Os Troféus de Atlântida
Evidentemente
se Atlântida estiver mesmo no espaço que indiquei (meridiano 60º
Oeste com paralelo 23,5º Norte, o Trópico de Câncer) e no tempo
sugerido (chegada há 20 mil anos, tendo desaparecido ou afundado há 11,6 mil
anos), sendo nave de 400 km de diâmetro só pode ser o objeto mais valioso de
toda a história humana passada, presente e futura. Passada porque não houve
nada tão valioso; futura porque não haverá outro achado como esse; presente
porque a descoberta seria ultra-revolucionária, algo de longe mais espantoso
que tudo sugerido pela ficção científica.
Além
de em bloco ser assim, isoladamente cada objeto de dentro seria uma
preciosidade – pela lógica. Pois se o ar foi extraído e se nenhum oxigênio
esteve em contato, tudo terá sido preservado, desde que não tenha entrado água;
contando desde objetos comuns até a fonte de dados, o dicionarienciclopédico
atlante, tudo seria precioso, em primeiro lugar por ainda funcionar depois de
20 mil anos. Cada coisa dessas, se fosse leiloada, valeria uma fortuna que só
os seres humanos mais ricos poderiam pagar; e cada vez que fossem re-leiloadas
valeriam ainda mais. Mesmo as cópias, desde as perfeitas até as toscas, seriam
vendidas caro – pois haveria um frisson permanente em torno do evento. Se é que
os governempresas dominantes deixariam algo sair do circuito. Pois o mais certo
seria catalogarem tudo e trancarem a sete chaves, com gente guardando dia e
noite pelo resto da eternidade.
Eis
coisas que nunca vemos na FC.
Pois
na FC a descoberta de algo assim é simples e não envolve rumor quase nenhum.
Nos filmes de FC nunca existe burburinho e é como se os seres humanos fossem
educados e cordatos. Pelo contrário, como sabemos são violentos e mal-educados.
Tão logo fosse descoberta a nave as pessoas procurariam violar suas paredes
para se apoderarem dos troféus. Se as paredes pudessem ser rompidas (não creio
que possam, viajavam no espaço profundo) logo haveria gente do lado de fora com
brocas e furadeiras procurando entrar para pegar fosse o que fosse. Porisso
mesmo os governos procurarão montar guarda permanente, como deve ser.
Não
vai ser tranquilo, de modo algum.
Vitória,
segunda-feira, 13 de junho de 2005.
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