Quando Eu e Milhares
Fomos Sequestrados
De vez em quando coloco o assunto em
pauta dum modo novo para ninguém esquecer de vigiar os governos que nos fazem
mal aos trabalhadores e ao povo em geral (pois se benefícios são dados às
elites de alguém haverão de sair!).
INVESTIGUE
OS ANOS E QUANTO FOI TOMADO DOS TRABALHADORES – só isso já dá vitoriosa tese de
doutorado, focada na conivência coletiva para prejuízo de grupos (o ditado
popular: “farinha pouca, meu pirão primeiro”)
1.
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quando Gérson Camata foi governador
de 1983 a 1987 logo no primeiro semestre de governo com inflação de 100 % ele
deu 50 % de reajuste e no segundo semestre também, de modo que de um ano para
frente quase todos os salários tinham caído a ¼ (com isso ele governou com
folga):
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2.
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Max de Freitas Mauro foi governador
de 1987 a 1991. Nalgum mês assinou a “lei de trimestralidade” que a cada
trimestre tirava até 40 % dos trabalhadores do Executivo. Governou com folga
e só bem adiante conseguimos entrar com ação, porque até os 60 % ele negou
por dois trimestres consecutivos:
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3.
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Vítor Buaiz chegou a atrasar quatro
meses nossos salários, pegou dinheiro com o governo federal para colocar em
dia e voltou a atrasar três meses; ao sair, ainda no dia 28 de dezembro, a
três dias do fim do mandato, reduziu o salário do Fisco a um mínimo:
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4.
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José Ignácio Ferreira tirou da gente
20 % lineares. Como já estávamos mais escolados os sindicatos entraram rápido
com uma ação e do segundo ano em diante ele não pôde mais descontar, além de
ter de devolver:
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Deram-se bem na imprensa com o
sacrifício dos outros.
O interessante é quem ninguém
reclamou.
A OAB se calou, a imprensa também,
assim como 120 (30 em cada legislatura) deputados estaduais e 40 (10 em cada
legislatura) deputados federais, além dos senadores; todas as forças vivas
coniventes da sociedade, os empresários, todos mesmo se calaram diante dos
absurdos. Só o ex-governador Albuíno Azeredo foi decente nesses 20 anos de
governo antes de Paulo Hartung Gomes, agora no poder. Ficamos à mercê da fúria desses
caras violentos. Milhares de famílias, uns 70 mil funcionários públicos.
Nem um pio de insatisfação da
coletividade.
Vitória, quarta-feira, 16 de agosto de
2006.
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