segunda-feira, 7 de agosto de 2017


Ferramentas de Medição

 

                            O Atlas Encarta tem um instrumento denominado “Ferramenta de Medição”, em que apontamos para uma e depois outra parte do mapa com o mouse e a FM nos dá a distância entre ambos os lugares (melhor ainda, num Globo e não num Atlas plano, onde as distâncias poderiam e geralmente iriam estar incorretas). Naturalmente é bem primitivo, para tudo que pode ser feito, principalmente no Atlas de Toque, de que isso que vou descrever será, espero, parte.

                            Imagine que haja em cada mapa, para todo ambiente (cidade/município, estado, nação e mundo), limites marcados que quando apontados nos dêem a área no interior. Ou de um bairro ou até de uma quadra nele, até de um lote, ou nos dêem o número de apartamentos de um prédio. Ou nos digam que tipo de repartição existe em tal número de rua da cidade. Que num porto nos digam que tipo de navios chegam, quando, a lista dos que já aportaram, que espécie de mercadorias trazem e de onde, o calado dos navios, a profundidade da água, a largura do canal. Podemos pensar em produção agropecuária de uma fazenda, desde o presente até tantos anos no passado. Que dêem a largura de um rio.

                            Para quê servem os mapas de hoje?

                            Eles não servem muito ao “hoje”, servem muito mais ao ontem e até ao anteontem, ao passado. O que há de mais moderno são os mapas urbanos, que são estáticos. Nada de dinâmico foi feito ainda nestes anos iniciais do século XXI. Não sabemos a densidade de farmácias por bairro, nem os açougues que existem por ali, nem isso, nem aquilo. No entanto, essas informações estão guardas nas prefeituras, nas governadorias, nas presidências e na ONU. Falta somente cooperação e um pouco de lógica. Deveríamos saber, apenas apontando, as áreas de lagos, os comprimentos de rios, as áreas de estuários, a quantidade de carros num bairro, tanto de dia quanto de noite. Você entendeu: as ferramentas de medição estão paradas muito no passado. Há aí muito espaço para crescimento.

                            Apontando-se uma praia deveríamos poder ver o comprimento dela, a profundidade das águas logo na beira-mar, as áreas próprias e impróprias para banho, se há salva-vidas, bares e restaurantes e assim por diante. Estamos na Idade da Pedra da Informação, mesmo que com instrumentos polidos. A Microsoft fez bastante, mas isso ainda é muito pouco.

                            Vitória, quarta-feira, 10 de novembro de 2004.

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