terça-feira, 15 de novembro de 2016


O Espírito de Nossos Tempos

 

0.           Introdução

1.             A Lagoa de Dois Mil Quilômetros Quadrados: o Mecanismo da Barragem de Água

2.            O Rio Barrigudo: Quando se Olha de Cima as Linhas Fazem Sentido

3.            Recuperando a Linha que Já Tivemos: Perdendo a Barriga

4.           A Foz de 40 km

5.            Os Paralelos só se Encontram no Infinito: um Dependente e um Independente

6.           Os Afonsos Têm, e Mais Gente Tem Também

7.            A Criação da Bandeira

8.           Chicoteando o Passado, o Presente e o Futuro, Rio

9.           O Presente que Nos Foi Dado

Serra, quinta-feira, 01 de janeiro de 2015. José Augusto Gava.

 

 

Introdução

 

Depois de ter lido por 23 anos, comecei o Modelo Pirâmide em julho de 1992, prossegui por nove anos, passei a tarefas derivadas dele, pensei todas as coisas que estão nas Publicações (175 + 3, Alfa Ômega, Material Sensível; Modelo Pirâmide; Prova DiN – Eu Te Libreto; Testamento 22,2 gigas).

Durante todos esses anos, em textos que tanto estão lá quanto estão em memória, pude pensar essas coisas abaixo. Se somente no território minúsculo do Espírito Santo - que tem apenas 0,5 % da área brasileira (1/200) - há tantas coisas interessantes, imagine no mundo!

É verdadeiramente assombroso.

 

 

 

 

 

 

 

 

Capítulo 1

A Lagoa de Dois Mil Quilômetros Quadrados: o Mecanismo da Barragem de Água

 

De início fiquei assombrado: como seria possível a subida das águas (160 m) no fim da Glaciação de Wisconsin há 12 mil anos (mesmo milênio da fundação de Jericó, onde hoje é Jerusalém; supostamente a mesma idade de Tiahuanaco) ter criado a linha de terra que conhecemos como beira-mar, a areia defronte do mar?

Depois visualizei o mecanismo: as águas marinhas DETÊM as águas doces que descem por gravidade, pelo menos um pouco; nesse pouco seguram barro, galhos, folhas, árvores inteiras pelo menos um tiquinho. Com a repetição disso por milhares de anos (no caso, 12 a 15 mil anos), vai sendo formada uma linha de areia-barro com material orgânico que empoça a água interior. Conforme a sequência sugerida nos textos, forma-se a Lagoona, depois o pântano (em Linhares a Suruaca), a seguir floresta em clímax, mais tarde serrado e sertão, finalmente deserto.

Quando escrevi há quase 30 anos à PETROBRAS, tinha calculado com papel milimetrado quadrinho a quadrinho que tal grande lagoa em Linhares (de Aracruz a São Mateus) teria tido 2,0 mil quilômetros quadrados, pois todas as lagoas restantes hoje têm o mesmo alinhamento.

O ALINHAMENTO DAS LAGOAS EM LINHARES

Repare as lagoas alinhadas com o antigo lagoão. Norte apontado para sudoeste.
O lagoão (medido com papel milimetrado) tem 2,0 mil km2. Em Humaitá, município de Linhares, ficava o ponto mais a oeste: tudo à direita estava debaixo d’água antes de ser aterrado.

Naturalmente a Suruaca (esgotada quando da gestão municipal de Senatilho Perin, por acordo com os canadenses) é o resquício: veja quão rápido é o processo de formação, pois isso só durou 12 a 15 milênios (contudo, devido à intervenção humana teve fim precoce).

Fauna e flora riquíssimas viviam ali e como os seres humanos são atraídos, devemos contar que os índios moraram nas redondezas, tendo ali construído e enterrado seus mortos, provavelmente em sambaquis ou montes de ostras. Quando chegamos a Linhares em 1963 ainda era rico.

SAMBAQUIS E MONTES DE CONCHAS

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHKyOftPSzUDguO1eYx2wlG1p2MCEcc7ZPDR3hERQe2TMDVfoN576yif912DllVRuYtKj0e4csoZwlY2H1YhACbdtORn9FYMno795fP9efRH_7GhzWxL95R5Q6g7MlAyIJvGHpzWfLeMaW/s640/Acervo+do+Museu+do+Sambaqui+02.jpg
Devem ser procurados no páleo-lagoão de Linhares.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib0eNbB9hovw-yZyNkn9wP00vBU8kdaP-xUbKu3vYiAm2vjiVabg6TSJaSldctrFfC_6HGlnnTbddrbaF3EkhxcVNu4l-HA1O9NAJIl6_LvcgfDV9Drp5F4ETa4pbOnbMb3fb_hFxmoXs/s400/Sambaqui+Figueirinha.JPG
“Imagem do dia: um sambaqui.
Sobre a imagem: os sambaquis são montes de conchas e outros materiais calcários construídos pelo homem. Podem ser bem pequenos ou maiores, como o da imagem”.

Veja que as lagoas dentro da antiga grande lagoa são todas recentes e pouco profundas, tem de ser necessariamente pouco fundas, tendendo a desaparecer devido à atual insolação sem proteção florestal.

Cada lagoa de fora do páleo-lagoão tem um alimentador, um rio que a mantém, sendo cada uma delas um valão na cadeia de montanhas que ficava longe da antiga linha de costa, situada esta até várias dezenas de quilômetros para dentro do nível atual do mar e 160 m para baixo, no limite.

Na antiga conformação existiam outros rios, outras lagoas, outros pântanos, o ES era totalmente outro (cada estado-província do mundo também).

O mundo esteve em intensa RECONFORMAÇÃO nesses milênios, foi de uma reconstrutividade assombrosa. De modo nenhuma foi esse planeta “pacífico” que vemos, ele oscilou tremendamente em toda parte. Não foi nada “uniforme” como dizem os uniformistas (nem, todavia, foi sempre “catastrófico”, como diziam os catastrofistas).

A novidade é que nesse enorme volume de terra e areia acumuladas pelo lado “de dentro” da atual linha de costa estão milhões de cadáveres de peixes, de aves, de mamíferos marinhos, de primatas e, desde um tempo, alguns humanos indígenas, cujas últimas passagens em Bering deram-se, segundo os tecnocientistas, justamente há 15 e 12 mil anos, quando a ponte de lá foi rompida.

Evidentemente o rio Doce não desaguava onde deságua agora, ia muitos quilômetros para dentro e várias dezenas de metros para baixo.

Capítulo 2

O Rio Barrigudo: Quando se Olha de Cima as Linhas Fazem Sentido

 

Foi com total espanto que reparei que o rio São José (mais ao norte sempre visto como que “desaguando” na lagoa Juparanã), esta lagoa e o rio Pequeno (que no linguajar local “bota água” no rio Doce) formam um único rio, que tem uns 80 km de comprimento (dos quais 36 km da lagoa Juparanã, o “rio barrigudo”, que na realidade é um canhão, um cânion, uma fissura na terra, onde o São José empoça água; nas cheias do rio Doce este joga água para cima, margem esquerda em Linhares, avermelhando a lagoa com suas águas barrentas).

RIO ÚNICO (45 km em linha reta, talvez 80 seguindo os meandros)


 

Constitui-se em sistema único (não sou geógrafo, mas nunca ouvi falar de outro) no sentido de não ser (por enquanto) conhecido outro no mundo.

SÃO JOSÉ, JUPARANÃ, PEQUENO, DOCE


Não sei se no ES poderão achar outros, mas o mundo é tão grande que, procurando, acharão.

E as demais lagoas de Linhares?

É questão de olhar de novo.

Todas as compridas têm um riozinho acima, um pequeno rio que forma cada qual.

AS LAGOAS DE LINHARES SÃO MUITO INTERESSANTES

Observe que todas elas alinham com as bordas do lagoão.
Na margem direita do rio Doce também.
Todas essas são rasas e estarão aterradas em breve.

Você vê como a geografia é tão interessante? A geografia-que-muda (para além da folha presente) é a história, também extraordinária, pois diz de mudanças, como veremos cristalinamente no caso dos rios-chicotes.

Capítulo 3

Recuperando a Linha que Já Tivemos: Perdendo a Barriga

 

Os geólogos dizem que há faixas temporais interglaciais de 10 a 15 mil anos (estamos chegando ao fim de uma), enquanto a mais recente glaciação (de Wisconsin ou Würm) durou 100 mil anos, num processo que se iniciou há milhões de anos.

AS GLACIAÇÕES

Wiki
“O Último período glacial, também referido como Idade do Gelo, Glaciação Wisconsin, Glaciação Würms, Würmiano ou Laurenciano[1] , é a designação dada ao último episódio de glaciação da Terra registado durante a presente idade geológica. Teve lugar durante a última parte do Pleistoceno, de aproximadamente 110 000 a 10 000 antes do presente[2] e é a mais conhecida das glaciações antropológica”s.
Info Escola
“As primeiras glaciações ocorreram possivelmente há cerca de 250 milhões de anos quando a Gonduana esteve coberta por uma camada de gelo espessa no final da Era Paleozoica. E a última glaciação, chamada de “Wisconsin” (ou Würm, na Europa), terminou a cerca de 18 mil anos de anos tendo durado cerca de 52 mil de anos”.
http://netnature.files.wordpress.com/2012/07/glaciac3a7ao.jpg?w=551
Aqui diz: desde 715 milhões de anos.
Arco nº 5
“Segue abaixo, uma tabela com as glaciações nos Estados Unidos e o nome correspondente na Europa”
Glaciações nos EUA e Europa
GERAL
América do Norte
Europa (Alpes)
Datações -início de cada período
Pós-glacial
Pós-glacial
Pós-glacial
10.250 ap.
Última glaciação
Wisconsin
Würm
70.000 ap.
Último Interglacial
Sangamon
Riss-Würm
187.000 ap.
Penúltima glaciação
Illinoian
Riss
230.000 ap.
Penúltimo interglacial
Yarmouth
Mindel-Riss
435.000 ap.
Antepenúltima glaciação
Kansan
Mindel
476.000 ap.
Antepenúltimo interglacial
Aftonian
Günz-Mindel
550.000 ap.
Primeira glaciação
Nebraskan
Günz
590.000 ap.


A mais recente, portanto, durou de -115 a -15 mil anos (ou – 12 mil, diferem).

A GLACIAÇÃO DE WISCONSIN E A DESCIDA DAS ÁGUAS

http://images.slideplayer.com.br/1/338526/slides/slide_3.jpg
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvqdDAHMSChPPFfi3PUhrvdRntCr9IRjg84DD3O8S1ZbBEaD6pvpQhTziXe6kb47tp_buK8kwLXYQ5cgOBt0ywGQwo_5UUWFLozKql_YpJ8KDF4XVhFrwvrWCigQWu6l2CCIKStlU2Q0ke/s1600/Varia%25C3%25A7%25C3%25A3o+do+n%25C3%25ADvel+do+mar+%25C3%25BAltimos+24000+anos.JPG
http://www.segundo-sol.com/wp-content/uploads/2012/07/variaciones-en-el-nivel-del-mar.jpg

A água desceu no máximo 160 m. Nos Atlas antigos de papel não podíamos saber quase nada, as informações eram mínimas, mas desde 2005 com o lançamento do Google Earth e as pesquisas de fundo dos oceanos pela NASA, foram mapeados inicialmente 70 % dos fundos marinhos e agora é só apontar o cursor para obter a profundidade em qualquer local.

AS PROFUNDIDADES DO PÁLEO-ESPÍRITO SANTO

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdewLxr_YolcZ2mJM1DVR1WtjxCkCosFxuXvXlDjLPQhwhWmaxDZtvtT37HtjGOSzeZT7x8GVW-vdxAWQ-Miz5W0-Xbdz5uVpJcUYG9Ykx4-DG8eubLvjPx9Ago4gjuh4rBZIJLJCz9gmq/s640/pre-sal-1.jpg

Com toda certeza os profissionais vão poder fazer muito mais, delineando com precisão a antiga linha de costa do ES quando as pesquisas forem iniciadas.

Evidentemente os antigos morros e baixios, as páleo-lagoas e os páleo-rios a oeste da páleo-costa foram todos obliterados, soterrados por milhões de toneladas de todo tipo de detrito descido de terra, e pela queda de fito e zôoplancto, além de carcaças de peixes e mamíferos marinhos, conchas, folhas, árvores, galhos e o que mais for (inclusive, mais recentemente, desde 500 anos navios naufragados).

Devemos lembrar que são “só” 15 ou 12 mil anos, não são milhões de anos. Mesmo assim a pesquisa ulterior se daria a profundidades marinhas, com toda aquela pressão – a menos que mandemos robôs-submarinos não seria muito frutuoso.

A REGIÃO DE PESQUISA É LARGA (digamos, 100 km x 450 km = 45 mil km, a mesma área do ES atual; porque não se trata somente da antiga área terrestre, os objetos dali foram levados pela força das águas para mais adiante no talude oceânico)

http://www.praiasecia.com.br/images/stories/Fotos_praias2/praia_da_costa_foto_sagrilo.jpg
Tudo isso da água verde era terra.
O oeste e o solo ficam para baixo na foto: O ponto mais largo tem 200 km e o mais estreito 10 km: era lá para dentro que ficava a linha de costa, o antigo beira-mar, pontilhado pelos marcadores do GE.

E qual o interesse?

Gastar dezenas de milhões de reais em troca de quê?

 

Capítulo 4

A Foz de 40 km

 

Comecei a reparar faz tempo, quando ainda estava em Linhares no período de 1984 a 1987 a serviço do Fisco/ES: que o rio São Mateus, com seus dois braços, braço norte e braço sul, formava uma ilha, depois chamada de Ilha de Guriri.

ILHA DE GURIRI (o balneário fica a 13 km da cidade de São Mateus, sede do município)

 http://maparadar.com/forum/images/forum/guriri1.jpg
A ilha de Guriri à direita.
A distância entre norte e sul ou embocadura da foz é de 40 km.

Não repararam que a ilha é parte de imensa foz com 40 km de largura, enquanto a do rio São Francisco tem “apenas dois quilômetros” e a do rio Amazonas tem 145 km.

A GRANDE FOZ

http://www.naturezabrasileira.com.br/fotos/watermark/wm_IMG17790.jpg
O chamado “rio Cricaré” deságua ao norte, sul da cidade de Conceição da Barra.
Wiki
“O Rio São Mateus ou Rio Cricaré é um rio brasileiro que nasce no estado de Minas Gerais, na cidade de São Félix de Minas, desaguando no Oceano Atlântico na cidade de Conceição da Barra, no Espírito Santo. Sua bacia possui 10 335 km² e é a segunda maior do Espírito Santo.
Foi no São Mateus que aconteceu a Batalha do Cricaré, um dos mais sangrentos massacres promovido pelos portugueses contra índios Botocudos (Aimorés) no Brasil. O nome cricaré, segundo os Tupinambás, significa preguiçoso[1] “.
http://ts1.mm.bing.net/th?&id=HN.608039276425774223&w=300&h=300&c=0&pid=1.9&rs=0&p=0
Foz do rio Cricaré (não fala em braço norte do rio São Mateus) em Conceição da Barra.
http://ts1.mm.bing.net/th?&id=HN.608054540740528647&w=300&h=300&c=0&pid=1.9&rs=0&p=0
Aqui se fala de “enseada em Barra Nova”, não como sendo o mesmo São Mateus.

A BACIA DO RIO SÃO MATEUS (é pequena, é quase insignificante perto do estranho prodígio)

http://brasildasaguas.com.br/wp-content/uploads/sites/4/2013/05/sudeste.jpg
É a verde mais acima: repare que não a esticam para o sul, região de Linhares.
http://hidrometeorologia.incaper.es.gov.br/imagens/mapa/mapa_saomateus.jpg
Note que não incluem o braço sul, porém está marcado em verde.

Essa estranha ocorrência deu ao ES fenômeno dos mais curiosos no mundo. Essa foz tem quase 1/10 do comprimento da costa do ES.

COMPARANDO ILHAS FAMOSAS NO BRASIL

ILHA
COMP. KM
http://www.voyagesphotosmanu.com/Complet/images/mapa_de_tocantins.gif
Ilha do Bananal, Araguaia-Tocantins, mais de 300 km.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7NhUIEtBAZ9Zs7JAaNkeLjsp7OrQ55VC9wTCtGFXTA3K3oiKMI9tdoGX1CAhId-_6_lE5_LGLHrrX01_ovcenAy5TqKp9-63o1g4IlV1WWmho7k2BRYb8g7sGIeph8wKImjyVyVp3bABO/s1600/M_aten7.jpg
Ilha de Marajó, Pará, quase 300 km.
Ilha de Guriri, 40 km.

Para um estado territorialmente tão minúsculo (seria interessante obter lista global), o ES tem bastantes curiosidades.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Capítulo 5

Os Paralelos só se Encontram no Infinito: um Dependente e um Independente

 

Um dos pequenos rios corre do sul para o norte em Linhares-São Mateus, indo desaguar no braço sul do rio São Mateus, e outro do sul para o norte para desaguar no mar, lá em Urussuquara (por sinal praia muito bonita).

Um é dependente, não vai sozinho até o oceano, enquanto outro é independente, caminha por conta própria.

Correm quase paralelos ao mar.

DOIS RIOS

O paralelo que vem do sul se torna afluente do braço sul do São Mateus.
O paralelo que sobre do sul para ser afluente: 17 km em linha reta.
O independente corrre para o norte 17 km em linha reta.

Há que apurar os comprimentos em terra, mas usando o medidor do Google Earth podemos estimar.

COMPRIMENTOS

RIO
KM (linha reta)
Afluente
17
Independente
17

Agora imagine você quantas curiosidades geográficas há no mundo! Depende apenas de olhar com atenção. A Geografia geral vem sendo ensinada do modo errado, do modo antigo, não com os superinstrumentos mais recentes da computação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Capítulo 6

Os Afonsos Têm, e Mais Gente Tem Também

 

De posse dos raciocínios do que denominei Física das Flechas, pude determinar que em Afonso Cláudio, ES, há uma cratera escavada por meteorito cuja idade não pude definir, veja os artigos em anexo.

A cratera é maior que a famosa Meteor Crater (Cratera do Meteoro) do Arizona, a de lá tem 1,5 km (com a relação de 20/1 ou 10/1 entre o diâmetro delas e o do meteorito incidente, podemos dizer que o meteorito definidor da americana teria 150 a 75 metros), enquanto a daqui tem 4,0 km (400 a 200 metros). Calculei grosso modo que pode ter em AC um bilhão de dólares em massa de ferro.

A CRATERA DO METEORO, ARIZONA

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/cf/Meteor.jpg/250px-Meteor.jpg
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5wszqXYLHHTsBitl7jfyShyphenhyphenSTg4ouzmLbrbeT-nN2iSzzqvG-GPHGF0oskgemk7mf5ssn9Q5Kyq6jwWEalr_yREHknVpF8F8DYAsBjuQh5p26bOpuYk8muXpqNsInSw-2SoEsXTaSE92P/s1600/METEOR+CRATER.jpg
Esse, tão falado, tem 1,5 km de diâmetro.

A CRATERA DE AFONSO CLÁUDIO, ES

O mecanismo de formação é completamente lógico.
Vista do interior da cratera: Este, desconhecido de quase todos, tem 4 km de diâmetro.

Não é só em AC que tem, em Alegre também tem, assim como no Caparaó, como veremos a seguir. De fato, de posse da teoria pude ver muita coisa (veja Mares de Marte nas publicações, em 5 + 9 + 13), é toda uma linha de pensamento.

Há o arco-de-frente (para onde mais energia é transferida), o arco-de-ré (oposto), o ladrão-mais-alto (LMA: no perpendicular, por onde não sai água) e o ladrão-mais-baixo (LMB: do outro lado, por onde sai). Há rio que rodeia, há rio saindo da lagoa formada dentro. O mecanismo para Marte é ligeiramente diferente, pois lá não chove (contudo, há fartura de água no subsolo).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Capítulo 7

A Criação da Bandeira

 

CAPARAÓ, ONDE FICA O PICO DA BANDEIRA (visto através do Google Earth)

CAPARAÓ
PELO LADO DO ES
PELO LADO DE MG
VISTO DO SUL
VISTO DO NORTE

Como o a região do Caparaó (onde se situa o Pico da Bandeira e outras montanhas) foi formada? Por jorro de lava a partir de vulcão não seria. Por placa tectônica também não, toda a região fica sobre o Planalto Brasileiro. Por intrusão de magma vindo de fissura nem pensar.

Restou um grande meteorito que quase passou sem tocar para seguir em frente, mas foi detido pela Terra, entregando grande quantidade de energia, plastificando a superfície, “por um trisco” tendo sido detido – ainda está lá, bem no fundo do enorme vale cavado.

OLHANDO DE PERTO (está bem aí)

O CANAL DE ENTRADA
O canal destacado visto do sul.

Para formar tão grande número de montanhas altas deve ter tido massa impactante imensa vinda em grande velocidade; A parte do meteorito foi vaporizada; destruiu muita vida, não apenas no páleo-ES mas em toda parte, talvez em toda a Terra. Quando caiu? Não sei, os tecnocientistas devem averiguar.

Em todo caso, o ES de antanho deve ter ficado deserto por muito tempo; os restos devem ser encontrados, uma camada no subsolo como aquela dos Álvarez na península do Iucatã há 65 milhões de anos: irídio ou outro material, os geólogos, geofísicos, geoquímicos devem buscar, junto com biólogos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Capítulo 8

Chicoteando o Passado, o Presente e o Futuro, Rio

 

VEJA O RIO DOCE (ele é um chicote espaçotemporal)

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmsOxzKeSVeFSXftwUwSgixKfIXn12B78wJ2qSikYP3z30R4XUwY7u6K1PEvRDGmFmnNyiFkR1ioqFG2b-GRHlQjYmWkomZvfmqR9uQYoySR57mlwugZ5yGrypN_Prw9lv0W6mmOXzN_o/s1600/mapa-bacia-do-rio-doce.jpg
A bacia nem sempre foi essa, esse é o retrato do século XXI.
http://www.climatempo.com.br/destaques/wp-content/uploads/2013/12/bacia_riodoce.png
http://meioambiente.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/curso/curso-1.jpg
Esse desenho não mostra a extraordinária mobilidade espaçotemporal dos rios, induz a pensar que eles são calmos e comportados, obedientes.

Como está dito nos escritos, o rio Doce oscila tremendamente:

1)      Esquerda-direita (não só na foz);

2)     Acima-abaixo;

3)     Adiante-Atrás (por exemplo, as fozes dos rios, há 15 ou 12 mil anos, estavam para dentro do que é o mar atual DEZENAS de km).

Na geografia estamos acostumados a contemplar o presente, ninguém nos ensinou a pensar o passado e o futuro: não foram feitas pesquisas para marcar os antigos percursos; entrementes, mesmo em poucos anos podemos ver que os rios com seus meandros deixam para trás laços, barrigas.

MEANDROS DE RIOS

http://meioambiente.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/rios-da-amazonia/rios-da-amazonia-4.jpg
Os rios chicoteiam para a esquerda e a direita.
http://www.assoleste.org.br/sites/8900/8948/Programas-OUTROS/Bacia-RioSaoMateus(1).jpg

BARRIGAS DEIXADAS PARA TRÁS

http://docentes.educacion.navarra.es/metayosa/Img/Meandro%20Ebro%2097.jpg
Uma barriga pronta a ser abandonada.
http://static.panoramio.com/photos/large/20016591.jpg
Várias.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw2pXdOkAwauYSL-Vdtn4Tneosk2VauMYsSOIant1x8-K5GBddFCXWBZsMKA7h8Ha0hADqddcQsZRNAw03qkRjXyzHmVN8heC1ZEUbp163eUtmiNjo-nhSGQI-cu9nLJof0zT9iUaMDgM/s1600/03+MEANDROS_14_resize.jpg
Diversas efetivamente abandonadas.

Ora, os cursos dos rios que vemos não são os cursos que existiram ou existirão, nem as bacias. Por exemplo, o rio Amazonas é um consórcio de 10 mil rios que não existia há apenas alguns milhões de anos e tem seu formato atual desde apenas 15 ou 12 mil anos.

Sendo assim, é preciso pensar os rios como se fossem paralelepípedos com a maior altura de seu caminho TOTAL, com a maior largura e o maior comprimento. Ali dentro ele serpenteia desde o mais longínquo passado até o mais distante futuro possível, quando terá desaparecido.

Se um dia puderem ser reconstituídos os percursos totais, poderemos ver os rios serpenteando durante os milênios.

Claro que, na atualidade, vemos apenas as ilhas existentes (como no rio Doce), alguns velhos ainda se lembrando de quando existia ou deixou de existir tal ou qual ilha ou baixio de areia, porém essa memória é curta, devemos usar os satélites para observar os rastros por meio das áreas escuras.

Veja que o solo sobe devido às aluviões, alteia e abaixa com o peso das camadas de gelo, é violentado pelas morenas de gelo que descem arrastando tudo, desloca-se nos terremotos, muda com os tufões e assim por diante.

Só perante as curtas vidas humanas o solo parece o mesmo. Na realidade ele está em permanente modificação. Mesmo em nossas vidas podemos ver as margens ruírem (no rio Doce é frequente), constatamos o desastroso assoreamento anual, deparamos com as enchentes e assim por diante.

O Saara, que já foi verdejante, tinha muitos rios que a memória humana não guardou, mas as cavernas mostram, através dos desenhos, animais que não mais circulam por lá.

O SAARA VERDEJANTE

http://www.publico.es/resources/archivos/2008/5/8/1210274963573sahara%20ok.jpg
O Saara já foi todo verdejante, vários lugares do mundo irão ser como o Saara de agora no futuro.
Viaje pelo mundo com Haroldo Castro — Ele tem mais de 30 anos de experiência como jornalista e fotógrafo e conhece 156 países.
11:05, 3 de fevereiro de 2011
Haroldo Castro
“O guia Ali Mahfud (leia blogs anteriores sobre a Líbia) explica que, há milhares de anos, a região de Akakus não era tão desértica como hoje. “Até o ano 2.500 a.C., esse planalto situado a 800 metros de altitude gozava de um clima úmido e possuía florestas mediterrâneas”, diz Ali. Assim, antes dos tuaregues e dos berberes terem povoado as areias do Saara, outros grupos étnicos teriam habitado as montanhas de Akakus e usado suas cavernas naturais como moradia”.
http://edgblogs.s3.amazonaws.com/viajologia/files/2011/02/AKAK-0314-web61.jpg
“Pintura [14 mil anos] no deserto de Akakus ilustra uma figura humana segurando – ou tentando subir – em uma palmeira, possivelmente uma tamareira”.

Os rios não são, de jeito nenhum, somente o presente, eles têm uma continuidade MUITO mais interessante.

 

 

 

 

 

 

 

Capítulo 9

O Presente que Nos Foi Dado

 

Em português há essa felicidade de presente tanto significar a atualidade quanto algo oferecido gratuitamente, presenteado, aquilo que torna presente a pessoa que deu perante quem recebeu – quem ganhou pensa em quem ofereceu, torna presente em sua vida.

Desse modo, o dia de hoje é um presente de Deus-i-Natureza. Como já vimos nos textos, não existe dia de hoje, é tudo convenção, o que há mesmo é o bater do coração do universo nos tempos de Planck, no horizonte de simultaneidade – estamos sobre tal linha finíssima, 10-44 s.

Em qualquer situação, caso vejamos o presente como dia (já disse que é um dia-mante) ou como o bater de um coração, para todos os efeitos foi dado. E se é um coração batendo é mais bonito ainda, é o coração do universo que nos foi dado.

Depois que vi as coisas postas acima, posso sentir o pulso das minhas razões-emoções ainda mais acelerado.

Serra, sexta-feira, 02 de janeiro de 2015.

José Augusto Gava.

 

ANEXOS (há numerosos artigos)

TEORIA DAS FLECHAS

A Conformação do Arco-da-Frente e do Arco-de-Ré
 
Já falamos muito do AdF e do AdR: eles são arcos formados na queda das flechas (meteoritos ou cometas), sendo resultantes dos tremendos impactos e das energias entregues.
DOIS ARCOS
ARCO-DA-FRENTE
ARCO-DE-RÉ

 
 
 
 
 

Dependem de vários fatores (inclinação, massa, velocidade, dureza do solo, presença de água acima, presença de ar e petróleo abaixo, composição da flecha e assim por diante). Deste modo, formam numerosíssimos exemplos que se enquadram segundo uma CS.
A CURVA DO SINO DOS ARCOS
normal
Há crateras redondinhas (quedas na vertical, muito raras) e elípticas, há-as profundas e rasas com montanhas elevadas ou não, e uma grande variação potencial e real para as 400 mil esperadas na Terra. Conhecê-las em modelação computacional de equações é tremendamente útil, porque um mecanismo superior ao Google Earth pode procurá-las a partir dos índices ou indicadores teórico-conceituais.
Vitória, domingo, 04 de março de 2007.

O Mecanismo de Formação dos Panelões

 
              Olhando o artigo Por Dentro do Panelão de Afonso Cláudio neste Livro 127 podemos ver que existe uma barreira mais alta de montanhas, que justamente denuncia a direção-sentido da queda, aquela do oeste; um segundo arco surgirá por trás dessa, na mesma linha; e um menor para trás no sentido contrário daquele sentido para frente.
              ARCOS DA QUEDA
 
[Haveria um desenho aqui]
 
Vai ser sempre assim em qualquer direção-sentido da Rosa dos Ventos, porque raramente acontecerá de ser queda perfeitamente na vertical, em razão das várias relações de objetos e de movimentos. Ou seja, há o impacto que empurra o solo derretido para cima e para diante, depois uma segunda (e terceira e outras que podem estar enterradas), por fim o refluxo, que deve ser menor que a segunda; quer dizer, NECESSARIAMENTE o refluxo ou arco de ré formará montanhas menores (menos volumosas e menos altas) que os da primeira da frente.
O resultado geral é um desenho lógico muito preciso, uma configuração bem determinada que se repetirá em toda parte.
Se você vir alguma configuração assim, será sempre queda, diferindo no número de membros da família, pois elas podem ter qualquer número, do único que não racha até o principal com inúmeros filhos em volta.
Agora temos um mecanismo de busca geral bastante preciso.
Além do que devemos notar a questão dos rios que rodeiam, das lagoas no fundo do panelão com os rios pequenos que saem pelo “ladrão mais baixo” e coisas do gênero que estão nos textos dos livros.
Vitória, sexta-feira, 15 de julho de 2005.

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