As Duas Mortes do
Mártir
Quando o mártir morreu a morte-pública
ele já morreu a morte-privada faz tempo até: ele renuncia a si em nome da Fé e
de sua crença em Deus ou o que for muito antes de renunciar aos outros em seu
assassinato.
DO
DICIONÁRIO AURÉLIO SÉCULO XXI
[Do gr. martWrion, 'testemunho',
pelo lat. ecles. martyriu.] S. m. 1. Sofrimento ou suplício de mártir. 2.
Tormento ou grande sofrimento. 3. Bot.
Arbusto da família das euforbiáceas (Euphorbia splendens).
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É evidente que a morte do mártir, seu
suplício, vem dele ver nitidamente, racionalmente, ou sentir que o “eu” é
parcial, é contido em suas potências, não pode acessar A Verdade que deve estar
alhures em poder do não-finito ou do que for; portanto, assim incompleto, ele
renuncia às suas pretensões de sabedoria e morre aqui como forma de alcançar o
Céu ou o que for, conforme sua crença. Pois o mundo se torna insuficiente,
não-suficiente; o mártir se sente inacabado. A “vida de lá” parece-lhe maior e
ele renuncia a si, porque esse “si” é menor que as potências maiores. Então,
quando o matam publicamente ele já está morto antes. Ainda é assassinato, ainda
é nobre, mas ele já está “morto de si”, já não tem mais eu. Ele cede sua vida
como testemunho aos que ficam.
Vitória, sexta-feira, 25 de agosto de
2006.
MÁRTIRES
Doutrina
Católica e Catecismo
Martírio
Algumas
considerações sobre o martírio
Em face
desse sinistro quadro, uma pergunta vem à mente: serão mártires todos os
católicos mortos nessas lutas e perseguições?
Para responder a tal pergunta, é
útil resumir brevemente aqui a doutrina católica sobre a matéria.
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Mártir
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Historicamente,
um mártir é uma pessoa que
morre por sua fé religiosa.
Historicamente,
a morte por uma fé ganhou outros conceitos, como morrer patriotamente pela liberdade,
a independência ou a autonomia
de um povo, por um ideal social ou até mesmo em uma guerra.
Etimologia
Mártir vem do
grego martys, palavra grega para "testemunha".
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O Mártir e
o Santo no Mundo Cristão
Com a revolução da cruz, ocorre a
completa transformação dos valores da cultura ocidental como até então era conhecida.
A conversão do mundo romano ao cristianismo, a partir do século IV, provoca,
como não poderia deixar de ser, uma radical alteração dos paradigmas. As
idolatrias devidas aos heróis e o venerável respeito que os homens sábios
gozavam no mundo pagão foram sucedidas pelas do mártir e do homem santo, que,
durante toda a Idade Média, irão dominar o cenário simbólico dos jovens como
um exemplo a ser seguido por todos.
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Padre
Davi Francisquini
Numa época como a nossa, na qual se
afirma estarem sendo eliminados todos os "preconceitos", em
que as minorias discriminadas se emancipam e adquirem seus direitos, poucos
se dão conta de um fato: em muitos lugares, retornou-se praticamente à época
das grandes perseguições religiosas. Isso não é exagero. Basta ler uma
resenha do que está ocorrendo em várias partes do mundo, para que se comprove
essa afirmação.
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