Infinitas Ilusões e a
Resistência que Nós Temos
Olhando mentalmente
os universos explodidos das sementes do Pluriverso enquanto flutuações
estatísticas e cargas fenomênicas, como bruxuleios e fantasmagorias
eletromagnéticas, vemos todas as infinitas ilusões que por toda parte os
sísifos levam até o alto das montanhas inúteis, como Kaspar Hauser colocou.
NO
EXTREMO AS MAIS EXTREMAS ILUSÕES
(usando a Rede Cognata para decifrar e entender, como visto lá para trás)
·
O
Centro (= O CRISTO) de onde saiu tudo;
·
O
Limite (= A BESTA) que é sua sombra, seu oposto-complementar, a superfície da
esfera;
·
Deus
(a hemisfera virtual concentrada como poder num único ponto);
·
Natureza
(a hemisfera real onde vivemos);
·
Pai
(= PI) a linha de construção ou ADRN de tudo;
·
Mãe
(= NÚMERO) a condição de perceber a construção toda, os elementos para chegar à
decifração.
Então, se vem do não-finito e segue
pelo não-finito, com esse rápido soluço que é a existência, se tudo que o
falível ser racional cego e impotente pode é tão pouco e insignificante mesmo
nas maiores expressões humanas, o que é que nos sustenta a todos e cada um? É o
desafio.
Como cada um encontra desafios, vive
deles.
A
CURVA DOS DESAFIOS
(as respostas são as mais diferentes; uns sucumbem, outros vão além das
dimensões humanas comuns)
|
O Pluriverso em si mesmo enquanto
continuidade é um aborrecimento total e infinito, mas os desafios, não, os
desafios nos divertem, e é por eles que permanecemos.
Vitória, agosto de 2005.
É
TUDO SÓ BRINCADEIRA E VERDADE
(diz Betânia na música)
No Aurélio Século XXI: [Dev. de
desafiar1. ] S. m. 1. Ato de desafiar1. 2. Incitação a uma luta, a uma
competição, etc. 3. Aquilo que representa um desafio, que é difícil, ou
perigoso, etc.: Escalar tal montanha é um desafio. 4. Bras. Liter. Pop.
Cantoria em duelo, mais violenta do que a cantoria comum. 5. Bras. Liter.
Pop. Composição poética escrita por um cantador e que pretensamente reproduz
uma cantoria travada por ele mesmo com outro cantador, ou entre dois outros;
peleja: "Foi ainda Jacó Passarinho que me recitou este longo desafio
composto por Leandro Gomes de Barros e atribuído a Manuel Serrador e Josué
Romano” (Leonardo Mota, Cantadores, p. 61). 6. Bras. Mús. Diálogo popular
cantado, espécie de duelo com versos improvisados, e ger. acompanhado de
viola e rabeca, no N., e de sanfona e violão, no S. A desafio. Bras. Liter. Pop. 1. De modo agressivo, violento,
com insultos mordazes ao contendor: Cantei martelo a desafio.
|
Tá Combinado
Peninha
Então tá
combinado, é quase nada
É tudo somente sexo e amizade. Não tem nenhum engano nem mistério. É tudo só brincadeira e verdade. Podemos ver o mundo juntos, Sermos dois e sermos muitos, Nos sabermos sós sem estarmos sós. Abrirmos a cabeça Para que afinal floresça O mais que humano em nós. Então tá tudo dito e é tão bonito E eu acredito num claro futuro de música, ternura e aventura Pro equilibrista em cima do muro. Mas e se o amor pra nós chegar, De nós, de algum lugar Com todo o seu tenebroso esplendor? Mas e se o amor já está, se há muito tempo que chegou E só nos enganou? Então não fale nada, apague a estrada Que seu caminhar já desenhou Porque toda razão, toda palavra Vale nada quando chega o amor... |