O
Espírito de Nossos Tempos
0.
Introdução
1.
A
Lagoa de Dois Mil Quilômetros Quadrados: o Mecanismo da Barragem de Água
2.
O
Rio Barrigudo: Quando se Olha de Cima as Linhas Fazem Sentido
3.
Recuperando
a Linha que Já Tivemos: Perdendo a Barriga
4.
A
Foz de 40 km
5.
Os
Paralelos só se Encontram no Infinito: um Dependente e um Independente
6.
Os
Afonsos Têm, e Mais Gente Tem Também
7.
A
Criação da Bandeira
8.
Chicoteando
o Passado, o Presente e o Futuro, Rio
9.
O
Presente que Nos Foi Dado
Serra, quinta-feira, 01 de janeiro de 2015. José
Augusto Gava.
Introdução
Depois de ter lido
por 23 anos, comecei o Modelo Pirâmide em julho de 1992, prossegui por nove
anos, passei a tarefas derivadas dele, pensei todas as coisas que estão nas Publicações (175 + 3, Alfa Ômega, Material Sensível; Modelo Pirâmide; Prova DiN – Eu
Te Libreto; Testamento 22,2 gigas).
Durante todos esses
anos, em textos que tanto estão lá quanto estão em memória, pude pensar essas
coisas abaixo. Se somente no território minúsculo do Espírito Santo - que tem
apenas 0,5 % da área brasileira (1/200) - há tantas coisas interessantes,
imagine no mundo!
É verdadeiramente
assombroso.
Capítulo 1
A Lagoa de Dois Mil
Quilômetros Quadrados: o Mecanismo da Barragem de Água
De início fiquei
assombrado: como seria possível a subida das águas (160 m) no fim da Glaciação
de Wisconsin há 12 mil anos (mesmo milênio da fundação de Jericó, onde hoje é
Jerusalém; supostamente a mesma idade de Tiahuanaco) ter criado a linha de
terra que conhecemos como beira-mar, a areia defronte do mar?
Depois visualizei o
mecanismo: as águas marinhas DETÊM as águas doces que descem por gravidade,
pelo menos um pouco; nesse pouco seguram barro, galhos, folhas, árvores
inteiras pelo menos um tiquinho. Com a repetição disso por milhares de anos (no
caso, 12 a 15 mil anos), vai sendo formada uma linha de areia-barro com
material orgânico que empoça a água interior. Conforme a sequência sugerida nos
textos, forma-se a Lagoona, depois o pântano (em Linhares a Suruaca), a seguir
floresta em clímax, mais tarde serrado e sertão, finalmente deserto.
Quando escrevi há
quase 30 anos à PETROBRAS, tinha calculado com papel milimetrado quadrinho a
quadrinho que tal grande lagoa em Linhares (de Aracruz a São Mateus) teria tido
2,0 mil quilômetros quadrados, pois todas as lagoas restantes hoje têm o mesmo
alinhamento.
O ALINHAMENTO DAS
LAGOAS EM LINHARES
![]()
Repare as lagoas alinhadas com o antigo
lagoão. Norte apontado para sudoeste.
|
![]()
O lagoão (medido com papel milimetrado) tem
2,0 mil km2. Em Humaitá, município de Linhares, ficava o ponto
mais a oeste: tudo à direita estava debaixo d’água antes de ser aterrado.
|
Naturalmente a Suruaca (esgotada quando da
gestão municipal de Senatilho Perin, por acordo com os canadenses) é o
resquício: veja quão rápido é o processo de formação, pois isso só durou 12 a
15 milênios (contudo, devido à intervenção humana teve fim precoce).
Fauna e flora riquíssimas viviam ali e como
os seres humanos são atraídos, devemos contar que os índios moraram nas
redondezas, tendo ali construído e enterrado seus mortos, provavelmente em
sambaquis ou montes de ostras. Quando chegamos a Linhares em 1963 ainda era
rico.
SAMBAQUIS
E MONTES DE CONCHAS
|
Devem ser procurados no páleo-lagoão de
Linhares.
|
Veja que as lagoas dentro da antiga grande
lagoa são todas recentes e pouco profundas, tem de ser necessariamente pouco
fundas, tendendo a desaparecer devido à atual insolação sem proteção florestal.
Cada lagoa de fora do páleo-lagoão tem um
alimentador, um rio que a mantém, sendo cada uma delas um valão na cadeia de
montanhas que ficava longe da antiga linha de costa, situada esta até várias
dezenas de quilômetros para dentro do nível atual do mar e 160 m para baixo, no
limite.
Na antiga conformação existiam outros rios,
outras lagoas, outros pântanos, o ES era totalmente outro (cada
estado-província do mundo também).
O mundo esteve em intensa RECONFORMAÇÃO
nesses milênios, foi de uma reconstrutividade assombrosa. De modo nenhuma foi
esse planeta “pacífico” que vemos, ele oscilou tremendamente em toda parte. Não
foi nada “uniforme” como dizem os uniformistas (nem, todavia, foi sempre
“catastrófico”, como diziam os catastrofistas).
A novidade é que nesse enorme volume de terra
e areia acumuladas pelo lado “de dentro” da atual linha de costa estão milhões
de cadáveres de peixes, de aves, de mamíferos marinhos, de primatas e, desde um
tempo, alguns humanos indígenas, cujas últimas passagens em Bering deram-se,
segundo os tecnocientistas, justamente há 15 e 12 mil anos, quando a ponte de
lá foi rompida.
Evidentemente o rio Doce não desaguava onde
deságua agora, ia muitos quilômetros para dentro e várias dezenas de metros
para baixo.
Capítulo 2
O Rio Barrigudo:
Quando se Olha de Cima as Linhas Fazem Sentido
Foi com total espanto que reparei que o rio
São José (mais ao norte sempre visto como que “desaguando” na lagoa Juparanã),
esta lagoa e o rio Pequeno (que no linguajar local “bota água” no rio Doce)
formam um único rio, que tem uns 80 km de comprimento (dos quais 36 km da lagoa
Juparanã, o “rio barrigudo”, que na realidade é um canhão, um cânion, uma
fissura na terra, onde o São José empoça água; nas cheias do rio Doce este joga
água para cima, margem esquerda em Linhares, avermelhando a lagoa com suas
águas barrentas).
RIO ÚNICO (45 km em linha
reta, talvez 80 seguindo os meandros)
![]() |
Constitui-se em sistema único (não sou geógrafo,
mas nunca ouvi falar de outro) no sentido de não ser (por enquanto) conhecido
outro no mundo.
SÃO JOSÉ, JUPARANÃ, PEQUENO, DOCE
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
Não sei se no ES poderão achar outros, mas o
mundo é tão grande que, procurando, acharão.
E as demais lagoas de Linhares?
É questão de olhar de novo.
Todas as compridas têm um riozinho acima, um
pequeno rio que forma cada qual.
AS LAGOAS DE LINHARES SÃO MUITO INTERESSANTES
![]()
Observe que todas elas alinham com as
bordas do lagoão.
|
![]()
Na margem direita do rio Doce também.
|
![]()
Todas essas são rasas e estarão aterradas
em breve.
|
Você vê como a geografia é tão interessante?
A geografia-que-muda (para além da folha presente) é a história, também
extraordinária, pois diz de mudanças, como veremos cristalinamente no caso dos
rios-chicotes.
Capítulo 3
Recuperando a Linha
que Já Tivemos: Perdendo a Barriga
Os
geólogos dizem que há faixas temporais interglaciais de 10 a 15 mil anos
(estamos chegando ao fim de uma), enquanto a mais recente glaciação (de
Wisconsin ou Würm) durou 100 mil anos, num processo que se iniciou há milhões
de anos.
AS GLACIAÇÕES
|
Wiki
“O Último período glacial, também referido como Idade do Gelo,
Glaciação Wisconsin, Glaciação Würms, Würmiano ou Laurenciano1 , é a designação dada ao último episódio de glaciação da Terra registado durante a presente idade geológica. Teve lugar durante a
última parte do Pleistoceno, de
aproximadamente 110 000 a 10 000 antes do presente2 e é a mais conhecida das glaciações antropológica”s.
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
Info Escola
“As primeiras glaciações ocorreram
possivelmente há cerca de 250 milhões de anos quando a Gonduana esteve coberta por
uma camada de gelo espessa no final da Era Paleozoica. E a última glaciação,
chamada de “Wisconsin” (ou Würm, na Europa), terminou a cerca de 18 mil anos
de anos tendo durado cerca de 52 mil de anos”.
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
Aqui diz: desde 715 milhões de anos.
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
Arco nº 5
“Segue
abaixo, uma tabela com as glaciações nos Estados Unidos e o nome
correspondente na Europa”
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
A mais recente,
portanto, durou de -115 a -15 mil anos (ou – 12 mil, diferem).
A GLACIAÇÃO DE
WISCONSIN E A DESCIDA DAS ÁGUAS
![]() |
![]() |
![]() |
A água desceu no
máximo 160 m. Nos Atlas antigos de papel não podíamos saber quase nada, as
informações eram mínimas, mas desde 2005 com o lançamento do Google
Earth e as pesquisas de fundo dos oceanos pela NASA, foram mapeados
inicialmente 70 % dos fundos marinhos e agora é só apontar o cursor para obter
a profundidade em qualquer local.
AS PROFUNDIDADES DO PÁLEO-ESPÍRITO
SANTO
![]() |
![]() |
Com toda certeza os
profissionais vão poder fazer muito mais, delineando com precisão a antiga
linha de costa do ES quando as pesquisas forem iniciadas.
Evidentemente os
antigos morros e baixios, as páleo-lagoas e os páleo-rios a oeste da
páleo-costa foram todos obliterados, soterrados por milhões de toneladas de
todo tipo de detrito descido de terra, e pela queda de fito e zôoplancto, além
de carcaças de peixes e mamíferos marinhos, conchas, folhas, árvores, galhos e
o que mais for (inclusive, mais recentemente, desde 500 anos navios
naufragados).
Devemos lembrar que
são “só” 15 ou 12 mil anos, não são milhões de anos. Mesmo assim a pesquisa
ulterior se daria a profundidades marinhas, com toda aquela pressão – a menos
que mandemos robôs-submarinos não seria muito frutuoso.
A REGIÃO DE PESQUISA
É LARGA
(digamos, 100 km x 450 km = 45 mil km, a mesma área do ES atual; porque não se
trata somente da antiga área terrestre, os objetos dali foram levados pela
força das águas para mais adiante no talude oceânico)
![]()
Tudo isso da água verde era terra.
|
![]()
O oeste e o solo ficam para baixo na
foto: O ponto mais largo tem 200 km e o mais estreito 10 km: era lá para
dentro que ficava a linha de costa, o antigo beira-mar, pontilhado pelos
marcadores do GE.
|
E qual o interesse?
Gastar dezenas de
milhões de reais em troca de quê?
Capítulo 4
A Foz de 40 km
Comecei a reparar faz
tempo, quando ainda estava em Linhares no período de 1984 a 1987 a serviço do
Fisco/ES: que o rio São Mateus, com seus dois braços, braço norte e braço sul,
formava uma ilha, depois chamada de Ilha de Guriri.
ILHA DE GURIRI (o balneário fica a
13 km da cidade de São Mateus, sede do município)
![]()
A ilha de Guriri à direita.
|
![]()
A distância entre norte e sul ou
embocadura da foz é de 40 km.
|
Não repararam que a
ilha é parte de imensa foz com 40 km de largura, enquanto a do rio São
Francisco tem “apenas dois quilômetros” e a do rio Amazonas tem 145 km.
A GRANDE FOZ
![]()
O chamado “rio Cricaré” deságua ao
norte, sul da cidade de Conceição da Barra.
|
|
Wiki
“O Rio
São Mateus ou Rio Cricaré é um rio brasileiro que
nasce no estado de Minas
Gerais, na cidade de São Félix de Minas, desaguando no
Oceano Atlântico na cidade de Conceição da Barra, no Espírito Santo. Sua bacia
possui 10 335 km² e é a segunda maior do Espírito Santo.
Foi no
São Mateus que aconteceu a Batalha do Cricaré, um dos mais
sangrentos massacres promovido pelos portugueses contra índios Botocudos
(Aimorés) no Brasil. O nome cricaré, segundo os Tupinambás, significa preguiçoso1 “.
|
![]()
Foz do rio Cricaré (não fala em
braço norte do rio São Mateus) em Conceição da Barra.
|
![]()
Aqui se fala de “enseada em
Barra Nova”, não como sendo o mesmo São Mateus.
|
A BACIA DO RIO SÃO
MATEUS
(é pequena, é quase insignificante perto do estranho prodígio)
![]()
É a verde mais acima: repare que não
a esticam para o sul, região de Linhares.
|
![]()
Note que não incluem o braço sul,
porém está marcado em verde.
|
Essa estranha
ocorrência deu ao ES fenômeno dos mais curiosos no mundo. Essa foz tem quase
1/10 do comprimento da costa do ES.
COMPARANDO ILHAS
FAMOSAS NO BRASIL
|
ILHA
|
COMP.
KM
|
![]() |
Ilha do Bananal, Araguaia-Tocantins,
mais de 300 km.
|
![]() |
Ilha de Marajó, Pará, quase 300 km.
|
![]() |
Ilha de Guriri, 40 km.
|
Para um estado
territorialmente tão minúsculo (seria interessante obter lista global), o ES
tem bastantes curiosidades.
Capítulo
5
Os
Paralelos só se Encontram no Infinito: um Dependente e um Independente
Um dos pequenos rios corre do sul para o
norte em Linhares-São Mateus, indo desaguar no braço sul do rio São Mateus, e
outro do sul para o norte para desaguar no mar, lá em Urussuquara (por sinal praia
muito bonita).
Um é dependente, não vai sozinho até o
oceano, enquanto outro é independente, caminha por conta própria.
Correm quase paralelos ao mar.
DOIS
RIOS
![]()
O paralelo que vem do sul se torna afluente
do braço sul do São Mateus.
|
![]()
O paralelo que sobre do sul para ser
afluente: 17 km em linha reta.
|
![]()
O independente corrre para o norte 17 km em linha reta.
|
Há que apurar os comprimentos em terra, mas
usando o medidor do Google Earth podemos estimar.
COMPRIMENTOS
|
RIO
|
KM (linha reta)
|
|
Afluente
|
17
|
|
Independente
|
17
|
Agora imagine você quantas curiosidades geográficas
há no mundo! Depende apenas de olhar com atenção. A Geografia geral vem sendo
ensinada do modo errado, do modo antigo, não com os superinstrumentos mais
recentes da computação.
Capítulo 6
Os Afonsos Têm, e
Mais Gente Tem Também
De
posse dos raciocínios do que denominei Física das Flechas, pude determinar que
em Afonso Cláudio, ES, há uma cratera escavada por meteorito cuja idade não
pude definir, veja os artigos em anexo.
A
cratera é maior que a famosa Meteor Crater (Cratera do Meteoro) do Arizona, a
de lá tem 1,5 km (com a relação de 20/1 ou 10/1 entre o diâmetro delas e o do
meteorito incidente, podemos dizer que o meteorito definidor da americana teria
150 a 75 metros), enquanto a daqui tem 4,0 km (400 a 200 metros). Calculei grosso
modo que pode ter em AC um bilhão de dólares em massa de ferro.
A CRATERA DO METEORO,
ARIZONA
![]() |
![]()
Esse, tão falado, tem 1,5 km de
diâmetro.
|
A CRATERA DE AFONSO CLÁUDIO, ES
![]()
O mecanismo de formação é
completamente lógico.
|
![]()
Vista do interior da cratera: Este,
desconhecido de quase todos, tem 4 km de diâmetro.
|
Não é só em AC que
tem, em Alegre também tem, assim como no Caparaó, como veremos a seguir. De
fato, de posse da teoria pude ver muita coisa (veja Mares de Marte nas publicações, em 5 + 9 + 13), é toda uma
linha de pensamento.
Há o arco-de-frente (para
onde mais energia é transferida), o arco-de-ré (oposto), o ladrão-mais-alto
(LMA: no perpendicular, por onde não sai água) e o ladrão-mais-baixo (LMB: do
outro lado, por onde sai). Há rio que rodeia, há rio saindo da lagoa formada
dentro. O mecanismo para Marte é ligeiramente diferente, pois lá não chove
(contudo, há fartura de água no subsolo).
Capítulo 7
A Criação da Bandeira
CAPARAÓ,
ONDE FICA O PICO DA BANDEIRA (visto através do Google Earth)
|
CAPARAÓ
![]() |
|
PELO
LADO DO ES
![]() |
|
PELO
LADO DE MG
![]() |
|
VISTO
DO SUL
![]() |
|
VISTO
DO NORTE
![]() |
Como o a região do
Caparaó (onde se situa o Pico da Bandeira e outras montanhas) foi formada? Por
jorro de lava a partir de vulcão não seria. Por placa tectônica também não,
toda a região fica sobre o Planalto Brasileiro. Por intrusão de magma vindo de
fissura nem pensar.
Restou um grande
meteorito que quase passou sem tocar para seguir em frente, mas foi detido pela
Terra, entregando grande quantidade de energia, plastificando a superfície, “por
um trisco” tendo sido detido – ainda está lá, bem no fundo do enorme vale
cavado.
OLHANDO DE PERTO (está bem aí)
|
O
CANAL DE ENTRADA
![]() |
![]()
O canal destacado visto do sul.
|
Para formar tão grande
número de montanhas altas deve ter tido massa impactante imensa vinda em grande
velocidade; A parte do meteorito foi vaporizada; destruiu muita vida, não
apenas no páleo-ES mas em toda parte, talvez em toda a Terra. Quando caiu? Não
sei, os tecnocientistas devem averiguar.
Em todo caso, o ES de
antanho deve ter ficado deserto por muito tempo; os restos devem ser encontrados,
uma camada no subsolo como aquela dos Álvarez na península do Iucatã há 65
milhões de anos: irídio ou outro material, os geólogos, geofísicos, geoquímicos
devem buscar, junto com biólogos.
Capítulo 8
Chicoteando o Passado, o Presente e o Futuro, Rio
VEJA O RIO DOCE (ele é um chicote
espaçotemporal)
![]()
A bacia nem sempre foi essa, esse é o
retrato do século XXI.
|
![]() |
![]()
Esse desenho não mostra a extraordinária
mobilidade espaçotemporal dos rios, induz a pensar que eles são calmos e
comportados, obedientes.
|
Como está dito nos escritos, o rio Doce
oscila tremendamente:
1) Esquerda-direita (não
só na foz);
2) Acima-abaixo;
3) Adiante-Atrás (por
exemplo, as fozes dos rios, há 15 ou 12 mil anos, estavam para dentro do que é
o mar atual DEZENAS de km).
Na geografia estamos acostumados a contemplar
o presente, ninguém nos ensinou a pensar o passado e o futuro: não foram feitas
pesquisas para marcar os antigos percursos; entrementes, mesmo em poucos anos
podemos ver que os rios com seus meandros deixam para trás laços, barrigas.
MEANDROS
DE RIOS
![]()
Os rios chicoteiam para a esquerda e a
direita.
|
![]() |
BARRIGAS
DEIXADAS PARA TRÁS
![]()
Uma barriga pronta a ser abandonada.
|
![]()
Várias.
|
![]()
Diversas efetivamente abandonadas.
|
Ora, os cursos dos rios que vemos não são os
cursos que existiram ou existirão, nem as bacias. Por exemplo, o rio Amazonas é
um consórcio de 10 mil rios que não existia há apenas alguns milhões de anos e
tem seu formato atual desde apenas 15 ou 12 mil anos.
Sendo assim, é preciso pensar os rios como se
fossem paralelepípedos com a maior altura de seu caminho TOTAL, com a maior
largura e o maior comprimento. Ali dentro ele serpenteia desde o mais longínquo
passado até o mais distante futuro possível, quando terá desaparecido.
Se um dia puderem ser reconstituídos os
percursos totais, poderemos ver os rios serpenteando durante os milênios.
Claro que, na atualidade, vemos apenas as
ilhas existentes (como no rio Doce), alguns velhos ainda se lembrando de quando
existia ou deixou de existir tal ou qual ilha ou baixio de areia, porém essa
memória é curta, devemos usar os satélites para observar os rastros por meio
das áreas escuras.
Veja que o solo sobe devido às aluviões, alteia
e abaixa com o peso das camadas de gelo, é violentado pelas morenas de gelo que
descem arrastando tudo, desloca-se nos terremotos, muda com os tufões e assim
por diante.
Só perante as curtas vidas humanas o solo
parece o mesmo. Na realidade ele está em permanente modificação. Mesmo em
nossas vidas podemos ver as margens ruírem (no rio Doce é frequente), constatamos
o desastroso assoreamento anual, deparamos com as enchentes e assim por diante.
O Saara, que já foi verdejante, tinha muitos
rios que a memória humana não guardou, mas as cavernas mostram, através dos
desenhos, animais que não mais circulam por lá.
O
SAARA VERDEJANTE
![]()
O Saara já foi todo verdejante, vários
lugares do mundo irão ser como o Saara de agora no futuro.
|
|
11:05,
3 de fevereiro de 2011
Haroldo
Castro
“O guia Ali Mahfud (leia blogs anteriores sobre a Líbia) explica que,
há milhares de anos, a região de Akakus não era tão desértica como hoje. “Até
o ano 2.500 a.C., esse planalto situado a 800 metros de altitude gozava de um
clima úmido e possuía florestas mediterrâneas”, diz Ali. Assim, antes dos
tuaregues e dos berberes terem povoado as areias do Saara, outros grupos
étnicos teriam habitado as montanhas de Akakus e usado suas cavernas naturais
como moradia”.
“Pintura [14 mil anos] no
deserto de Akakus ilustra uma figura humana segurando – ou tentando subir –
em uma palmeira, possivelmente uma tamareira”.
|
Os rios não são, de jeito nenhum, somente o
presente, eles têm uma continuidade MUITO mais interessante.
Capítulo 9
O Presente que Nos
Foi Dado
Em português há essa felicidade de presente
tanto significar a atualidade quanto algo oferecido gratuitamente, presenteado,
aquilo que torna presente a pessoa que deu perante quem recebeu – quem ganhou
pensa em quem ofereceu, torna presente em sua vida.
Desse modo, o dia de hoje é um presente de
Deus-i-Natureza. Como já vimos nos textos, não existe dia de hoje, é tudo
convenção, o que há mesmo é o bater do coração do universo nos tempos de Planck,
no horizonte de simultaneidade – estamos sobre tal linha finíssima, 10-44 s.
Em qualquer situação, caso vejamos o presente
como dia (já disse que é um dia-mante) ou como o bater de um coração, para
todos os efeitos foi dado. E se é um coração batendo é mais bonito ainda, é o
coração do universo que nos foi dado.
Depois que vi as coisas postas acima, posso
sentir o pulso das minhas razões-emoções ainda mais acelerado.
Serra, sexta-feira, 02 de janeiro de 2015.
José Augusto Gava.
ANEXOS (há numerosos
artigos)
TEORIA DAS FLECHAS
|
A
Conformação do Arco-da-Frente e do Arco-de-Ré
Já falamos muito do
AdF e do AdR: eles são arcos formados na queda das flechas (meteoritos ou
cometas), sendo resultantes dos tremendos impactos e das energias entregues.
DOIS ARCOS
Dependem de vários
fatores (inclinação, massa, velocidade, dureza do solo, presença de água
acima, presença de ar e petróleo abaixo, composição da flecha e assim por
diante). Deste modo, formam numerosíssimos exemplos que se enquadram segundo
uma CS.
A CURVA DO SINO DOS ARCOS
Há crateras
redondinhas (quedas na vertical, muito raras) e elípticas, há-as profundas e
rasas com montanhas elevadas ou não, e uma grande variação potencial e real
para as 400 mil esperadas na Terra. Conhecê-las em modelação computacional de
equações é tremendamente útil, porque um mecanismo superior ao Google Earth pode procurá-las a
partir dos índices ou indicadores teórico-conceituais.
Vitória, domingo, 04 de março de 2007.
|
||||||||||||||||
O Mecanismo de Formação dos Panelões
Olhando o artigo Por Dentro do Panelão de Afonso Cláudio neste
Livro 127 podemos ver que existe uma barreira mais alta de montanhas, que
justamente denuncia a direção-sentido da queda, aquela do oeste; um segundo
arco surgirá por trás dessa, na mesma linha; e um menor para trás no sentido
contrário daquele sentido para frente.
ARCOS DA QUEDA
Vai ser sempre assim em qualquer
direção-sentido da Rosa dos Ventos, porque raramente acontecerá de ser queda
perfeitamente na vertical, em razão das várias relações de objetos e de
movimentos. Ou seja, há o impacto que empurra o solo derretido para cima e
para diante, depois uma segunda (e terceira e outras que podem estar
enterradas), por fim o refluxo, que deve ser menor que a segunda; quer dizer,
NECESSARIAMENTE o refluxo ou arco de ré formará montanhas menores (menos
volumosas e menos altas) que os da primeira da frente.
O resultado geral é um desenho
lógico muito preciso, uma configuração bem determinada que se repetirá em
toda parte.
Se você vir alguma configuração
assim, será sempre queda, diferindo no número de membros da família, pois
elas podem ter qualquer número, do único que não racha até o principal com
inúmeros filhos em volta.
Agora temos um mecanismo de busca
geral bastante preciso.
Além do que devemos notar a questão
dos rios que rodeiam, das lagoas no fundo do panelão com os rios pequenos que
saem pelo “ladrão mais baixo” e coisas do gênero que estão nos textos dos
livros.
Vitória, sexta-feira, 15 de julho de
2005.
|
||||||||||||||||
























































