Um
Cérebro Pequeno e Insignificante
Na orelha esquerda do livro de Christopher
Potter, Você Está Aqui (uma história
portátil do Universo), São Paulo, Companhia das Letras, 2010 (sobre original de
2009), alguém diz: “Desde que Nicolau Copérnico removeu a Terra do centro do
Universo, no século XV, transformando-a num pequeno e insignificante corpo
vagante (...)”.
Primeiro, Copérnico não fez isso no século
XV, que é contado de 1400 a 1499, pois ele nasceu em 1473 e morreu em 1543, 70
anos entre datas, só tendo recebido o exemplar do livro que mandou imprimir e encadernar
no leito de morte, portanto, em 1543, que é século XVI.
Segundo, ele não “removeu a Terra do centro
do Universo” porque não teria poder para mover a massa dela, de 5,972.1024
kg. Depois, a Terra só estava no centro do universo metaforicamente, além do
que o universo, então, não tinha para a humanidade 13,73 bilhões de anos-luz,
só ia até o sétimo planeta, era menor que o sistema solar de agora.
Terceiro, o que não é contado pelo orelhudo, vários
gregos pelo menos 1.800 anos antes (veja Wikipédia abaixo) de Copérnico não só
pensavam a Terra como esférica, como tinham medido seu diâmetro e –
aproximadamente - a distância até o Sol, além de falarem de sistema
heliocêntrico, com centro em hélios, o Sol.
WIKIPEDE (é bom doar)
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Wikipédia.
Historicamente, o
heliocentrismo era oposto ao geocentrismo, que colocava a Terra no centro
do universo. Apesar de as discussões da possibilidade do heliocentrismo
datarem da antiguidade clássica, somente 1800 anos mais tarde, no século XVI, o tema ganhou
notoriedade explícita ao suscitar e estabelecer o divórcio entre o pensamento
dogmático religioso e o pensamento científico; a ele e ao julgamento de Galileu perante a Santa Inquisição remontando as origens da ciência em acepção moderna. Àquela época, o matemático e
astrônomo polonês Nicolau Copérnico foi o primeiro a apresentar um modelo matemático preditivo consistente e
completo de um sistema heliocêntrico.
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QUARTO, A TERRA NÃO É
INSIGNIFICANTE, PELO CONTRÁRIO (no sistema solar todo até a Nuvem de Öort,
e além até 2,25 anos-luz, só nosso planeta tem real significado)
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MICROPIRÂMIDE
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Cê-bóla (campartícula fundamental)
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Subcampartículas
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Átomos
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Moléculas
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ADRN
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Células
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Órgãos
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Corpomentes ou indivíduos
1. Fungos
2. Plantas
3. Animais (a matéria
só aprende a suspirar aqui)
4. Primatas
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MESOPIRÂMIDE
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Famílias
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Grupos
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Empresas
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Cidades-municípios
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Estados
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Nações
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Mundos ou Planetas
(De todos estes mundos só a Terra se montou
até aqui: o Sol não passa de uma fogueira).
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MACROPIRÂMIDE
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Sistemas estelares
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Constelações
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Galáxias
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Aglomerados
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Superaglomerados
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Universos (1022 estrelas).
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Multiverso
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Isso de ver a Terra como cisco faz parte da argumentação
das amebas, dentro do que chamei racionalismo (a superafirmação da razão)
amebiano (a).
O autor nos diz (página 12): “O Universo nos
reduz a um ponto (...)”. A mim, não, nem a você que está lendo, nem a qualquer
um, exceto, talvez, ao autor e a alguns outros.
Ele fala quantidade enorme de besteiras em
espaço bem pequeno, deve ter treinado para compactar. Por exemplo, diz na mesma
página: “(...) próprio nada do qual todos surgimos”. Do nada, nada surge, os
gregos falavam isso. A gente não lê em grego, mas poderia ler dos gregos em
português, em inglês, como fosse, era povo avançado para o tempo. Não surgimos
do nada, surgimos de soma zero, 50/50 que estava apagada nas potências de Deus,
inexistindo a Natureza que foi explodida. Do nada, nada vem, fórmula muito
expressiva.
Concluímos que em alguma medida ele deve
estar certo, PORQUE de fato há no planeta cérebros pequenos e insignificantes;
tenho deparado com eles continuamente nos livros, nos filmes, em todo lugar, particularmente
parece haver um atrator em Brasília, muitos foram para lá.
Serra, sexta-feira, 28 de agosto de 2015.
GAVA.
