segunda-feira, 10 de abril de 2017


Os Anos da Educação

 

                            Não os anos DE educação e sim DA educação, isto é, a Educação geral tal como a temos visto através da geo-história, isto é, dos mapas geográficos ou espaciais e dos mapas históricos ou temporais. Assim, podemos pensar em potências de 2n como 20 = 1, 21 = 2, 22 = 4, 23 = 8 e multiplicar por 10, obtendo 10, 20, 40, 80, 160, 320 e somas como 10, 30, 70, 150, 310, 630 anos para trás, observando que graus eram então oferecidos (pré-primário, primeiro e segundo, universitário, mestrado, doutorado e pós-doutorado), em quais lugares, e quais matérias estavam nas grades curriculares, ou como se dava a pedagogia ou transferência do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática).

                            Por exemplo, o que se ensinava no Espírito Santo (contando de 2000 para trás) em 1990, 1970, 1930, 1850, 1690? Em 1370 o Brasil não tinha sido descoberto pelos europeus portugueses.

                            Ou podemos contar de 10 em 10 anos até 1950, daí 50 anos até 1900, 100 até 1800, 200 até 1600, 400 até 1200, 800 até 400 nos países que tem história mais extensa que a nossa. Isso (ou qualquer escolha temporal) nos permitirá indagar as distinções que foram introduzidas e porque não foram postas mais delas. Veja que houve revoluções em 476 (Queda de Roma), em 1453 (Queda de Constantinopla), em 1789 (Queda da Bastilha), em 1991 (Queda da URSS), mas não temos na Educação geral revoluções equivalentes. Pelo contrário, ainda estamos atendendo as exigências iluministas dos modernos – nem contemporanizamos ainda.

                            Como eram as grades curriculares em 1990, em 1970, em 1930? Não seria curioso saber? O que as burguesias de então achavam importante ensinar (e desensinar, dado que tudo que fica fora está sendo des-ensinado)? Quais eram os projetos de mundo delas então? Como viam o universo? O que imaginavam bastar ao futuro? Medindo a Educação mediremos as burguesias, você sabe.
                            Vitória, domingo, 30 de novembro de 2003.

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