Espart-ano
Nesse mundo alternativo os espartanos
conseguiram impor suas crenças na pureza genética e todas as crianças com
alguém gênero de defeito eram mortas.
TODOS
OS NOSSOS MORTOS
Beethoven
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Stephen
Hawking
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Andrea Bocelli.
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Deviam ser contados os defeitos
físicos e os mentais.
O
QUE ALGUÉM PODE JULGAR DEFEITO LEVA A APRENDIZADO (ter acolhido a tantos a mando de
Jesus levou a infinitas pesquisas, alargou a coletividade)
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Só alfas: os 300 de Esparta.
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Excluindo os altos e os baixos, os
gordos e os magros, os feios e os bonitos (pois estes poderiam, para se
preservar, recusar lutar), as 15 mil doenças de fundo genético (o que, por
sinal, impulsionou tremendamente à bioengenharia, a ecoengenharia, a
arquiengenharia genético-psicológica) a sociedade foi impossivelmente apurada.
De modo algum eram - como pensaram
alguns na ficção científica - todos altos, bonitos, fornidos. Não eram todos
altos PORQUE procurar a altura seria levá-la a um limite de “gigantes”, que
impunham mais material de construção, mais uso de aço nos carros e assim por
diante.
Era o mundo das médias.
As mulheres que tinham um primeiro
filho aleijado sobressaltavam-se; no nascimento do segundo entravam em delírio;
no terceiro enlouqueciam e eram mortas. Quem escondia defeitos acabava
colocando toda a coletividade em perigo e o mundo inteiro em desequilíbrio. Não
era cultura racista, pelo contrário, aceitava os “perfeitos” de todas as etnias
de norte a sul, de leste a oeste.
No ano 1500 da Cidade existiam 25
milhões deles no planeta inteiro, não sete bilhões, e mesmo essa quantidade constantemente
minguava, pois os sábios, pensando, sempre denunciavam defeitos novos, sujeitos
a longos debates.
Não podiam fazer triagem todos os
dias, pois ocuparia muito tempo; porisso esperavam o último dia do ano para
fazer o expurgo geral, com grande dor; passavam ao ano novo como novos, embora
sangrando as perdas.
Não caminhavam para o futuro,
caminhavam para o passado. A idéia de perfeição acabou reduzindo-os a 10
milhões ao fim do segundo milênio e sem a presença de Cristo para levar à
aceitação de todos baixou a 50 mil 200 anos depois; pelo fim do 3º milênio desceu
a apenas 300, três centenas, daí o filme Os
300 de Esparta.
Mundo imenso, belo, mas não havia quem
o ocupasse.
Serra, sexta-feira, 22 de junho de
2012.
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