segunda-feira, 10 de abril de 2017


Universidade da ONG CH

 

                            Quanto mais penso mais me convenço de que faltava mesmo um tal nome generalizante capaz de englobar todas as soluções em volta dum centro comum, no qual não se fizessem opostas as teses, onde não pareça estar a ecologia distante da polícia, nem esta desgarrada da leitura da constituição e das leis em sala de aula, ou a educação dos tributos (como se viu no Tributo nas Escolas, agora Consciência Tributária) e tantas outras coisas. Há no nome a chance de trabalharmos todas as questões como sendo de uma matriz só, com um tronco comum de onde emana tudo.

                            No modelo desenhei uma nova universidade que foi se tornando cada vez mais apurada, agora estando completa, com uma Árvore do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) e várias outras vertentes.

                            A ONG (organização não-governamental) Crescimento Humano, CH, pode avançar para atingir a maturidade de postular e colocar mesmo uma universidade inteira (tipicamente oferecendo 50 cursos), com o beneplácito do governo federal, através do MEC, Ministério da Educação e Cultura, que é quem libera e legaliza os cursos no Brasil, e pode avançar para outras nações, criando mesmo essa Universidade do Crescimento Humano, UCH, com campus em muitos lugares, diretamente ou como franquia, ensinando a Vida geral e a Vida-racional geral como alegria e felicidade, com cores próprias, vermelho para o povo e azul para as elites.

                            Parece pretensioso, mas a coisa não precisa nascer pronta, adulta e acaba, pode começar como faculdade e ir prosperando. Donde virão os professores senão do autoconvencimento, do convencimento deles mesmos de que devem pensar e praticar tal nova visão? Pode nascer como um ponto e não como um elefante parido. Pode começar como um cursinho, sem ser nada na base de solidariedade, que é sujeira, a idéia de que o outro é incapaz – ele pode apenas estar em dificuldade de encontrar seu caminho de potência ou de maior capacidade expressiva, no que podemos ajudar de fato. Cursinho pago, mas seguindo as trilhas, servindo-se do modelo para colocar as questões. Professores pagos também, em consórcio de grupo, mirando as coisas factíveis da CH, geridos por uma administração do CH.

                            Pensar pequeno só deprime nossas realizações. Como disse Fernando Pessoa, tudo é grande quando a mente não é pequena, e vice-versa: tudo é pequeno quando a mente não é grande.

                            SER GRANDE começa com PENSAR GRANDE. Um corpomente que acha ser o mundo pequeno se apertará para caber dentro dele, sobrando muito espaço para outros. Ser grande começa com as ousadias já tidas e com outras que serão teorizadas & desenvolvidas, pensadas & praticadas pelas gerações sucessivas. Ser grande começa com o propósito ou meta ou objetivo de grandes serviços a serem prestados à coletividade, com justa remuneração dos proprietários (CH) e dos funcionários, porque também ninguém é otário nem pode trabalhar de graça, por amor a Teresa Norma.

                            Ser grande depende de não fracassar, de não dar folga, de não dar trela ou trégua, porque de outra forma a socioeconomia engolirá mesmo. Há tributos a pagar religiosamente, há as famílias por trás do trabalho a sustentar, há os alunos e as alunas e os pais e as mães deles e delas a respeitar, há um modelo a fazer vitorioso – não há como admitir fracassos e fragilidade, tropeços e pusilanimidade, tibieza, frouxidão e covardia moral. Há de haver na UCH grande fortaleza moral, por tudo e por todos, com administração que cuide de cada pedaço de giz, de cada parafuso, de modo a sobrar das pequenas para as grandes coisas, os grandes vôos imaginativos do Conhecimento, em particular do conhecimento tecnocientífico.

                            Vitória, quarta-feira, 26 de novembro de 2003.

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