição, homens 60 + 35, mulheres 55 + 30.

Com a Dilmandona as mulheres poderem se aposentar mais cedo em virtude de sua carga maior de trabalho (diferença de cinco anos, 60 a 55, vivendo cinco anos a mais em expectativa de vida) será suprimida e cada qual poderá aposentar-se somente aos 65.

ENTÃO, VOU DESCONTAR PARA VOCÊ (o primeiro, que instruiu os outros, foi FHCB)

ANOS ROUBADOS DE
LADRÕES
TOTAL ROUBADO
LULAMBÃO
DILMANDONA
Mulheres.
7 (55 – 48)
10 (65 – 55)
17 anos.
Homens.
7 (60 – 53)
5 (65 – 60)
12 anos.

PEA/BRASIL (população economicamente ativa)

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/comercioeservico/pas/images/analisepas99_2.gif
UOL – Brasil Escola
No Brasil, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a PEA brasileira compreende 51% da população, apesar de esse número não considerar aqueles que não trabalham com contrato formal ou carteira assinada. Ainda segundo o IBGE, do total da população ativa no Brasil, pouco mais de 20% encontram-se no setor primário, 21%, no setor secundário; e 59%, no setor terciário.

A população brasileira passa de 200 milhões, vamos dizer que metade monte 100 milhões, metade de homens (deveríamos apurar ao certo), metade de mulheres, então 50 milhões de cada, [ (50 x 17 = 850 milhões de anos) + (50 x 12 = 600 milhões de anos) ], total de 1,5 trilhão roubado ao povo brasileiro.

Isso é que é roubo!

E o povo nem está aí.

Isso é que é povo forte.

Serra, quinta-feira, 04 de fevereiro de 2016.

GAVA.