segunda-feira, 12 de dezembro de 2016


Se de Moro é Para Fazer Bem

 

O livro de Luiz Scarpino, Sérgio Moro (O homem, o juiz e o Brasil), Rio Preto, Novo Conceito, 2016, é muito bem estruturado, é minucioso, é detalhadamente explicativo.

OS CASOS ANTERIORES DO JUIZ MORO (está no índice)

1.       Banestado;

2.      Farol da Colina;

3.      Operação Fênix;

4.     Participação no Mensalão (a chamado da ministra Rosa Weber).

QUANDO COMEÇOU A LAVA-JATO

MPF (Ministério Público Federal)
Por onde começou
Primeira etapa
A Lava Jato começou em 2009 com a investigação de crimes de lavagem de recursos relacionados ao ex-deputado federal José Janene, em Londrina, no Paraná. Além do ex-deputado, estavam envolvidos nos crimes os doleiros Alberto Youssef e Carlos Habib Chater. Alberto Youssef era um antigo conhecido dos procuradores da República e policiais federais. Ele já havia sido investigado e processado por crimes contra o sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro no caso Banestado.
José Mohamed Janene (paranaense, 1955-2010, porisso foi parar na 13ª Vara, 4ª região jurídica), CPI da PETROBRAS vai pedir exumação do corpo.
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O livro é muito particularizado - você deve comprar -, mas só vai até a 28ª fase, porque deve ter sido quando o autor terminou de escrever, antes de maio/16.

É surpreendente tal projeto ter sido iniciado no Brasil, o que impressionou o povo e muito mais as elites, consideradas intocáveis – algo de fundo aconteceu. E surgiu Moro, um juiz diferente e corajoso; não só ele, existe o corpo de procuradores e os policiais federais, que também devem ser aplaudidos, além de juízes de outras varas espalhadas pelo país, que aderiram ou vão aderir.

Haurir prazeroso que alimenta o corpo e a mente.

Quem diria que teriam coragem de enfrentar a putrefação?

Parabéns.

Vitória, segunda-feira, 12 de dezembro de 2016.

GAVA.

 

AS FASES OU ETAPAS DA LJ ATÉ 2016 (a Web diz que começou em 2009, mas aqui diz 2014)

Uol

Relembre as fases e desdobramentos da Operação Lava Jato

Rafael Arbex/Estadão Conteúdo

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Deflagrada em março de 2014 pela Polícia Federal, a operação Lava Jato teve início a partir da investigação de grupos criminosos que utilizavam uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar dinheiro ilícito. A operação foi muito além, identificou desvio e lavagem de dinheiro envolvendo diretores da Petrobras, empreiteiras e políticos brasileiros, e pode ter desviado mais de R$ 10 bilhões.
Abaixo, relembre as outras etapas da operação:
 

Operação Lava Jato

[38ª fase] Deflexão (5/12/2016)

A PF (Polícia Federal) cumpre nove mandados de busca e apreensão na manhã desta segunda-feira (5) em um desdobramento da Operação Lava Jato. Os alvos são o deputado federal Marco Maia (PT-RS), ex-presidente da Câmara, e o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Vital do Rêgo (PMDB-PB), que exerceu mandato de senador até dezembro de 2014. Os investigadores apuram a solicitação, por parlamentares, de contribuição de empresários --"o clube das empreiteiras", segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República) -- para que não fossem convocados a prestar depoimento na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobras), instalada em 2014. Os executivos apontaram repasses de mais de R$ 5 milhões para evitar retaliações e contribuir para campanhas eleitorais, segundo a PGR.

37ª fase (17/11/2016) - Calicute



36ª fase (10/11/2016) - Dragão



35ª fase (26/9/2016) - Omertá



34ª fase (22/9/2016) - Arquivo X



33ª fase (2/8/2016) - Resta Um



32ª fase (7/7/2016) - Caça-Fantasmas



31ª fase (4/7/2016) - Abismo



Sépsis (1º/7/2016)



30ª fase (24/5/2016) - Vício



29ª fase (23/5/2016) - Repescagem



28ª fase (12/4/2016) - Operação Vitória de Pirro



27ª fase (1º/4/2016) - Operação Carbono 14



26ª fase (22/3/2016) - Xepa



25ª fase (21/3/2016) - Polimento, em Portugal



24ª fase (4/3/2016) - Alethéia



23ª fase (22/2/2016) - Acarajé



22ª fase (27/1/2016) - Triplo X



"Operação Catilinárias" (15/12/2015)



"Operação Crátons" (8/12/2015)



Prisão do senador Delcídio Amaral e do banqueiro André Esteves (25/11/2015)



21ª fase (24/11/2015) - "Passe Livre"



20ª fase (16/11/2015) - "Corrosão"

 

19ª fase (21/9/2015) - "Nessum dorma"

O nome da operação significa "Ninguém dorme". Nesta fase foi preso preventivamente um dos donos da Engevix, José Antunes Sobrinho, já investigado por suspeita de corrupção na estatal Eletronuclear. Os mandados foram cumpridos nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis

18ª fase (13/8/2015) - "Pixuleco 2"
Desdobramento da fase anterior, cumpre dez mandados de busca e apreensão e uma prisão temporária em São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Curitiba. A fase mira um operador responsável por arrecadar ilicitamente R$ 50 milhões em contratos relacionados ao Ministério do Planejamento

17ª fase (3/8/2015) - "Pixuleco"
O nome faz referência ao termo usado por João Vaccari Neto para falar sobre o dinheiro cobrado de empreiteiras do cartel que atuava na Petrobras. Foram presos o ex-ministro José Dirceu e seu irmão, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva. A PF cumpriu mandados em São Paulo, Brasília e Rio. A força-tarefa diz acreditar que a consultoria JD cumpria a mesma função das empresas de fachada de Alberto Youssef

16ª fase (28/7/2015) - "Radioatividade"
A PF prendeu presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, por suspeita de recebimento de R$ 4,5 milhões em propina. Esta fase da operação teve como foco os contratos entre a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, para as obras da usina de Angra 3. A PF investiga as suspeitas de formação de cartel, pagamento de propina para agentes públicos e superfaturamento das obras

15ª fase (2/7/2015) - "Conexão Mônaco"
A PF prende o ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Zelada. Ele é suspeito de cometer crimes como corrupção, fraude em licitações e desvio de verbas. A operação, batizada "Conexão Mônaco" em referência a operações financeiras do ex-diretor no principado de Mônaco, tem ainda outros quatro mandados de prisão. Zelada foi sucessor de Nestor Cerveró, preso desde o dia 14 de janeiro

14ª fase (19/6/2015) - "Erga omnes"
A Polícia Federal prende os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo. Nesta fase, foram expedidos no total 59 mandados judiciais em quatro Estados --38 de busca e apreensão, nove de condução coercitiva, oito de prisão preventiva e quatro de prisão temporária. O nome da operação é uma expressão em latim que significa "vale para todos"

13ª fase (21/5/2015)
A PF prende Milton Pascowitch, apontado como operador da empreiteira Engevix em contratos da Petrobras e suspeito de repassar propina na diretoria de Serviços, que Renato Duque ocupou entre 2003 e 2012 na estatal

12ª fase (15/4/2015)
A PF prende o então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, em São Paulo. Secretário de Finanças do partido, o petista negou envolvimento no esquema de corrupção que atingiu a Petrobras nos últimos anos

11ª fase (10/4/2015) - "A Origem"
A PF prende os ex-deputados federais André Vargas (ex-PT-PR e hoje sem partido), Luiz Argôlo (ex-PP e hoje Solidariedade-BA), e mais quatro pessoas ligadas aos políticos. Também houve ordem de prisão contra o ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), que já estava preso por condenação no mensalão. Desvios na Caixa Econômica Federal e no Ministério da Saúde passaram a ser investigados na operação

10ª fase (16/3/2015) - "Que País É Esse?"
A PF cumpre mandados em São Paulo e no Rio de Janeiro e volta a prender preventivamente o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque, que segundo a polícia, estava movimentando dinheiro em contas no exterior. O nome desta fase da operação se refere a uma frase dita por Duque ao ser preso pela primeira vez

9ª fase (5/2/2015) - "My Way"
Batizada em referência a um apelido dado ao ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque, a operação teve o objetivo de cumprir 62 mandados judiciais, em quatro Estados e resultou em quatro prisões. A PF também levou o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, para depor e explicar doações ao partido por empresas que mantinham contrato com a Petrobras

8ª fase (14/1/2015)
A PF prende o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. A prisão aconteceu depois de ele desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) de um voo procedente de Londres. Cerveró foi acusado de envolvimento no esquema de corrupção na estatal

7ª fase (14/11/2014) - "Juízo final"
A Polícia Federal prende o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque e executivos da cúpula de empreiteiras do país suspeitas de pagar propina para fechar contratos com a estatal. Também cumpriu mandados de busca e apreensão nas empresas --Camargo e Corrêa, OAS, Odebrecht, UTC, Queiroz Galvão, Engevix, Mendes Júnior, Galvão Engenharia e Iesa

6ª fase (22/8/2014)
A PF cumpre mandados de busca e apreensão no núcleo de empresas relacionadas ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, no Rio de Janeiro

5ª fase (1º/7/2014)
A PF prende João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida Prado, que trabalhava com o doleiro Alberto Youssef e cumpre sete mandados de busca e um de condução coercitiva. Documentos apreendidos pela polícia apontaram que Almeida Prado era beneficiário, com Youssef, de uma conta no banco PKB da Suíça, com saldo de US$ 5 milhões

4ª fase (11/6/2014)
A PF prende pela segunda vez o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, em sua casa, no Rio de Janeiro. Ele havia sido solto depois de passar 59 dias na prisão, mas voltou a ser preso por esconder da polícia que tinha um passaporte português e contas na Suíça com saldo de US$ 23 milhões

3ª fase (11/4/2014)
A PF cumpre mandados de buscas na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, e na empresa Ecoglobal Ambiental, de Macaé (RJ), que possui uma filial nos Estados Unidos, a Ecoglobal Overseas, também investigada

2ª fase (20/3/2014)
A PF cumpre seis mandados de busca e um de prisão temporária: a do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto da Costa. As investigações mostram relações próximas do ex-executivo com o doleiro Alberto Youssef

1ª fase (17/3/2014)
Deflagrada pela Polícia Federal em seis Estados e no Distrito Federal para cumprir 130 mandados judiciais, resulta na prisão de 17 pessoas, entre elas, o doleiro Alberto Youssef, apontado como o responsável por comandar o esquema de corrupção. Segundo a PF, as quadrilhas desarticuladas na operação teriam movimentado pelo menos R$ 10 bilhões em dez anos

A Copiadora de Hitler

 

Naturalmente Hitler era mesmo a criatura odiosa.

Contudo, mostrei que ele, Hiroíto e Mussolini conspiraram para atrair os EUA para a frente de batalha, colocando uma pinça para deter o bolchevismo, que Hitler abominava: p. 59, fala de Goebbels, “Nossa tarefa é a aniquilação do bolchevismo. O bolchevismo é uma invenção dos judeus! ”. Condenaram seus povos com o objetivo de estancar a sangria de Stálin tanto no Ocidente quanto no Oriente onde, oportunisticamente, ele deixou os americanos ganharem sozinhos o conflito para então declarar guerra ao Japão no finalzinho (apossando-se de territórios deste).

No livro de Patrick Delaforce, O Arquivo de Hitler, São Paulo, Panda Books, 2010 (sobre original de 2007), ele conta umas novidades.

MAIS

CAMPO DE CONCENTRAÇÃO.
Doutra leitura.
Foi copiado dos ingleses na África do Sul, na campanha contra os bôeres.
MÚSICAS AMERICANIZADAS.
p. 39
Serviram para agitar os comícios.
FUTEBOL AMERICANO.
p. 39
A saudação Sieg Heil originou-se de lá, “ (...) cópia direta da técnica usada pelos líderes de torcida".
JORNAL.
p. 40
“(...) diário em formato ‘americano’ (...)”,

Os historiadores não são nem de longe imparciais.

Os orientais são terríveis, porém os ocidentais não deixam de ocultar as verdades inconvenientes.

Vitória, segunda-feira, 12 de dezembro de 2016.

GAVA.

Desenterrando Celso

 

O livro Celso Daniel (Política, corrupção e morte no coração do PT), Rio de Janeiro, Record, 2016, de Silvio Navarro é uma reportagem sobre o assassinato do prefeito Celso Augusto Daniel (1951-2002; curiosamente muitos dos envolvidos em corrupção eram ou são engenheiros da mesma faixa de idade), ocupou o cargo por três vezes, a última das quais de 1997 a 2002, período incompleto, foi assassinado antes de terminar o mandato.

Foi ele o imaginador do esquema de corrupção que desviava dinheiro para o partido, que o espalhou por todo o Brasil durante os oitos anos de Lula, de 2002 a 2010, e de os seis de Dilma de 2010 a 2016, criando o caixa 2; com a evolução da violência anti-Estado, criaram caixa 3, particular, o que levou às dissenções.

CELSO E O PROTÓTIPO (o estudo disso atravessará as décadas)

CELSO DANIEL.
SANTO ANDRÉ.
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Corrupto e professor.
Fica na região metropolitana de São Paulo.
Prefeitura de Santo André.
Celso Augusto Daniel (01/01/1989 a 31/12/1992, 01/01/1997 a 31/12/2000 e 01/01/2001 a 20/01/2002)
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Nasceu a 16/04/1951, em Santo André. Era engenheiro de formação, mas sempre esteve envolvido com a política. Seu primeiro cargo público foi no Departamento de Trânsito da Prefeitura de Santo André, entre 1974 e 1978. Concorreu à Prefeitura pela primeira vez, em 1982, sem êxito. Voltou a candidatar-se em 1988, saindo-se vitorioso. Sua primeira gestão foi de 1989 a 1992. Em 1993, foi eleito deputado federal, permanecendo no cargo de 1994 a 1996. Em 1996, foi reeleito para seu segundo mandato – 1997 a 2000. Para seu último mandato (2001-2002) foi eleito com 70,13% dos votos. Era professor de Economia da Fundação Getúlio Vargas.
 

Tudo que foi feito em 14 anos de Lula-Dilma teve precursor: Celso Daniel roubava para o partido, era ladrão de qualquer jeito, criou o primeiro dos propinodutos no Brasil.

OS MORTOS DO CASO (pensei em colocar as fotos, mas você pode pegar na Internet)

Veja
Perderam a conta? Então anote aí:
1) Celso Daniel: prefeito. Assassinado em janeiro de 2002.
2) Antônio Palácio de Oliveira: garçom. Assassinado em fevereiro de 2003.
3) Paulo Henrique [da Rocha] Brito: testemunha da morte do garçom. Assassinado em março de 2003.
4) Iran Moraes Rédua: reconheceu o corpo de Daniel. Assassinado – dezembro de 2003.
5) Dionízio Severo [foi posto na penitenciária onde ficavam seus inimigos jurados, “uma unidade dominada por inimigos”, diz o livro]: suposto elo entre quadrilha e Sombra. Assassinado – abril de 2002.
6) Sérgio Orelha: amigo de Severo. Assassinado em 2002.
7) Otávio Mercier: investigador que ligou para Severo. Morto em julho de 2003.
8) Carlos Delmonte Printes [morreu de overdose de remédios, aos quais era avesso]: legista encontrado morto em 12 de outubro de 2005.

Não foram só esses (descontando o Celso, teríamos, derivados dele):

8º) Sérgio Gomes da Silva (Sérgio Sombra), 59 anos, de falência hepática, suposto mandante do crime, em 27/09/16;

9º) a advogada do PCC, Primeiro Comando da Capital, Maura Marques “morreria em julho de 2009”.

Diz o livro: “No dia 31 de março de 2016, depois de Meire [Poza] ter revelado muitas informações à força-tarefa da Lava-Jato, seu escritório foi incendiado”.

Em 2016 Celso Daniel foi desenterrado pela Operação Lava-Jato e está ativo, incriminando Lulambão e asseclas do PT. É mais do que o pequeno tempo permite, alguém que alinhe tudo. Em todo caso a chance de ter sido tudo ao acaso é 1 / 28 (são nove, mas o alinhamento de dois pontos não conta) = 1 / 256, menos de quatro milésimos. É certo que foi conspiração.

Enfim, mais uma para a cova de Lularápio.

Vitória, segunda-feira, 12 de dezembro de 2016.

GAVA.