domingo, 18 de dezembro de 2016


As Pirâmides Eram Igrejas

 

                            No modelo pude perceber que a pirâmide, que usei para entender o universo (ao meu modo), é elemento básico da construção dele e, portanto, é tida pelas civilizações antigas como se fosse uma igreja, como as nossas hoje, como um templo onde as pessoas iam rezar.             

                            Se isso é verdade, então diante delas devem ter existido praças, verdadeiros parques onde todos ficavam conversando, antes de “entrar”. Como nas pirâmides antigas não havia átrio e salão, isso significava que eles estavam colocados fora, e que dentro só iam os sacerdotes e os reis ou imperadores ou faraós, no Santo dos Santos = PIRÂMIDE DAS PIRÂMIDES, o lugar mais interno e reservado, vedado às massas e até à nobreza – o lugar privilegiadíssimo onde se tinha contato com os deuses.

                            Ela não era, de modo algum, um lugar onde colocar o Faraó morto, exceto no sentido de que as pessoas nobilíssimas e em último caso a mais nobre delas, comparada aos próprios deuses, iam morar, como nas nossas catedrais são enterrados os nobres, os príncipes e princesas, os reis e rainhas, os heróis, os santos e sábios.

                            Depois elas se tornaram objeto de culto em si mesmas.

                            Infundiam em razão do extraordinário poder dos deuses terror às massas, que obviamente nem podiam chegar perto delas, fitando-as de longe. Deviam ficar cercadas de guardas, para manter longe os mais afoitos. Eis a razão porque não foram encontrados tesouros dentro delas e nem poderiam estar lá – seria uma profanação. E os Faraós não eram mesmo enterrados nelas, só em locais distantes.

Nas pirâmides ficavam apenas os objetos sagrados e adorados, talvez restos de visitas. Não eram superprotegidas para evitar os ladrões, execráveis como ateus violadores do lar dos deuses, eram-no porque não se podia sequer pensar em adentrar o habitat dos deuses sem rituais propiciadores muito intensos. Certamente isso não passava pela cabeça de egípcios, maias e outros construtores de pirâmides.

                            Se os arqueólogos quiserem entender as pirâmides e seus construtores, devem pensar desse modo novo. Aí cabe a indagação: de onde viria esse medo pânico senão da existência de verdadeiros “deuses”? Esse seria o apontamento correto.

                            E de onde viriam tais deuses?

                            Ou da Terra ou de outro planeta.

                            Olhando o modelo e a Rede Cognata parece cada vez mais provável que as lendas sejam verdadeiras. Devem ser criaturas muito longevas, de milhares de anos, para quem a vida humana é um traço bem minúsculo mesmo, e continuará sendo até que redescubramos a imortalidade (sempre relativa, pois só ELI, Natureza/Deus, Ela/Ele, só um no pluriverso pode ser realmente eterno).
                            Vitória, domingo, 23 de junho de 2002.

As Extinções e o Petróleo

 

                            Conforme está colocado nos artigos Ducha de Cometas e Asteróides, do Livro 3, sucede que há uma tese de chuva de cometas ou meteoritos a cada 26 milhões de anos, a gente estando no meio de ciclo, 13 milhões antes e daqui a 13 milhões de anos. Os geólogos mensuraram isso, de modo que está solidamente plantado.

                            Começando em 13 teríamos 39, 65, 91, 117, 143, 169, 195, 221 247, 273, etc., com grandes extinções comprovadas em 65 (um de 12 a 16 km caiu ao largo da Península de Iucatã no México, extinguindo os dinossauros e 70 % da vida terrestre) e outra lá por 250 milhões de anos (quando um maior ainda caiu e findou 99 % da vida, abrindo espaço para as mutações que levaram aos dinossauros).

                            Por um ou dois milhões de anos caem meteoritos ou cometas na Terra, acabando com quase tudo, tanto no mar quanto em terra, PORQUE a poeira que sobe oculta o Sol, sem falar que imensos blocos são levantados e caem novamente (ou são expulsos do planeta). Uma onda de terremotos e maremotos, e vulcões explode por toda parte, tornando as chances de viver insignificantes.

                            O resultado é um corte abrupto a cada 26 milhões de anos. Contando dois milhões de anos, depende se o grande cai logo no começo ou mais para o final do período. SE o corte é inicial, segue-se que dois milhões de anos são tomados do período seguinte, restando 24 milhões de anos de recomposição.

                            Em resumo, a Terra fervilha a cada 26 milhões de anos.

                            Vem daí que há 250 milhões de anos a Vida geral recomeçou de 1 %, e há 65 milhões de anos de 30 %, e isso serviria para todos os períodos, para mais ou para menos. Enfim, perto do final há a maior quantidade acumulada de fitoplancto e zôoplancto (os pequenos são mais importantes) no mar, fora peixes e mamíferos, e em terra fungos, plantas, animais e, por último, seres humanoides (os humanos ainda não existiam há 13 milhões de anos).

                                          Enfim, é uma onda, uma senóide, um ciclo de altos e baixos. Na realidade é mais uma exponencial, que começa em quase nada em baixo e vai subindo rapidamente, atingindo o máximo em 26 milhões menos um infinitésimo findando e recomeçando. A Vida é persistente. É como a exponencial humana, a explosão demográfica. A Vida também é uma explosão, neste caso, biográfica. O campo (morfogenético, nas palavras de Rupert Sheldrake) explode em atividade crescente, até ser quase totalmente paralisado. É como uma sucessão de morros em perfil, subindo vagarosamente, tendo do outro lado uma face quase reta até o fundo.

                            Quanto acumula em cada fase?

                            Seria preciso medir atualmente um metro quadrado de mar para saber, ou tirar do passado as medições dos extratos.

                            O fato direto é que o petróleo depende fortemente disso, em sua formação. Seria preciso, primeiro, justapor os mapas das eras, onde esteve o mar e onde a terra, fazer estimativas “salvadoras” (uma medição qualquer a ser depois apurada) e estabelecer parâmetros iniciais. Justapostos os mapas de todas as eras, com as posições relativas terra/mar e as produções esperadas, teríamos uma avaliação inicial. E aí levar em conta as extinções, porque, por 13 milhões de anos, a Vida geral está subindo de novo o morro até o clímax (como este que presenciamos agoraqui) e terá produzido relativamente pouco. Da metade para o fim é que realmente soma mais.

Enfim, levar em conta:

1)      A produção estimada do fito e do zôoplancto atual por m2;

2)     Estudar o passado, para saber a produção POR ÁREA em cada octante terrestre;

3)     Sobrepor os mapas geológicos das eras, somando as colunas de água e de terra;

4)     Multiplicar 2 x 3, com avaliações de mínimo, média e máximo esperado;

5)     Plotar os resultados de sondagens profundas e sondagens reais dos poços perfurados CONTRA (pois ninguém deseja uma coisa que falhe) o modelo que sugeri, de modo a sacar (ou não) sobre o passado as expectativas. Esse TESTE DE APONTAMENTO (TA) sobre o passado deve ter uma margem de acerto de 70 % ou mais, se quer chamar a atenção. Daí realizar as previsões, os apontamentos para o futuro, com margem na confiabilidade dupla advinda da teoria consistente e dos TA práticos.

Juntando a Deriva dos Continentes de Wegener (agora Tectônica de Placas dos geofísicos) com as avaliações de presença do mar na passagem das eras e com o programa natural de extinções, mais o modelo, poderemos ter uma avaliação bem consistente da presença ou ausência de petróleo e gás, tomando em linha de conta as teorias geológicas vigentes sobre estruturas de preservação.

Vitória, sábado, 22 de junho de 2002.

Adão

 

                            Consta na Bíblia que Adão foi o primeiro ser humano, moldado “do barro” = DA TERRA, na Rede Cognata. Foi criada também Lilith, depois afastada, e Eva, a mãe de todos os seres humanos. Por similaridade os cientistas falam da Eva Mitocondrial e do Adão Y, que teriam aparecido na África mais ou menos ao mesmo tempo, há 200 mil anos.

                            Acontece que na Rede Adão = CLONE = CRIMINOSO = LADRÃO = CORNO = COMUM = CAOS = COSMOS = ORDEM = COMPLÔ = CARNE = CÃO = ADVERSÁRIO = CAPRICHOSO = CRIME = CABEÇA = QUIMERA = COMPANHEIRO = CASEIRO = COPEIRO = CAMAREIRO = ABERRAÇÃO = ATRAÇÃO = COHN = RABINO e outras traduções.

                            Note que é clone, feito à própria imagem e semelhança, que é criminoso fazê-lo, que é uma quimera e uma aberração, pois incompleto, e destinado a cometer crimes, a roubar. De fato, diz a Bíblia, Adão e Eva roubaram a maçã (ou que fruta fosse) da Árvore do Bem e do Mal.

                            E é companheiro, o que come pão junto.

                            Veja que é corno também, o que se diz do homem que é traído, e parede que Adão o foi, por Eva e a serpente. Faz todo sentido.

                            Eva = OVO = AVÓ.

                            Enfim, a Grade e a Rede Signalíticas dão a entender que é tudo verdade. Como poderia sê-lo, se os vestígios da evolução são tão claros e inequívocos? Acontece que humano = ANIMAL = VÍRUS = PERVERSO = SÓ. É certo que os seres humanos viemos dos animais, porém de que forma, por lenta evolução ou por intervenção de algum ser?

                            Sobre as dúvidas antigas vieram somar-se muitas outras.

                            Em vez de diminuir as incertezas só aumentaram com o modelo-porta = ESPÍRITO-SANTO = MORTE-SÚBITA = NOITE-PRETA = METEORITO-SOLTO = MODELO-PIRÂMIDE, a ponto de se terem criado vários labirintos novos.

                            O que pensar disso tudo?

                            Vitória, segunda-feira, 08 de julho de 2002.

Absorvendo Conhecimento.

 

                            O livro das organizadoras Bernadete Santos Campello, Beatriz Valadares Cendón e Jeannete Marguerite Kremer, Fontes de Informação para Pesquisadores e Profissionais, BH, UFMG, 2000, no artigo 10, de Bernadete Santos Campello, Traduções, diz, p.131: “Hoje o esforço de pesquisa em tradução automática é feito pelo Japão, considerando o interesse comercial do país tanto na exportação de seus produtos, quanto na absorção de conhecimentos científicos e tecnológicos gerados em outros países”, grifo meu.

                            Essa tradução automática certamente não é aquela feita com tradutores humanos, senão a outra, que advém dos programáquinas, desse tipo que é deficiente na Internet hoje em dia.

                            Qualquer um pode ver a importância de uma coisa destas para a vida dos povos, em particular para os brasileiros. Deveríamos “colar” no Japão, de modo a imitá-lo neste particular e até tirando nossas conclusões separadas e complementares.

                            Para as culturas ou povelites/nações e para as empresas é fundamental dispor desse tradutor automático confiável. Os de hoje são muito pobres e dão traduções sofríveis, embora melhores que nada. Se a confiabilidade fosse subindo a 50, 60, 70, 80, 90 e até 99 %, restando os retoques dos tradutores humanos, haveria um tremendo adiantamento, pois, a autora diz que embora os falantes de mandarin e hindi sejam 25 % da população do mundo, “menos de 1 % da literatura científica e técnica do mundo é publicado nesses idiomas”. Cinco línguas (inglês, russo, alemão, francês e japonês) concentram 90 % das publicações especializadas. Se conseguíssemos cinco tradutores para o português, teríamos acesso a 90 % do que é produzido.

                            Ela refere (p. 130) que “a produtividade de um tradutor se compara à de um copista na Idade Média: cerca de mil a seis mil palavras por dia, dependendo da complexidade do texto”, também grifo meu.

                            Como uma lauda de artigo para jornal comporta em geral 72 toques em 30 linhas, isso dá cerca de 2,1 mil toques (contando os vazios); se cada palavra possuir em média sete letras (incluídos os vazios), serão umas 300 palavras por página, num livro de 400 páginas chegando a 300 x 400 = 120 mil palavras. Dividindo por 1.000 ou 6.000 palavras por dia, teríamos 120 a 20 dias, de um terço de ano a quase um mês. E há que considerar os sábados, domingos e feriados (no Brasil mais de 10, 52 sábados e 52 domingos, no total pelo menos 114 dias, 1/3 do ano, fora férias de 30 dias, aí já 144 dias, mais de um terço) nos quais o tradutor não quererá (muito justamente) trabalhar. Fora os desacertos. Com muito esforço traduzirá dois a 12 livros por ano, dos milhares de títulos que são lançados.

                            TV, Rádio, Revista, Jornal, Livro e Internet, a mídia é grande e em expansão acelerada. Só da produção científica de milhares de artigos a cada mês o volume seria intraduzível. Não admira mesmo nada que os japoneses estejam se empenhando tanto, se querem ficar à frente no mundo. O Brasil não pode ficar atrás.

                            Imagine se as máquinas de decifração automática do genoma não tivessem sido inventadas, demoraríamos décadas para chegar aos três bilhões de pares do genoma humano, sem falar dos três milhões de espécies existentes na Terra, segundo dizem.

                            Embora tal máquina mude a situação, de modo algum irá desempregar os tradutores humanos, porquanto aquele 1 % que irá, na melhor das hipóteses, faltar, é o toque de gênio, que as máquinas naturalmente não possuem. É a diferença entre o prato irresistível do mâitre e a gororoba intragável da cozinheira descuidada, é o tempero, o segredo da alimentação.

                            Portanto, não haverá oposição da categoria, se ela for inteligente e visar os interesses humanos mais amplos, podendo ganhar tempo considerável, no cômputo geral, com as maquinas e os tradutores do lado, para dar o retoque final, cada um sendo capaz, sei lá, de traduzir 50 a 100 títulos por ano. Um grupo de mil tradutores qualificados, mais o quíntuplo disso de auxiliares, seis mil pessoas para cada um dos tipos de conhecimento (Magia, Arte, Teologia, Religião, Filosofia, Ideologia, Ciência, Técnica e Matemática – cada um com seus particularismos), poderiam num país traduzir toda a produção mundial, no total 13 x 6 = 78 mil tradutores e auxiliares (o que não é difícil de conseguir nem de pagar, podendo ser arcado pelos governos, como o do Brasil e até dos 10 principais estados, os cinco outro tanto, os cinco seguintes um décimo disso). Absolutamente tudo poderia ser traduzido. Com contração qualitativa pode-se conseguir com um terço disso, eu creio, 25 mil pessoas envolvidas. Um volume grande de dinheiro, porém inteiramente suportável, como benefício maior, estocando-se num superbanco de dados, uma mega-loja de traduções.

                            Os governantes não podem senão mirar uma coisa assim e realizar. Ficar atrasado nisso é condenar a nação ao atraso irremediável, na medida em que os novos volumes de conhecimento produzidos permitirão aos que os detiverem dar saltos desconhecidos até agora, deixando os retardatários cada vez mais para trás.

                            Vitória, quarta-feira, 10 de julho de 2002.

A Medicina de Deus

 

                            Na medida em que os médicos e os biólogos começaram a estudar o corpo humano prática & teoricamente, depararam com a vertigem dos abismos, porque a Natureza é bem avançada mesmo, em níveis insuspeitos. Toda vez que o orgulho batia à porta um tropeço logo a seguir restaurava a humildade.

                            Agora mesmo, tentando obter porcos com mais músculos e menos gordura, injetaram genes equivalentes humanos, obtendo como resultado que houve colapso dos músculos do coração, problemas estomacais vários, fraqueza das pernas e assim por diante.

                            Estão clonando camundongos, mas de cada 100 só um sai perfeito, ao passo que o índice da Natureza é muitíssimo mais elevado. Imagine se de cada 100 seres humanos tivéssemos que nos descartar de 99 bebês! Contudo, eis aí o perigo, justamente os médicos inescrupulosos podem usar isso, obtendo uma criatura em condições perfeitas e aproveitando as 99 restantes para obter peças de reposição para os bebês ricos. Eis os perigos morais incalculáveis dos “avanços” deles.

                            Supondo que haja Deus, parece que a Medicina/Biologia de Deus é imponderavelmente mais avançada que a humana.Tenho para mim que virão sustos cada vez maiores com as tentativas posteriores.

                            Ora, é preciso pensar que há por trás dos seres humanos 3,8 bilhões de anos de harmonizações variadíssimas e não só a este ambiente de agoraqui, senão a vários encadeamentos sucessivos. Há 3,8 bilhões de anos de soluções amontoadas em ordens consecutivas. Tabelas ou balizamentos problemas-soluções de éons, ciclos incontáveis de enigmas e resoluções deles. Embora a humanidade tenha avançado com uma celeridade animadora, muito cuidado é preciso antepor à excelência humana. Muitas décadas se passarão antes que tenhamos visto sequer as fímbrias da chamada “perfeição de Deus”.

                            E nem começamos ainda a estudar a Psicologia/Psiquiatria de Deus, várias ordens de grandeza acima.

                            Vitória, domingo, 14 de julho de 2002.

A Iluminação de Trumann

 

                            O filme Trumann, O Show da Vida, com Jim Carrey, foi objeto de troça ou foi ignorado pela imprensa e os críticos, que, é óbvio, não entenderam bulhufas, como na maior parte do tempo. Eles querem ser diferentes para obter destaque e assim passam ao largo das coisas simples e diretas, que realmente demonstram melhor as oportunidades do mundo.

                            Logo de início, Trumann é semelhante a true/man, homem verdadeiro no inglês. Isso todos viram.

                            Depois, Trumann, de início um alegre boboca, vai percebendo aos poucos estar enredado numa rede de mentiras, que é o próprio mundo. A capacidade de percepção dele é nitidamente maior que da maioria dos humanos. Mesmo todos sendo no filme atores contratados pelo Autor, que é o Grande Chefe na cúpula de controle ou comunicação, apesar de todos serem atores mancomunados para evitar que Trumann perceba, ele saca a jogada mesmo assim, a partir de indícios – a humanidade, pelo contrário, nada percebe.

                            Quando cai o spot ou ponto de iluminação, quando as cenas se repetem, tudo isso vai se somando na cabeça de Trumann, de modo que para o fim ele decide enfrentar o mar (do qual tem medo pânico) = MAL, na Rede Cognata, e com medo ou não ele vai em frente, apesar das ofertas do Chefão para um acordo, ou seja, apesar das tentações ele também venceu, como Jesus e Buda.

                            Finalmente Trumann descobre os limites da farsa, chega ao Céu e vê que tudo não passa mesmo de farsa. É, portanto, iluminado. Encontra a saída, sem a ajuda de ninguém e até com o desfavor geral.

                            Os críticos nada perceberam, é lógico, como em tantos filmes.

                            Assim, resta por aí uma infinidade de filmes que a imprensa não soube criticar mais que no nível mais superficial, quando existem quatro níveis de observação, fora o matemático. O chato é que tudo fica por conta dos orgulhosos, os tolos. Que ficam por aí verborrando besteiras, a título de crítica.

                            Vitória, domingo, 30 de junho de 2002.

A Persistência das Religiões

 

                            Falam de um SENTIMENTO RELIGIOSO que persiste através dos tempos e contamina uma grande quantidade de pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas religiosas). Algo que está cravado mesmo na alma. Seria esse sentimento diferente dos outros, supostamente mais fracos.

                            Durante um punhado de tempo aceitei essa declaração como sendo um marco da verdade.

                            Recentemente, estes dias, fiquei pensando que o modelo diz que tudo persiste. O modelo-porta trouxe grande e necessária uniformização, porque antes as categorias, contra a Navalha de Occan, estavam sempre sendo multiplicadas, causando confusão enorme.

                            Pois tudo mesmo persiste, não só a religião.

                            Persistência alta: da Magia, da Teologia, da Filosofia e da Religião. Persistência baixa: da Arte, da Religião, da Ideologia e da Técnica. Persistência da Matemática, de tudo mesmo. Os teólogos/religiosos são no conjunto 25 %, idealmente, na Terra atual de seis bilhões de seres humanos (aliás, deveriam contar todas as populações, com um Congresso das Populações, inclusive animais, plantas e fungos) 1,5 bilhão. De fato, somando os 2,0 bilhões de cristãos com o 1,3 bilhão de muçulmanos, mais os budistas (que não seguem religião, apesar de parecer), 300 milhões, e 700 milhões de hinduístas, teríamos aí 4,3 bilhões, mais de 70 %, havendo um deslocamento, em razão da pressão dos religiosos, exatamente porque os 25 % de magos e artistas se juntam, sem falar nos filósofos e ideólogos. Agora, é certo que já existem 15 % dos humanos sem qualquer religião, sem falar do bilhão de chineses que estão sob o estado comunista de duas vias avesso à expressão religiosa (mas que, soltos, voltariam ao budismo, ao confucionismo, ao taoísmo – que de modo algum são religiões, lembre-se).

                            Então, à medida que haja mais liberdade e menos pressão religiosa, as coisas se acomodarão.

                            Se você observar bem, os demais modos de expressão também persistem com alta fidelidade. O que acontece é que os religiosos são mais insistentes, incomparavelmente mais determinados em obrigar os demais à sua particular expressão mental.

                            O significado disso é que quem não adere sempre está ameaçado pela morte, sendo tão mais fácil aderir que morrer. A reavaliação disso renderá um punhado de teses de mestrado e doutorado.

                            Vitória, domingo, 07 de julho de 2002.