Universidade da ONG
CH
Quanto mais penso
mais me convenço de que faltava mesmo um tal nome generalizante capaz de
englobar todas as soluções em volta dum centro comum, no qual não se fizessem
opostas as teses, onde não pareça estar a ecologia distante da polícia, nem esta
desgarrada da leitura da constituição e das leis em sala de aula, ou a educação
dos tributos (como se viu no Tributo nas
Escolas, agora Consciência
Tributária) e tantas outras coisas. Há no nome a chance de trabalharmos
todas as questões como sendo de uma matriz só, com um tronco comum de onde
emana tudo.
No modelo desenhei
uma nova universidade que foi se tornando cada vez mais apurada, agora estando
completa, com uma Árvore do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião,
Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) e várias outras vertentes.
A ONG (organização
não-governamental) Crescimento Humano,
CH, pode avançar para atingir a maturidade de postular e colocar mesmo uma
universidade inteira (tipicamente oferecendo 50 cursos), com o beneplácito do
governo federal, através do MEC, Ministério da Educação e Cultura, que é quem
libera e legaliza os cursos no Brasil, e pode avançar para outras nações,
criando mesmo essa Universidade do
Crescimento Humano, UCH, com campus em muitos lugares, diretamente ou como
franquia, ensinando a Vida geral e a Vida-racional geral como alegria e
felicidade, com cores próprias, vermelho para o povo e azul para as elites.
Parece pretensioso,
mas a coisa não precisa nascer pronta, adulta e acaba, pode começar como
faculdade e ir prosperando. Donde virão os professores senão do autoconvencimento,
do convencimento deles mesmos de que devem pensar e praticar tal nova visão?
Pode nascer como um ponto e não como um elefante parido. Pode começar como um
cursinho, sem ser nada na base de solidariedade, que é sujeira, a idéia de que
o outro é incapaz – ele pode apenas estar em dificuldade de encontrar seu
caminho de potência ou de maior capacidade expressiva, no que podemos ajudar de
fato. Cursinho pago, mas seguindo as trilhas, servindo-se do modelo para
colocar as questões. Professores pagos também, em consórcio de grupo, mirando
as coisas factíveis da CH, geridos por uma administração do CH.
Pensar pequeno só
deprime nossas realizações. Como disse Fernando Pessoa, tudo é grande quando a mente não
é pequena, e vice-versa: tudo é pequeno quando a mente não é grande.
SER GRANDE começa
com PENSAR GRANDE. Um corpomente que acha ser o mundo pequeno se apertará para
caber dentro dele, sobrando muito espaço para outros. Ser grande começa com as
ousadias já tidas e com outras que serão teorizadas & desenvolvidas,
pensadas & praticadas pelas gerações sucessivas. Ser grande começa com o
propósito ou meta ou objetivo de grandes serviços a serem prestados à
coletividade, com justa remuneração dos proprietários (CH) e dos funcionários,
porque também ninguém é otário nem pode trabalhar de graça, por amor a Teresa
Norma.
Ser grande depende
de não fracassar, de não dar folga, de não dar trela ou trégua, porque de outra
forma a socioeconomia engolirá mesmo. Há tributos a pagar religiosamente, há as
famílias por trás do trabalho a sustentar, há os alunos e as alunas e os pais e
as mães deles e delas a respeitar, há um modelo a fazer vitorioso – não há como
admitir fracassos e fragilidade, tropeços e pusilanimidade, tibieza, frouxidão
e covardia moral. Há de haver na UCH grande fortaleza moral, por tudo e por
todos, com administração que cuide de cada pedaço de giz, de cada parafuso, de
modo a sobrar das pequenas para as grandes coisas, os grandes vôos imaginativos
do Conhecimento, em particular do conhecimento tecnocientífico.
Vitória, quarta-feira,
26 de novembro de 2003.
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