Os Brasileiros que
Vieram da América do Norte e os Americanos que Foram Abandonados
Como já vimos, não
foi possível (talvez até seis mil anos atrás – é preciso pesquisar para
descobrir a primeira canoa) passar ao Brasil pelo Leste. Alguns afirmam que a vida
racional esteve aqui lá por 70 mil anos atrás e que os indivíduos eram
negróides com Luzia há 11,5 mil anos: logicamente seria possível?
Bem, a Glaciação de
Wisconsin começou há 115 mil anos atrás e então eram todos negros em toda parte
do planeta, não havia nenhum “branco” (vermelhos, amarelos e brancos). Se uma
porção deles foi pega perto do Estreito de Bering, na Península de Chukostskiy,
podem ter avançado quando as águas começaram a descer ou as pontes de gelo
foram criadas, passando então às Américas pelo Alasca.
PONTE CONSTRUÍDA PELA ENGENHARIA NATURAL
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Quando chegaram do outro lado o gelo
os foi empurrando para baixo, até o Paralelo 45 do lado americano, na altura
dos Grandes Lagos e até mesmo abaixo disso uma grande distância, equivalente à
porção ainda fria próxima do paredão de gelo.
DO
LADO AMERICANO
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Depende de quanto tempo demorou. Se
eles não avançaram rápido podem ter sobrevivido a duras penas, porque não
estavam acostumados ao frio, embora naqueles paralelos de cima as temperaturas
sejam bem baixas hoje. Depende do que os tecnocientistas apontarão. Como disse
minha filha, Clara, que mecanismo responde por isso?
Entretanto, se houve a mínima chance e
eles passaram, com toda certeza continuaram para baixo.
CAMINHANDO
RUMO AO SUL (descendo
para além desta faixa, rumo ao México)
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Aí se estabeleceriam, do México para
baixo, mas nunca nas montanhas, sempre nos baixios quentes. A tendência seria
seguir as faixas de calor, bordejando as montanhas do México e da América
central, evitando o arco de montanhas da América do Sul e indo mesmo parar nas
regiões muito quentes do Brasil, semelhantes às condições da África. Se eles
passaram, a lógica nos leva a acreditar que viriam mesmo dar no Brasil, embora
pudessem restar vários grupos nos lugares por onde passaram, com os traços
negróides sendo transferidos aos “brancos”-vermelhos que vieram depois em
várias faixas temporais. Se eles passaram, com toda certeza podem ser
rastreados do Brasil para trás até a América do Norte. Se a lógica for seguida
poderá ser precisamente delineado.
O
ARCO DE MONTANHAS A EVITAR
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ENCAIXANDO-SE
NO LESTE-NORTE QUENTE
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Quando aos “brancos” que vieram
depois, o movimento seria exatamente ao contrário, porque já tinham se passado
pelo menos 40 mil anos desde a transformação de negros em não-negros (que
supomos tenha acontecido lá por 60 mil anos atrás). Tendo vivido toda sua vida
no gelo eles procurariam evitar as regiões quentes, permanecendo no gelo até o
Paralelo 45, até os Grandes Lagos, enquanto ficou gelado acima disso. Não
mataram os mamutes lanudos, antes os pastorearam, que era o que faziam na
Sibéria e além. De fato, devem tê-los conduzido em grandes manadas por todo o
Canadá atual. Só quando o gelo recuou e os mamutes não puderam sobreviver e
foram morrendo todos porque não tinham ambiente próprio e não podiam voltar ao
extremo norte, nem sobreviver na terra nua deixada pelos gelos, é que os agora
índios se viram ameaçados. Estavam a partir de então na terra nua sem gelo,
acostumaram-se e se viram obrigados a ir mais para o Sul geral. Se foi assim,
não existirão plantações nas antigas áreas geladas antes de 10 mil anos
passados, nem para o Sul, porque eles não saíam do gelo. Podem existir restos
que estavam na altura do gelo e com o derretimento deste foram descendo até o
nível final da terra nua, mas não diretamente na terra.
Quando se viram desamparados esses
índios foram descendo, evitando os baixios, procurando as montanhas do México,
da América Central e dos Andes, exatamente o contrário do que tinham feito os
migrantes negróides. Índios descendentes dos mongolóides da Mongólia e da China
pouco se misturaram inicialmente com os negróides que vieram antes,
especialmente com os mais remotos das áreas brasileiras. Pouco, mas não zero.
De qualquer modo os genes foram passando de uns a outros, até não ser possível
reconhecer, depois de tantos milênios, as origens. De toda forma os
tecnocientistas deverão se pronunciar, com o auxílio luxuoso da genética,
mapeando os remanescentes.
Que distâncias essa gente andou!
Milhares e dezenas de milhares de quilômetros, embora em milhares de anos. Fico
admiradíssimo com tanta disposição dos nossos antepassados racionais. E como
eram prolíficos ou fecundos biológica e psicologicamente! Biologicamente as
populações do México chegaram a várias dezenas de milhões, assim como do Peru.
É realmente de espantar.
Vitória, terça-feira, 02 de novembro
de 2004.
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