Os Anos da Educação
Não os anos DE
educação e sim DA educação, isto é, a Educação geral tal como a temos visto
através da geo-história, isto é, dos mapas geográficos ou espaciais e dos mapas
históricos ou temporais. Assim, podemos pensar em potências de 2n
como 20 = 1, 21 = 2, 22 = 4, 23 = 8
e multiplicar por 10, obtendo 10, 20, 40, 80, 160, 320 e somas como 10, 30, 70,
150, 310, 630 anos para trás, observando que graus eram então oferecidos
(pré-primário, primeiro e segundo, universitário, mestrado, doutorado e
pós-doutorado), em quais lugares, e quais matérias estavam nas grades
curriculares, ou como se dava a pedagogia ou transferência do Conhecimento
(Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e
Matemática).
Por exemplo, o que
se ensinava no Espírito Santo (contando de 2000 para trás) em 1990, 1970, 1930,
1850, 1690? Em 1370 o Brasil não tinha sido descoberto pelos europeus
portugueses.
Ou podemos contar de
10 em 10 anos até 1950, daí 50 anos até 1900, 100 até 1800, 200 até 1600, 400
até 1200, 800 até 400 nos países que tem história mais extensa que a nossa.
Isso (ou qualquer escolha temporal) nos permitirá indagar as distinções que
foram introduzidas e porque não foram postas mais delas. Veja que houve
revoluções em 476 (Queda de Roma), em 1453 (Queda de Constantinopla), em 1789
(Queda da Bastilha), em 1991 (Queda da URSS), mas não temos na Educação geral
revoluções equivalentes. Pelo contrário, ainda estamos atendendo as exigências
iluministas dos modernos – nem contemporanizamos ainda.
Como eram as grades
curriculares em 1990, em 1970, em 1930? Não seria curioso saber? O que as
burguesias de então achavam importante ensinar (e desensinar, dado que tudo que
fica fora está sendo des-ensinado)? Quais eram os projetos de mundo delas
então? Como viam o universo? O que imaginavam bastar ao futuro? Medindo a
Educação mediremos as burguesias, você sabe.
Vitória, domingo, 30
de novembro de 2003.
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