Féjoada
Como diz o ditado, feijoada de
respeito, feijoada que se preza tem de ter ambulância na porta (certamente
porque se come muito, é deliciosa).
UMA
DAS GRANDES DESCOBERTAS DOS BRASILEIROS (um dia vai se tornar consumo mundial)
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Pois, essa, decidiram
que ia ser gigante, feijoada para dois mil talheres, assim como em Venda Nova
dos Imigrantes, Região Serrana do ES, realizam desde o começo da década dos
1970 a Festa da Polenta.
A FESTA EM VNI/ES
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Era tão grande o tacho
de cozimento que montaram uma estrutura de suporte como as de serrarias para as
pessoas se revezando para ficar mexendo a grande colher de pau. Cozinharam
lentamente, desde dias antes daquele da festa, regada a muita cerveja e
cachaça, você deve ter visto no TV.
De brincadeira os
gozadores chamaram o padre para benzer, mas o padre foi a sério, porque se
tratava de proteger as pessoas muito gulosas que ficavam na fila várias e
várias vezes. Levaram colchonetes para deitar e dormir, parecia soldados na
guerra, jogados de qualquer jeito. Havia uma farmacinha preparada com Engov
e Eparema
e outros santos remédios; não que a comida fosse ruim, era para a bebida, só
preventivo do figueiredo.
E os médicos da região e
as enfermeiras ficaram a postos para socorrer os mais comilões, que se
empanturraram e quase tiveram colapsos, constipação por excesso de comida, uma
loucura. Alguns, como os romanos, comiam a ponto de vomitar antes de começar de
novo.
Não sei quantos mil
pratos.
E como tinha sido
benzida, passou a ser a Féjoada I, repetida no ano seguinte e assim por diante,
agora a 8ª, aleluia, Senhor. Comer é muito bão, beber é muito bão, dormir é
muito bão.
Festa é isso.
E vamos comemorar! E
bebemorar. E quem não tiver onde, não tiver casa própria pode ficar naquela
fila ali para arranjar pousada, de modo a não dirigir bêbado e não fazer
besteira.
Serra, quarta-feira, 20
de junho de 2012.
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