Ó Abre ALES
ALES é Assembleia
Legislativa do Espírito Santo.
De vez em quando
volto ao assunto, desejei que nela se instalassem grupos de estudos para
alavancar as leis (que estão chegando desde 1988 a 5,0 milhões, perto de 100
tributos, é a elite mais estúpida do planeta) com sabedoria, com pesquisas, com
estatísticas.
O ÁBRE ALAS (a música de
Chiquinha Gonzaga)
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Ó Abre Alas
Ó abre alas
Que eu quero passar Ó abre alas Que eu quero passar
Eu sou da Lira
Não posso negar Eu sou da Lira Não posso negar
Ó abre alas
Que eu quero passar Ó abre alas Que eu quero passar
Rosa de Ouro
É que vai ganhar Rosa de Ouro É que vai ganhar |
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1847-1935,
88 anos entre datas.
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Joãozinho,
ela 52, ele 16, andavam de mãos dadas, viveu com ela mais 35 anos.
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Biografia
A compositora e maestrina carioca Chiquinha
Gonzaga (1847-1935) destaca-se na história da cultura brasileira e da
luta pelas liberdades no país pelo seu pioneirismo. A coragem com que
enfrentou a opressora sociedade patriarcal e criou uma profissão inédita para
a mulher, causou escândalo em seu tempo. Atuando no rico ambiente musical do
Rio de Janeiro do Segundo Reinado, no qual imperavam polcas, tangos e valsas,
Chiquinha Gonzaga não hesitou em incorporar ao seu piano toda a diversidade
que encontrou, sem preconceitos. Assim, terminou por produzir uma obra fundamental
para a formação da música brasileira, pela primeira vez apresentada ao grande
público por meio do Acervo Digital Chiquinha Gonzaga.
Francisca Edwiges Neves Gonzaga nasceu no Rio de Janeiro, em 17 de outubro de
1847, da união de José Basileu Neves Gonzaga, militar de ilustre linhagem no
Império, com a forra Rosa, filha de escrava. A menina cresceu e se educou num
período de grandes transformações na vida da cidade. Além de escrever, ler e
fazer cálculos, estudar o catecismo, e outras prendas femininas, a jovem
sinhazinha aprendeu a tocar piano. Educada para ser dama de salão, aos
16 anos Chiquinha se casou com o promissor empresário Jacinto Ribeiro do
Amaral, escolhido por seu pai. Continuou dedicando atenção ao piano, para
desespero do marido, que não gostava de música e encarava o instrumento como
seu rival. Inquieta e determinada, Chiquinha se rebelou e decidiu abandonar o
casamento ao se apaixonar pelo engenheiro João Batista de Carvalho, com quem passou a viver.
Com 18 anos de idade, já Sra. Francisca Edwiges
Gonzaga do Amaral.
O escândalo resultou em ação judicial de divórcio perpétuo movida pelo marido no Tribunal Eclesiástico, por abandono do lar e adultério. A Chiquinha Gonzaga que emerge no cenário musical do Rio de Janeiro em 1877, após desilusão amorosa, maldição familiar, condenações morais e desgostos pessoais é uma mulher que precisa sobreviver do que sabia fazer: tocar piano.
Ninguém ousara tanto. Praticar música ao piano,
ou até mesmo compor e publicar, não era incomum às senhoras de então, mas
sempre mantendo o respeito ao espaço feminino por excelência, o da vida
privada. A profissionalização da mulher como músico (e ainda mais aquele tipo
de música de dança para consumo nos salões!) era fato inédito na sociedade da
época. A atividade exigia talento, determinação e coragem – qualidades que
não faltavam a Chiquinha Gonzaga.
Sua estreia como compositora se deu com a polca Atraente, cujo sucesso foi mais um fardo para sua reputação.
Mantinha-se como professora em casas particulares e pianista no conjunto do
flautista Joaquim Callado. Passou a aperfeiçoar sua técnica com o pianista
português Artur Napoleão, também seu editor, e a tentar escrever partituras
para o teatro musicado. Em janeiro de 1885, Chiquinha Gonzaga estreou no
teatro com a opereta A corte na roça, representada no Teatro Príncipe Imperial,
ocasião em que a imprensa se embaraçou ao tratá-la – não existia feminino
para a palavra maestro. Ao longo de sua carreira de maestrina, Chiquinha
Gonzaga musicou dezenas de peças de teatro nos gêneros os mais variados.
Em 1889, regeu, no Imperial Teatro São Pedro de
Alcântara, um original concerto de violões, promovendo este instrumento ainda
estigmatizado. Era a mesma audácia que movia a militante política,
participante de todas as grandes causas sociais do seu tempo, denunciando
assim o preconceito e o atraso social. A abolicionista fervorosa passou a
vender partituras de porta em porta a fim de angariar fundos para a Confederação
Libertadora e, com o dinheiro da venda de suas músicas, comprou a alforria de
José Flauta, um escravo músico.
Na virada do século XIX para o XX, Chiquinha
Gonzaga criou a marchinha carnavalesca, compondo a música que a
popularizaria, Ó abre alas, e obtendo com isso um reconhecimento eterno,
pois o carnaval jamais a esqueceu. Aos 52 anos de idade, já consagrada,
Chiquinha conheceu aquele que iria se tornar seu companheiro até o final da
vida, o jovem português de 16 anos João Batista Fernandes Lage, mais tarde João Batista
Gonzaga.
O nome da compositora esteve também envolvido em
escândalo, desta vez político, quando seu tango Corta-jaca foi executado no Palácio do Catete, em 1914. Como
autora de músicas de sucesso, sobretudo pela divulgação nos palcos populares
do teatro musicado, Chiquinha Gonzaga sofreu exploração abusiva de seu
trabalho, o que fez com que tomasse a iniciativa de fundar, em 1917, a
primeira sociedade protetora e arrecadadora de direitos autorais do país, a
Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (Sbat).
Chiquinha Gonzaga teve seu trabalho reconhecido
em vida, sendo festejada pelo público e pela crítica. Personalidade
exuberante, ela foi dos compositores brasileiros a que trabalhou com maior
intensidade a transição entre a música estrangeira e a nacional. Com isso,
abriu o caminho e ajudou a definir os rumos da música propriamente
brasileira, que se consolidaria nas primeiras décadas do século XX.
Atravessou a velhice ao lado de Joãozinho, a quem a posteridade agradece a preservação
do acervo da compositora.
Chiquinha Gonzaga faleceu no Rio de Janeiro, em 28 de fevereiro de 1935, aos 87 anos de idade. |
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Deveriam na ALES ter a coragem que Chiquinha teve,
mas são covardes e temerosos, não querem avançar, querem roubar e “se dar bem”,
amealhar fortuna com o trabalho alheio (não são todos, claro).
Não pensam no povo, embora se digam Casa dele
(com maiúsculas). Veem o povo como insigniticante e detratável, zombam de nós.
OS QUATRO CANTOS DA
CASA
(O Conhecimento geral e a Matemática), os grupos de pesquisadores.
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Magia-Arte.
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Teologia-Religião.
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Filosofia-Ideologia.
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Ciência-Técnica.
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Não possuem alcance para tanto, são
ridículos, além de aborrecidos e ignorantes: pequenos, deploráveis, infantis, anões.
Vitória, quinta-feira, 8 de dezembro de 2016.
GAVA.







