Falando com o Corpo e
Gírias como Superestrições
No Modelo da Caverna para a Expansão
dos Sapiens (MCES) vimos que há duas línguas, a Língua das Mulheres e a Língua
dos Homens, presentemente fundidas; que a LdM incorpora muitos trejeitos de
corpo e de rosto, porque elas estavam sempre colhendo, trabalhando, carregando
ou alimentando crianças e fazendo uma tonelada de tarefas; ao passo que a LdH
tinha gestos, porque na caça os homens tendiam a evitar falar para não espantar
a presa ou atrair o predador.
Assim, devemos ver a mulher como uma
SUPERFÍCIE FALANTE:
·
O
rosto fala;
·
O
corpo fala.
Os garotos entendem essa linguagem até
os 15 anos, quando se desgarram para se transformarem em guerreiros-caçadores.
As meninas seguem no aprendizado. Só uma mulher vai entender outra. As
condições de testes, classicamente agora, se referem aos pseudomachos que estão
junto das fêmeas e às pseudofêmeas que estão junto dos machos.
Os homens só usam do rosto a boca para
falar.
As mulheres o usam de mil modos para
transmitir informações e uma rede de emoções com as quais nem atinamos. O corpo
também fala de um modo que os psicólogos não investigaram porque eram todos
eles homens até certo momento e depois disso entraram mulheres controladas pelo
modelo masculino. Seria preciso estipular um programa extenso de pesquisas.
O que esses rostos e corpos falam?
Quanta informação-controle fica fora
do domínio masculino? Já que as mulheres são as organizadoras, elas usam essas
restrições como fator de ocultamento, partilhando só entre si.
Por outro lado, a gíria é um INDICE DE
DESCONFIANÇA, algo que exclui, como já foi notado; mas exclui o quê? Assim como
a mentira é desconfiança em relação ao interlocutor, a gíria é uma mentira: ela
mostra que há conflito entre as partes. Os códigos cifrados também tão índices
de conflitos. Assim, os rostos e os corpos femininos são também gírias
inalcançáveis pelos homens, mostrando que havia desconfiança antiga, pois as
mulheres ao longo dos milênios não desmontaram os códigos.
Restrições e superstições, mentiras e
supermentiras. Desconfiança, suspeita, dúvida, prevenção, pé-atrás, separação,
distância entre racionais. Exclusão, enfim. As mulheres-mães excluem os
filhos-pais e as gírias excluem todos que não entendem. São indicadores de
guerra.
Vitória, terça-feira, 08 de agosto de
2006.
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