sábado, 3 de março de 2018


Depois da Flecha o Degelo...

 

Toda vez que cai uma flecha (cometa ou meteorito), por menor que seja ela entrega imensa carga de energia cinética, que é transformada nas outras, a parte em calor, como já descrito, contaminando a água e o ar, mudando a terra de lugar, deslocando as pilhas de energia. Como diz o povo, “verdadeiro carnaval na zona”. Dependendo do tamanho, forma, densidade, velocidade de queda, ângulo de incidência, local (terra, terra/mar, mar – este o mais devastador de todos), dos vulcões e supervulcões que explodem, tudo aquilo que já posto várias vezes.

E, claro, o calor no ar e na água entra em contato com os gelos polares, as neves “eternas” das cristas das montanhas, da tundra, do permafrost e derrete tudo, absolutamente tudo. Penso que aconteceu isso no final da Glaciação de Wisconsin/Würm há 15 ou 12 mil anos – todo o gelo do planeta desapareceu e depois regelou de novo. A glaciação W/W não terminou, apenas abrandou, vai recomeçar a gelar.

Evidentemente, depende do tamanho da flecha, desde as pequeníssimas que mal provocam um sopro na atmosfera até as supergigantes que reconfiguram o mundo; só os tecnocientistas/matemáticos, os TCM geólogos e planetólogos, além dos paleontólogos vão poder modelar nos superprogramáquinas – nós, NO MÁXIMO, podemos pensar, uns, um pouco melhor, outros um pouco pior.

Em todo caso há degelo.

Com isso os mares sobem e esfriam, os peixes que dependem de calor desaparecem ou os cardumes mudam os locais de desova, e com seus esqueletos aparecem as provas; bilhões de toneladas de poeira das grandes flechas eleva-se nos ares, ocultando o Sol por gerações, as plantas morrem, os herbívoros morrem, os carnívoros morrem. Eu não quereria de modo nenhum estar na pele desses TCM, trabalho demais. Nasce, por assim dizer, um inverno-de-flecha com efeito estufa, tudo esquenta, muito mais água se eleva no ciclo, muito mais dela desce e lava o solo: catástrofe. Depois, como diz o TAO, a dialógica e o modelo, sobrevém o contrário e nasce uma nova idade do gelo que aumenta a reflexividade da superfície, menor radiação e luz entram na Terra, dependendo só do calor interior ela esfria.

Na vida aprendi que tudo começa, tudo muda, tudo termina.

É mais uma mecânica que os TCM terão de desvendar.

Em princípio o planeta passou por uma fração daquelas 400 mil quedas como degelos e mais morticínio.

De modo nenhum foi como nos mostraram. Nos deram brinquedinhos de bebê com que brincar durante todas essas décadas, todos esses 300 anos em que os pesquisadores começaram a olhar – e tudo isso vem da superinsistência do uniformitarismo (o catastrofismo teria exagerado do outro lado).

Não vai ser nada fácil obter, organizar, colocar em gráfico, transformar em informações coerentes esses zilhões de dados.

Ó dó de Piu.

Vitória, sábado, 3 de março de 2018.

GAVA.

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