As Elites
Passadistas e Futuristas

CRIANDO CONTRASTE
Os passadistas, os que
sobrevalorizam o passado querem nos conduzir a todos a ele, pregando até as
modas retrós, os arcaísmos, as coisas obsoletas, as conservações a qualquer
custo. Os futuristas querem abrir o futuro à presença do povo, ampliando o
número dos que são associados às elites, dilatando o âmbito da paz,
tranqüilizando pela adesão ao consumo. Assim, essas duas elites – quando há
guerra são monolíticas e agem como uma só – estão nos períodos de tranquilidade
em posições antagônicas, potencialmente conflitantes: ELAS DISPUTAM O POVO. Se
os passadistas ganham, a nação ou cultura assume cada vez mais os valores
antigos (como aconteceu na Grã-Bretanha por um tempo no longo reinado da Rainha
Vitória, o que levou a graves problemas no futuro, até a GB perder a liderança
mundial; e com a Argentina durante a ditadura militar 1976-1983, quando eles
teimaram em obstruir o país). Se acontecer de os futuristas levarem a palma, a
nação se abre ao futuro e à criação de novas elites em número muito maior: foi
o que ocorreu com os EUA a seguir a 1866, com o Japão depois de 1945, com a
Coréia do Sul depois de 1953, com a China após 1986 no Caminho de Duas Vias.
Assim sendo, o
conflito potencial do povo com as elites, do futuro com o passado, é focado
nessa interface entre elites, perguntando-se se os progressistas ou futuristas
FIZERAM ou não a opção pelo povo: é isso que deve ser estudado. Caso tenham
feito, o país continua a progredir; se não, sobrevirá a guerra, mais cedo ou
mais tarde conforme a concentração de rendas se torne maior ou menor.
Vitória,
quinta-feira, 21 de julho de 2005.
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