domingo, 11 de março de 2018


Uma Queda na Floresta Luxuriosa

 

Já descrevi a sequência na Era de Formação e desde antes, terminando o processo numa Floresta Luxuriosa, onde se formam os consórcios de rios.

Uma queda de flecha (cometa ou meteorito) no Saara, por exemplo, seria interessantíssima porque a imensa energia cinética entregue nela se transformaria em calor, queimaria o ar, que sairia em disparada para a alta atmosfera; essas moléculas de temperatura mais elevada se separam, o volume aumenta  para a mesma massa, a densidade diminui (d = m/v), o ar frio mais pesado vem substituir o outro, é esquentado, sobe, interage, entra em ciclo, a pressão de queda empurra o ar para diante em círculos crescentes. A água do aquífero explodiria para fora, seria vaporizada como gotículas quentíssimas, pegaria carona na tempestade atmosférica e iria rodear a Terra. Mais interessante ainda, todo aquele calor fundiria a areia em vidro, formando lentes incríveis: seria preciso os tecnocientistas geólogos modelarem em computação gráfica as matrizes. As pesquisas de campo, necessariamente teriam de mostrar os restos de tal processo, porque se tivesse ocorrido algo assim os restos estariam lá como tremendo pedaços de vidro.

UMA FLORESTA LUXURIOSA (em clímax total: o melhor seria vê-las todas antes da chegada destruidora dos seres humanos, mas que se há de fazer? Mesmo não se podendo ter o excelente, o bom pode ser muito satisfatório). Como uma balzaquiana farta de carnes, que sabe que é a gostosona do pedaço e esbanja sensualidade em sua plenitude.

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A floresta.
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A região.

No caso de cair numa FL, o processo é apenas ligeiramente diferente, porque o calor gerado deve primeiro secar todas as árvores, para em seguida queimá-las; e aos rios e aquíferos. Secadas as árvores, elas pegariam fogo até as raízes, sabendo-se que são bilhões delas; esse fogo seria acrescentado ao cálculo anterior, pois no Saara elas não existem – consequentemente, arderia mais, o fogo seria mais violento, mais intenso, a temperatura mais elevada para a mesma flecha.

Veja, são modelações computacionais distintas, ambas formidáveis, que encantarão os programadores matemáticos dessas situações. Ficarão felizes “como pintos no lixo”, como dizem os brasileiros. Vibrarão como crianças, o entusiasmo despertado. Claro, ninguém fica feliz com destruição, só com ver em 2D/3D/4D as ações disparadas pelas quedas.

Vitória, domingo, 11 de março de 2018.

GAVA.

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