A Invasão de El Dorado

 

EIS A LISTA (só de pensar que se essas coisas existirem a humanidade avançará sobre elas com sua fúria incontrolável me deixa arrepiado)

SIGLA	NOME COMPLETO	LOCAL	O QUÊ
ASC	Adão Sai de Casa	Suméria- Iraque, Kitami-Esachi (Hokkaido, Japão) e Coréia	Heranças de Adão e Eva, reatores de fusão (a Grande Nave aparentemente posta no pólo norte de Saturno tem 25 mil km de diâmetro)
AQL	Atlântida Queda e Levantamento	Triângulo das Bermudas, Caribe	A Nave de 400 km de diâmetro
SA	Sepultura de Adão	Monte Fuji, Japão	Os corpos de Adão, Eva e Set
ED	El Dorado	A Árvore Viva, o calculador total	Curador total, vida eterna
Xanadú	(Idem)	A Cidade Celestial	Sob o Tibete, a partir do Potala
Dendera	(Idem)	A rede de túneis a partir de Dendera, Egito	O regenerador de Ísis, teleportador

De todos esses o mais sensível é El Dorado, porque ali estaria a Árvore Viva, aquela mesma do Paraíso que confere eternidade; e, é lógico, também os querubins = GUARDIÕES = AVIÕES = ADÕES = GUARDAS = CAMPEÕES de Deus, armados até os dentes com as espadas flamejantes. Deus não iria gostar nada de ter sua obra invadida.

O VASO DE GUDEA RETRATA OS GUARDIÃES

Agora imagine (como já fiz parcialmente; um retrato mais fiel e detalhado seria ainda mais assustador) as pessoas indo através de todo tipo de transporte (por ar, por água, por terra/solo) até as Portas do Paraíso (no Parque do Pico da Neblina, Amazonas, e em mais cinco lugares): seria demolidor! Totalmente alucinado, pois a maioria pararia toda atividade para ir até lá, não só para tentar entrar no Paraíso como até por curiosidade incontornável (já que existe “contornável” a partícula “in” se torna opositora na Rede Cognata: 0/contornável = DISTANTE = BASTANTE e segue). Verdadeira avalanche = CAOS e segue.

Vitória, segunda-feira, 06 de agosto de 2007.

À Boca Pequena

 

BOCA DE CENA, BOCA DE SIRI, BOCA FECHADA (por maiores que sejam são sempre pequenas, 10 m x 6 m = 60 m² onde dificilmente cabe o mundo)

A burguesia disse: “eis a boca através da qual vocês podem falar”, essa pequena boca-autorizada do teatro, boca pequena que fala pequeno, que reduz a realidade às pequeno-sacanas dimensões.

Pelo contrário, no conjunto Músicas Teatralizadas propus a treatalização das músicas, mas não apenas encenação: contextualização socioeconômica e psicológica geral e a saída do AMBIENTE FECHADO, da constrição ou do aperto psicológico, praticarteorizar a exteriorização, a emergência no plano do mundo – começar na boca de cena, descer à platéia, abrir as portas e sair, explodindo a pequenez, arrebentando a sordidez do fechamento, levando realmente ao povo.

Exteriorizar, falar, expor ao povo para tentar chegar a um acordo com as elites e se não for possível levar à guerra, ao confronto final.

Vitória, quinta-feira, 02 de agosto de 2007.

A Boca Escancarada Cuspindo Fogo

 

FECHAMENTO E ABERTURA

	Fechamento formal e conceitual pela burguesia desde o nascimento oficial dela em 1453 (de apenas abrigar das intempéries o teatro-mundo fechado tornou-se uma armadilha, um circo-de-horrores em termos de compreensão), quando aos poucos foi tornado “íntimo”.
	Boca pintada, bico fechado que fala pouco e compromete-se em fazer revoluções educadas e contidas dentro das possibilidades que não incomodem ninguém. Serve ao riso.
	Reabertura pós-burguesa (mas não anti-burguesa, pois não faz sentido bater em quem está morrendo) com o escancaramento da boca de cena, tornando-a um BOCÃO público e notório, por assim dizer “desfazendo” as paredes da contenção.

Ora, é preciso romper limites, extra-polar, sair do pólo passivo para o mundo, o exterior, a notícia: o bocão precisa gritar a plenos pulmões a sua indignação, deve dizer “do lado de fora”. Como dizem os adultos aos pré-adolescentes em sentido de gozação: “fale para fora! ”, grite mundo, estrondeie nos ouvidos dos acomodados para que eles, incomodados, SE mudem, se transformem.

A BOCA DO DRAGÃO CUSPINDO FOGO (o novo teatro se projeta no exterior-mundo)

Ele “sai de si”, fica louco em relação à sua antiga domesticação burguesa, distancia-se da auto-alienação complacente, emerge de sua letargia para ser-de-novo, sede-nova.

Vitória, sábado, 04 de agosto de 2007.

80 % de Lixo

 

Em vez de 100 %, 50 %: sendo 80 % da população o povo detém 20 % da riqueza e vice-versa a burguesia, tremenda assimetria tolerada e estimulada. 80 % de lixo-do-ter, a pobreza, e 80 % de lixo-do-ser, a riqueza. Não é à toa que a Rede Cognata diz que lixo = LUXO e vice-versa o complementar.

Isso, naturalmente, criou um mundo no qual há 80 % de construções-lixo. Inicialmente as casas eram retangulares em terrenos amplos, mas agora foram espremidas de qualquer jeito nos espaços onde cabem, nos pequenos lotes residuais, com quartos triangulares ou que formas tiverem. É ridículo. E as construções são as mais feias e caóticas possíveis, verdadeiramente deploráveis.

No projeto de reconstrução da humanidade, sua simplificação e embelezamento, cabe demolir todas essas horrendas edificações, embora eu seja contra qualquer desperdício: mas aí estamos imprensados contra a parede da indignidade. Evidentemente alguns desses monstrengos devem ser preservados para os museus e nosso arrependimento futuro, nosso ato de constrição e “mea culpa”.

O TODO E A PARTE

Vitória, sábado, 04 de agosto de 2007.

31 Dias de Brasileiro

 

DIAS DO MÊS

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A CORRERIA, PERGUNTA E RESPOSTA SIMPLES DA INTERNET

PERGUNTA	Porque nós, brasileiros, sempre fazemos as coisas na última hora?
RESPOSTA	Eu acho que é porque a gente sempre arruma coisa mais interessante pra fazer! Pelo menos no meu caso é por isso e porque eu funciono melhor sob pressão! Quando o tempo está acabando eu vou ficando desesperada e corro atrás!

Você pode ir a qualquer repartição e sempre no último dia útil as pessoas estarão lá na última hora. A repartição em que trabalho abre para o público das 10 às 16, mas de depois do almoço, das 13 às 15 quase não há ninguém, ao passo que das 15 até depois das 16 fica lotado. É um fenômeno cultural, claro, por falta de planejamento das tarefas os brasileiros postergam tudo até o sufoco.

Como já disse às pessoas, até Deus fez planejamento, ele não deixou tudo para a sexta-feira, começou a trabalhar no domingo, primeiro dia, e cumpriu rotina durante toda a semana, até sexta, descansando no sábado, depois que olhou para trás e viu “que tudo era bom”.

NÃO É UM NEM DOIS, SÃO QUASE TODOS (é um fenômeno relativo às fraquezas culturais ou nacionais ou de povelite gostar de sofrer, masoquismo no qual se apóiam os governos e as empresas para passar suas sem-vergonhices)

De pronto a dialética diz que no ciclo em algum momento deverá ser o contrário para fazer zero a soma 50/50, mas por enquanto merece muitas investigações de teses e de livros que vem delas, pesquisas da Academia universitária geral visando dar conta dos motivos verdadeiros que nos levaram a ser assim.

Vitória, domingo, 05 de agosto de 2007.