domingo, 6 de agosto de 2017


Os Brasileiros que Vieram da América do Norte e os Americanos que Foram Abandonados

 

                            Como já vimos, não foi possível (talvez até seis mil anos atrás – é preciso pesquisar para descobrir a primeira canoa) passar ao Brasil pelo Leste. Alguns afirmam que a vida racional esteve aqui lá por 70 mil anos atrás e que os indivíduos eram negróides com Luzia há 11,5 mil anos: logicamente seria possível?

                            Bem, a Glaciação de Wisconsin começou há 115 mil anos atrás e então eram todos negros em toda parte do planeta, não havia nenhum “branco” (vermelhos, amarelos e brancos). Se uma porção deles foi pega perto do Estreito de Bering, na Península de Chukostskiy, podem ter avançado quando as águas começaram a descer ou as pontes de gelo foram criadas, passando então às Américas pelo Alasca.

                            PONTE CONSTRUÍDA PELA ENGENHARIA NATURAL


Quando chegaram do outro lado o gelo os foi empurrando para baixo, até o Paralelo 45 do lado americano, na altura dos Grandes Lagos e até mesmo abaixo disso uma grande distância, equivalente à porção ainda fria próxima do paredão de gelo.

DO LADO AMERICANO


Depende de quanto tempo demorou. Se eles não avançaram rápido podem ter sobrevivido a duras penas, porque não estavam acostumados ao frio, embora naqueles paralelos de cima as temperaturas sejam bem baixas hoje. Depende do que os tecnocientistas apontarão. Como disse minha filha, Clara, que mecanismo responde por isso?

Entretanto, se houve a mínima chance e eles passaram, com toda certeza continuaram para baixo.

CAMINHANDO RUMO AO SUL (descendo para além desta faixa, rumo ao México)


Aí se estabeleceriam, do México para baixo, mas nunca nas montanhas, sempre nos baixios quentes. A tendência seria seguir as faixas de calor, bordejando as montanhas do México e da América central, evitando o arco de montanhas da América do Sul e indo mesmo parar nas regiões muito quentes do Brasil, semelhantes às condições da África. Se eles passaram, a lógica nos leva a acreditar que viriam mesmo dar no Brasil, embora pudessem restar vários grupos nos lugares por onde passaram, com os traços negróides sendo transferidos aos “brancos”-vermelhos que vieram depois em várias faixas temporais. Se eles passaram, com toda certeza podem ser rastreados do Brasil para trás até a América do Norte. Se a lógica for seguida poderá ser precisamente delineado.

O ARCO DE MONTANHAS A EVITAR


ENCAIXANDO-SE NO LESTE-NORTE QUENTE


Quando aos “brancos” que vieram depois, o movimento seria exatamente ao contrário, porque já tinham se passado pelo menos 40 mil anos desde a transformação de negros em não-negros (que supomos tenha acontecido lá por 60 mil anos atrás). Tendo vivido toda sua vida no gelo eles procurariam evitar as regiões quentes, permanecendo no gelo até o Paralelo 45, até os Grandes Lagos, enquanto ficou gelado acima disso. Não mataram os mamutes lanudos, antes os pastorearam, que era o que faziam na Sibéria e além. De fato, devem tê-los conduzido em grandes manadas por todo o Canadá atual. Só quando o gelo recuou e os mamutes não puderam sobreviver e foram morrendo todos porque não tinham ambiente próprio e não podiam voltar ao extremo norte, nem sobreviver na terra nua deixada pelos gelos, é que os agora índios se viram ameaçados. Estavam a partir de então na terra nua sem gelo, acostumaram-se e se viram obrigados a ir mais para o Sul geral. Se foi assim, não existirão plantações nas antigas áreas geladas antes de 10 mil anos passados, nem para o Sul, porque eles não saíam do gelo. Podem existir restos que estavam na altura do gelo e com o derretimento deste foram descendo até o nível final da terra nua, mas não diretamente na terra.

Quando se viram desamparados esses índios foram descendo, evitando os baixios, procurando as montanhas do México, da América Central e dos Andes, exatamente o contrário do que tinham feito os migrantes negróides. Índios descendentes dos mongolóides da Mongólia e da China pouco se misturaram inicialmente com os negróides que vieram antes, especialmente com os mais remotos das áreas brasileiras. Pouco, mas não zero. De qualquer modo os genes foram passando de uns a outros, até não ser possível reconhecer, depois de tantos milênios, as origens. De toda forma os tecnocientistas deverão se pronunciar, com o auxílio luxuoso da genética, mapeando os remanescentes.

Que distâncias essa gente andou! Milhares e dezenas de milhares de quilômetros, embora em milhares de anos. Fico admiradíssimo com tanta disposição dos nossos antepassados racionais. E como eram prolíficos ou fecundos biológica e psicologicamente! Biologicamente as populações do México chegaram a várias dezenas de milhões, assim como do Peru. É realmente de espantar.

Vitória, terça-feira, 02 de novembro de 2004.

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