quinta-feira, 8 de março de 2018


Quando Eu e Milhares Fomos Sequestrados

 

De vez em quando coloco o assunto em pauta dum modo novo para ninguém esquecer de vigiar os governos que nos fazem mal aos trabalhadores e ao povo em geral (pois se benefícios são dados às elites de alguém haverão de sair!).

INVESTIGUE OS ANOS E QUANTO FOI TOMADO DOS TRABALHADORES – só isso já dá vitoriosa tese de doutorado, focada na conivência coletiva para prejuízo de grupos (o ditado popular: “farinha pouca, meu pirão primeiro”)

1.
quando Gérson Camata foi governador de 1983 a 1987 logo no primeiro semestre de governo com inflação de 100 % ele deu 50 % de reajuste e no segundo semestre também, de modo que de um ano para frente quase todos os salários tinham caído a ¼ (com isso ele governou com folga):
2.
Max de Freitas Mauro foi governador de 1987 a 1991. Nalgum mês assinou a “lei de trimestralidade” que a cada trimestre tirava até 40 % dos trabalhadores do Executivo. Governou com folga e só bem adiante conseguimos entrar com ação, porque até os 60 % ele negou por dois trimestres consecutivos:
3.
Vítor Buaiz chegou a atrasar quatro meses nossos salários, pegou dinheiro com o governo federal para colocar em dia e voltou a atrasar três meses; ao sair, ainda no dia 28 de dezembro, a três dias do fim do mandato, reduziu o salário do Fisco a um mínimo:
4.
José Ignácio Ferreira tirou da gente 20 % lineares. Como já estávamos mais escolados os sindicatos entraram rápido com uma ação e do segundo ano em diante ele não pôde mais descontar, além de ter de devolver:

Deram-se bem na imprensa com o sacrifício dos outros.

O interessante é quem ninguém reclamou.

A OAB se calou, a imprensa também, assim como 120 (30 em cada legislatura) deputados estaduais e 40 (10 em cada legislatura) deputados federais, além dos senadores; todas as forças vivas coniventes da sociedade, os empresários, todos mesmo se calaram diante dos absurdos. Só o ex-governador Albuíno Azeredo foi decente nesses 20 anos de governo antes de Paulo Hartung Gomes, agora no poder. Ficamos à mercê da fúria desses caras violentos. Milhares de famílias, uns 70 mil funcionários públicos.

Nem um pio de insatisfação da coletividade.

Vitória, quarta-feira, 16 de agosto de 2006.

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