Ferramentas de
Medição
O Atlas Encarta tem um instrumento
denominado “Ferramenta de Medição”, em que apontamos para uma e depois outra
parte do mapa com o mouse e a FM nos dá a distância entre ambos os lugares
(melhor ainda, num Globo e não num Atlas plano, onde as distâncias poderiam e
geralmente iriam estar incorretas). Naturalmente é bem primitivo, para tudo que
pode ser feito, principalmente no Atlas de Toque, de que isso que vou descrever
será, espero, parte.
Imagine que haja em
cada mapa, para todo ambiente (cidade/município, estado, nação e mundo), limites
marcados que quando apontados nos dêem a área no interior. Ou de um bairro ou
até de uma quadra nele, até de um lote, ou nos dêem o número de apartamentos de
um prédio. Ou nos digam que tipo de repartição existe em tal número de rua da
cidade. Que num porto nos digam que tipo de navios chegam, quando, a lista dos
que já aportaram, que espécie de mercadorias trazem e de onde, o calado dos
navios, a profundidade da água, a largura do canal. Podemos pensar em produção
agropecuária de uma fazenda, desde o presente até tantos anos no passado. Que
dêem a largura de um rio.
Para quê servem os
mapas de hoje?
Eles não servem
muito ao “hoje”, servem muito mais ao ontem e até ao anteontem, ao passado. O
que há de mais moderno são os mapas urbanos, que são estáticos. Nada de
dinâmico foi feito ainda nestes anos iniciais do século XXI. Não sabemos a
densidade de farmácias por bairro, nem os açougues que existem por ali, nem
isso, nem aquilo. No entanto, essas informações estão guardas nas prefeituras,
nas governadorias, nas presidências e na ONU. Falta somente cooperação e um
pouco de lógica. Deveríamos saber, apenas apontando, as áreas de lagos, os
comprimentos de rios, as áreas de estuários, a quantidade de carros num bairro,
tanto de dia quanto de noite. Você entendeu: as ferramentas de medição estão
paradas muito no passado. Há aí muito espaço para crescimento.
Apontando-se uma
praia deveríamos poder ver o comprimento dela, a profundidade das águas logo na
beira-mar, as áreas próprias e impróprias para banho, se há salva-vidas, bares
e restaurantes e assim por diante. Estamos na Idade da Pedra da Informação,
mesmo que com instrumentos polidos. A Microsoft fez bastante, mas isso ainda é
muito pouco.
Vitória,
quarta-feira, 10 de novembro de 2004.
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